Filme que estreia nesta quinta (21) é a adaptação de um músico e faz secção do universo mágico de Oz. Entenda a relação entre ‘Wicked’ e o universo de ‘Mágico de Oz’
Um dos filmes mais aguardados do ano, “Wicked” estreia nos cinemas nesta quinta (21). O longa se passa no querido universo de “O Mágico de Oz” e é inspirado em uma peça muito bem-sucedida da Broadway. Mas essa não é a primeira obra sobre a terreno de Oz. O universo foi criado há mais de um século e segue inspirando criações – incluindo vários livros, duas peças e dois filmes musicais.
A risco que conecta o primeiro livro ao filme mais recente está centrada em uma personagem: a Feitiçeira Má do Oeste. Entenda quais são as principais obras desse universo, uma vez que “Wicked” se encaixa na história e quais são outros derivados da história.
Veja o que o g1 achou de ‘Wicked’
Risco do tempo
Do livro infantil ao clássico do cinema
O universo de Oz foi inaugurado no livro “O Maravilhoso Mágico de Oz”, de L. Frank Baum, publicado em 1900. A obra é considerada pelo Congresso americano “o maior e mais querido história de fadas pátrio dos EUA” e a primeira fantasia americana para crianças.
Depois dessa obra, Baum lançou uma série de livros infantis no mesmo universo, uma vez que “Dorothy e o Mágico e Oz”, “A Cidade Esmeralda de Oz” e “O Tik-Tok de Oz”. O primeiro livro também se tornou uma peça músico na Broadway em 1902.
Inspirado nesses livros e na peça, o filme “O Mágico de Oz” foi lançado em 1939, estrelado por Judy Garland. O filme conta a história de Dorothy, uma jovem que conhece personagens peculiares uma vez que o Varão de Lata, o Leão e o Espantalho. E a sua principal contraditor é a Feitiçeira Má do Oeste.
“O Mágico de Oz” foi um sucesso não só na idade em que foi lançado, uma vez que nos anos e décadas seguintes. Em 2018, um estudo da Universidade de Turim, na Itália, avaliou mais de 47 milénio obras e concluiu que “O Mágico de Oz” é o filme mais influente da história do cinema.
‘Mágico de Oz’, de 1939
Reprodução
A história da Feitiçeira Má do Oeste
Um grande fã, tanto dos livros, quanto do filme, é o romancista americano Gregory Maguire. Nos anos 90, ele estava interessado em estudar a malvadeza. Ele era intrigado por uma questão filosófica em privativo: as pessoas nascem ou se tornam más?
Portanto, ele percebeu que os livros de Baum não se aprofundavam sobre a Feitiçeira Má do Oeste, que é considerada uma das mais icônicas vilãs do cinema e da cultura americana. Aliás, a representação dela no filme de 1939 – verdejante, cruel, de chapéu pontudo e voando em uma vassoura – ajudou a definir nosso imaginário de bruxas.
‘Feitiçeira Má do Oeste’ no livro, em ‘O Mágico de Oz’, no músico da Broadway e no filme ‘Wicked’
Reprodução
Por isso, o romancista quis dar uma história mais complexa para uma vilã tão icônica. A essa profundeza, o universo de Oz já era domínio público, ou seja, Gregory não precisaria de autorização de Baum ou da família dele para fabricar novas histórias.
Portanto, em 1995, ele lançou o livro “Wicked: A História Não Contada das Bruxas de Oz”. A trama começa antes da história de “O Mágico de Oz”, e mostra uma vez que Elphaba, uma jovem de pele verdejante, teve uma vida complicada até se tornar a Feitiçeira Má do Oeste.
Em 2003, o compositor Steven Schwartz criou a peça da Broadway, também intitulada “Wicked”. O músico é inspirado na história do livro, mas tem muitas diferenças.
Idina Menzel e Kristin Chenoweth no músico ‘Wicked’, da Broadway
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A peça foca em Elphaba e Galinda (ou Glinda, a Feitiçeira Boa) e estreou com as atrizes Idina Menzel e Kristin Chenoweth nos papéis principais. Hoje, elas são secção do Olimpo de fãs de “Wicked” por suas marcantes interpretações.
Trata-se de uma fábula sobre a amizade das duas bruxas, que também fala sobre injustiça, preconceito e até autoritarismo.
O espetáculo é um dos mais bem-sucedidos da história da Broadway e é um dos únicos a receber mais de US$ 1 bilhão em bilheterias – ao lado de “Fantasma da Ópera” e “Rei Leão”.
A peça ganhou outras versões pelo mundo e uma montagem brasileira, bastante bem-sucedida. Nela, Elphaba e Glinda são interpretadas pelas atrizes Myra Ruiz e Fabi Bang, que deram voz à versão dublada do filme.
Derivados do universo Oz
As obras citadas até cá são só algumas do universo do Mágico de Oz, um dos mais conhecidos da cultura pop ocidental. O universo foi expandido em vários filmes, séries, jogos, peças, animações… e até um filme dos Trapalhões (“Os Trapalhões e o Mágico de Oróz”, de 1984).
A terreno de Oz chegou até no Michael Jackson, que interpretou o Espantalho ao lado de Diana Ross em “O Mágico Rememorável”. No filme, a história de “O Mágico de Oz” foi reimaginada para os tempos modernos. Fracasso mercantil e de sátira, o longa não foi muito querido na idade, mas acabou se tornando uma espécie de clássico cult, principalmente entre fãs dos dois cantores.
Feitiçeira Má do Oeste em ‘O Mágico de Oz’
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O filme “O Mundo Fantástico de Oz” (1985) também marcou uma revisita da Disney à história. Nele, Dorothy resolve retornar à terreno de Oz, mas encontra um lugar sombrio e distópico, anos depois do primeiro filme.
Outra adaptação conhecida é “Oz, Mágico e Poderoso” (2013), live-action dirigido por Sam Raimi. A história também se passa antes de “O Mágico de Oz” e é inspirada na série de livros de Baum. James Franco interpreta o mágico e Mila Kunis faz o papel de Theodora, personagem que acaba se tornando a Feitiçeira Má do Oeste.
Os filmes ‘Wicked’
‘Wicked’, filme de 2024
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“Wicked”, o filme de 2024, é uma adaptação do músico da Broadway. Muito leal, por sinal: tem a mesma história, as mesmas músicas e vários diálogos similares.
O longa é a primeira secção da história, correspondente ao primeiro ato da peça. Já a segunda está prevista para transpor em novembro de 2025. Mas não é preciso saber nenhuma das outras obras, nem mesmo a peça, para entender a história do filme.
Agora, Elphaba é interpretada por Cynthia Erivo, uma estrela do teatro músico. Ela já venceu vários prêmios, incluindo um Tony, um Grammy e um Emmy, e já foi indicada ao Oscar. Já Glinda, a feitiçeira boa, é interpretada por Ariana Grande – sim, a popstar, que nesse filme assume um papel muito dissemelhante e capricha nos vocais, quase operísticos. O elenco de peso também tem Jeff Goldblum, Michelle Yeoh e Jonathan Bailey.
Considerando o espetáculo bem-sucedido que precede o filme, um universo espargido – e clássico no cinema – e o elenco estrelado, “Wicked” encara grandes expectativas ao estrear nesta quinta. Se for muito, tem potencial para se tornar mais um capítulo marcante da história de Oz, que já inspirou clássicos em todos os formatos.
Fonte G1
