Condenações Do Fifagate Estão Ameaçadas Nos Eua 29/01/2024

Condenações do Fifagate estão ameaçadas nos EUA – 29/01/2024 – Esporte

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Quase uma dezena depois de policiais terem retirado autoridades do futebol mundial de um hotel de luxo em Zurique (Suíça) ao amanhecer, revelando um escândalo de devassidão que abalou o esporte mais popular do mundo, o caso está sob risco de desmoronar.

A reviravolta ocorre devido a questionamentos sobre um eventual excesso dos promotores americanos ao infligir a lei dos Estados Unidos a um grupo de pessoas, muitas delas estrangeiras, que defraudaram organizações internacionais ao realizar esquemas de suborno em todo o mundo —o caso ficou publicado porquê Fifagate.

A Suprema Galanteio dos Estados Unidos limitou no ano pretérito uma lei fundamental para o caso. Pouco depois, em setembro, um juiz federalista anulou as condenações de dois réus ligados à devassidão no futebol, citando esse indumento.

Agora, vários ex-dirigentes, incluindo alguns que pagaram milhões de dólares em multas e cumpriram pena de prisão, estão argumentando que os esquemas de suborno pelos quais foram condenados não são mais considerados violação no país. Encorajados pelas condenações anuladas, estão pedindo que seus registros judiciais sejam apagados e seu moeda seja devolvido.

As esperanças estão ligadas aos casos de setembro. Aqueles dois réus se beneficiaram de duas recentes decisões da Suprema Galanteio que rejeitaram a emprego da lei em questão nos casos de futebol.

Os réus haviam sido considerados culpados de envolvimento em um esquema de suborno que privou organizações fora dos Estados Unidos dos serviços honestos de seus funcionários, o que constituía fraude na estação. Mas o juiz decidiu que as novas orientações da namoro significavam que essas ações não eram mais proibidas pela lei do país.

Contraditado pelos promotores federais em Novidade York, esse golpe no caso poderia transformar uma história sobre a devassidão arraigada no futebol mundial —detalhada em uma denunciação de 236 páginas e comprovada por 31 declarações de culpa e quatro condenações em julgamento— em uma outra história sobre o longo braço da justiça americana indo longe demais.

“É bastante significativo, já que o juiz rejeitou a teoria básica do governo [acusação]”, disse Daniel Richman, ex-promotor federalista e professor de recta da Universidade de Columbia. Ele classificou a novidade versão porquê “surpreendente, mas muito fundamentada”.

Os promotores da procuradoria dos EUA para o Província Leste de Novidade York se preparam para contra-atacar. “Oriente escritório defenderá vigorosamente as condenações e não ficará de braços cruzados se os infratores buscarem restabelecer os milhões de dólares de ganhos ilícitos”, disse o porta-voz John Marzulli na quinta-feira (25).

Em um documento judicial deste mês, os promotores argumentaram que a juíza federalista Pamela Chen, que presidiu os casos da Fifa, interpretou erroneamente a Suprema Galanteio. Os réus estrangeiros, disseram eles, tinham “vínculos e atividades substanciais nos EUA” e mostraram saber que aquilo que fizeram era um violação.

O debate jurídico ocorre em meio a uma crescente preocupação de que organizações esportivas globais operem em um mundo próprio, intocáveis pelas autoridades. A devassidão sistêmica entre os principais líderes do futebol global foi amplamente documentada, mas, até que o Departamento de Justiça construísse o caso e apresentasse acusações em 2015, nenhum governo havia aventuroso enfrentá-la de forma tão ambiciosa, com acusações que abrangiam três continentes.

Uma vez pública, a investigação da Fifa se tornou um dos maiores casos de devassidão transnacional da história dos EUA: exigiu cooperação de autoridades no exterior, que ajudaram a fazer prisões e a extraditar réus para o país, e revelou décadas de suborno, acusações de contratos secretos, entregas de moeda, intimidação no tribunal e a confirmação solene de que milhões de dólares influenciaram os votos para conceder as Copas do Mundo de 2018 e 2022 à Rússia e ao Qatar, respectivamente.

O caso foi uma bênção para os advogados e um aviso para o esporte internacional. Ele impulsionou o perfil dos promotores americanos, elogiados por infligir de forma criativa a lei dos EUA sobre fraude bancária em serviços honestos, que proíbe pessoas de trair seus empregadores ao se envolverem em esquemas de suborno e propina que desviam moeda para seus próprios bolsos. A estratégia jurídica foi amplamente vista porquê uma maneira inovadora de combater o subor no mercantil estrangeiro.

As acusações levaram a uma reforma na cúpula da Fifa, incluindo a destituição de seu presidente de longa data, Joseph Blatter, e transformaram algumas figuras-chave do caso em celebridades. Loretta Lynch, procuradora-geral dos EUA na estação, foi apelidada de Fifa-Jägerin (“a caçadora da Fifa”) pela mídia alemã.

Estava longe de ser a primeira vez que o Departamento de Justiça apresentava acusações complicadas com ângulos globais. Mas a abrangência do caso e seu foco desproporcional em outras partes do mundo levantaram questões sobre por que os promotores federais do Brooklyn escolheram investir anos de recursos na investigação. Uma vez que justificativa, eles apontaram para o uso de bancos americanos pelos réus e, de forma mais ampla, para a “fadiga aos princípios internacionais” que, segundo Lynch, seus esquemas representavam.

Agora, à medida que os promotores americanos se preparam para proteger seu trabalho perante um tribunal de apelações federais, a teoria de que a lei dos EUA poderia ser aplicada onde outros não puderam ou não quiseram agir está em questão. Isso abriu a porta para uma possibilidade dramática: que autoridades esportivas proeminentes e empresários que foram considerados culpados de solicitar ou admitir subornos possam ter suas condenações anuladas e suas fortunas devolvidas.

Em entrevista na semana passada, o ex-presidente da Conmebol e da Associação Paraguaia de Futebol Juan Ángel Napout disse que foi sentenciado para servir de exemplo. “Por que eu? Eles precisavam de alguém, e fui eu”, declarou.

Napout pagou mais de US$ 4 milhões ao governo dos EUA, que até agora repassou mais de US$ 120 milhões em moeda confiscado à Fifa e se comprometeu a liberar dezenas de milhões a mais. De volta a Assunção (Paraguai) desde a saída da prisão no ano pretérito, Napout está pedindo aos EUA que anulem sua pena e devolvam seu moeda.

O dirigente paraguaio ficou recluso por mais tempo do que qualquer outra pessoa implicada no caso, e seu estilo de vida luxuoso foi interrompido quando ele se tornou cozinheiro em uma prisão na Flórida. Ele disse que não havia considerado um recurso até ouvir sobre as absolvições em setembro e está procedendo exclusivamente a pedido de sua família. “Para que meu registro fique limpo.”

Nas últimas semanas, o ex-presidente da CBF José Maria Marin, que também cumpriu pena de prisão e pagou milhões em multas, e o ex-presidente da Concacaf AlfredoHawit, que se declarou culpado e colaborou com o governo americano, fizeram pedidos semelhantes.

Em suas petições, eles estão repetindo alguns dos argumentos iniciais apresentados ao serem acusados, quando os advogados se opuseram ao que chamaram de “uso excessivo e exagerado dos promotores americanos de uma lei vaga”. Na estação, alguns enfatizaram que, em países porquê o Brasil, remunerar subornos em uma transação mercantil privada para prometer um entendimento ou contrato não seria um pouco incomum ou proibido.

À medida que a guerra jurídica continua, adversários proeminentes no caso seguiram em frente. As organizações de futebol implicadas têm novos líderes. Em 2019, Lynch se juntou ao escritório de advocacia americano Paul & Weiss e se tornou uma defensora da novidade Fifa. Pelo menos duas vezes nos últimos anos, ela se dirigiu diretamente à entidade elogiando o “compromisso renovado da organização com a transparência e o comportamento ético”. Lynch não respondeu a um pedido de glosa da reportagem.

Recentemente, a Fifa tem sido meta de novidade atenção por contornar processos padrão, porquê quando concedeu efetivamente os valiosos direitos de sediar a Despensa do Mundo de 2034 à Arábia Saudita sem disputa competitiva. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, que assumiu posteriormente a saída de Blatter, explorou a possibilidade de estender os limites de seu tempo no função.

O resultado dos novos recursos, a serem discutidos perante o 2º Tribunal de Apelações dos EUA, em Novidade York, pode ter implicações não exclusivamente para réus condenados, porquê Napout, porquê também para aqueles que foram acusados mas permaneceram em liberdade, fora do alcance das autoridades do país. Entre eles estão o ex-vice-presidente da Fifa e ex-presidente da Concacaf Jack Warner, de Trinidad e Tobago; os executivos de mídia argentinos Hugo e Mariano Jinkis; e os ex-presidentes da CBF Marco Polo del Nero e Ricardo Teixeira.

Pelo menos US$ 200 milhões pagos pelos condenados também estão em jogo. Uma segmento disso foi prometida à Fifa, considerada vítima da devassidão em sua própria lar, e destinada a causas porquê programas de futebol para mulheres, jovens e pessoas com deficiência. A Fifa informou que US$ 50 milhões já foram alocados para projetos.

Paul Tuchmann, ex-promotor que agora trabalha no escritório de advocacia Wiggin & Dana, chamou a decisão de desculpar dois réus de “um soluço”, mas disse que, independentemente do que o tribunal de apelações decida, “não se pode voltar no tempo e extinguir o impacto” do caso.

Ainda assim, Tuchmann acrescentou que desfazer o trabalho do governo teria amplas consequências, dentro do esporte global e além. “Pessoas com uma certa astúcia entenderão que o sistema de justiça criminal dos EUA não vai tocá-las. Acho isso lastimoso.”

Folha

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