Conheça A São Paulo Do Sambista Adoniran Barbosa 20/03/2024

Conheça a São Paulo do sambista Adoniran Barbosa – 20/03/2024 – Passeios

Celebridades Cultura

A voz de Caetano Veloso tornou o interceptação das avenidas Ipiranga com a São João, no núcleo, um dos pontos mais famosos de São Paulo. Mas quem está perpetuado ali em forma de estátua não é o baiano, mas um paulista que homenageou a capital em cada vírgula de suas canções: Adoniran Barbosa (1910-1982).

O cantor e compositor teve sua obra transposta para as telonas no filme “Saudosa Maloca”, que estreia nos cinemas nesta quinta (21). De tratado com o diretor do longa, Pedro Serrano, era necessário fazer o resgate cultural de um artista publicado no pretérito, mas que precisava ser apresentado às novas gerações.

Apesar de sua preço médio para o samba paulista, não há na cidade um memorial em sua homenagem — e os poucos objetos e documentos expostos à visitação estão espalhados por diferentes pontos.

A Galeria do Rock tem um montão de mais de milénio pertences de Adoniran, mas a maioria do material está guardada. Alguns objetos desse conjunto, porquê documentos e fotografias, podem ser vistos no Boteco 28, bar no Farol Santander, no núcleo.

Diferentemente das cinebiografias tradicionais, o filme não mostra a história

de vida do sambista, interpretado por Paulo Miklos, mas dramatiza as histórias contadas em suas canções. “É uma homenagem mais formosa engrandecer a obra e dar vida a tudo que ele criou do que, necessariamente, permanecer falando de temas pessoais”, afirma Serrano.

Mesmo tendo escrito sobre a São Paulo dos anos 1950, sua obra segue atual em temas porquê a especulação imobiliária e o desenvolvimento urbano —a canção-título do filme, aliás, narra a operação de resíduo de um palacete ocupado para moradia.

Adoniran viveu por anos no bairro da República, mas transitava por toda a capital, se inspirando na rotina

dos trabalhadores para fabricar músicas em diversas regiões, porquê Brás, Morada Verdejante, Ermelino Matarazzo e Bixiga. Conheça a seguir locais que refletem seu legado, em um roteiro fácil para fazer a pé e de transporte público.

Museu Memória do Jaçanã

Apesar de ter uma relação com o Jaçanã, o sambista nunca morou no bairro da zona setentrião e já disse que incluiu o lugar em “Trem das Onze” somente para rimar com “amanhã de manhã”. Embora fechado desde a pandemia, à espera de patrocínio para reabrir as portas, nascente museu preserva a história da região e tem em seu montão peças porquê um chapéu do sambista e a letra original autografada de “Samba do Arnesto”.

Rua Benjamin Pereira, 1021, Jaçanã

Fechado por tempo indeterminado

Rossio da Sé

Marco zero de São Paulo, a terreiro abriga a Catedral Metropolitana da Sé, maior igreja da cidade. Nos anos 1970, passou por uma reforma de seis anos por justificação da estação de metrô, inaugurada em fevereiro de 1978. No mesmo ano, Adoniran lançou a cantiga “Rossio da Sé”, na qual canta sobre transformações incontroláveis do lugar.

Rossio da Sé, s/n, Sé

Viaduto Santa Ifigênia

Cartão-postal da cidade, foi inaugurado em 1913 ao lado do Mosteiro de São Bento. Seus 225 metros de comprimento oferecem uma vista panorâmica da cidade para os milhares de pessoas que transitam por lá diariamente. A construção passou por reformas nos anos 1970 e serviu de inspiração para Adoniran, que criou os versos “Venha ver, Eugênia, porquê ficou bonito o Viaduto Santa Ifigênia”, na cantiga

que leva o nome do lugar. Atualmente, o viaduto está passando por novas reformas, mas, para não inviabilizar a passagem dos pedestres, ela está ocorrendo em etapas.

Viaduto Santa Ifigênia, s/n, Núcleo

Prédio Santa Ignez

Localizado na rua Aurora, na República, o prédio foi lar de Adoniran Barbosa e sua mulher de 1949 a 1966. No apartamento de número 22, o sambista escreveu seu primeiro sucesso, “Saudosa Maloca”, lançado em 1951. O prédio continua residencial até hoje —e o apartamento está ocupado por outros moradores. Traz uma placa na ingressão lembrando o músico.

A rua Aurora é segmento necessário da vida e história da cidade. Foi lá, também, que nasceu o jornalista Mário de Andrade. O logradouro também fez segmento da região conhecida porquê “Boca do Lixo”, reduto do cinema independente brasiliano entre os anos 1960 e 1980.

Rua Aurora, 579, República

Estátua de Adoniran Barbosa no Bar Brahma

O sambista ganhou uma estátua em frente ao estabelecimento —usando chapéu e brincando com seu cachorro. O artista costumava frequentar o bar boêmio, instalado na esquina das avenidas Ipiranga e São

João, ao lado de outros artistas da idade.

Com mais de 75 anos de história, o Bar Brahma foi eleito um dos melhores bares da cidade pelo Datafolha. A mansão possui três palcos e promove tapume de 150 shows por mês, recebendo nomes porquê Sandra de Sá, Demônios da Garoa e Dudu Sublime.

Av. São João, 677, Núcleo

MUMBI – Museu Memória do Bixiga

Apesar de nunca ter morado no Bixiga, o sambista costumava frequentar o bairro e, em 1976, lançou a música “Um Samba no Bixiga”, que narra a história de uma luta ocorrida na rua Major Diogo. Adoniran deixou sua marca no bairro e foi perpetuado no montão do museu comunitário, constituído por itens doados por moradores da região. A seção de história da música do lugar conta com fotos do artista, além de um chapéu e uma gravata-borboleta do músico. No momento, está fechado para a reorganização do montão. Não há data de reabertura.

Rua dos Ingleses, 118 – Morro dos Ingleses

Busto de Adoniran Barbosa na Rossio Dom Orione

O impacto do samba de Adoniran Barbosa no Bixiga foi tão grande que, além do montão no Mumbi, o sambista também foi perpetuado na terreiro Dom Orione, contornada pelas ruas Fortaleza, Rui Barbosa e 13 de Maio. No lugar, turistas podem encontrar o busto do sambista. Ou por outra, desde os anos 1980, recebe todos os domingos uma feira de antiguidades, das 9h às 17h. Lá é provável encontrar roupas, móveis, discos de vinil, pratarias e outros itens nas mais de 200 barracas que ficam no lugar.

Rossio Dom Orione, Bela Vista

Rua Adoniran Barbosa

Ainda na região do Bixiga, entre a avenida Brigadeiro Luís Antônio e a rua Jaceguai, há uma terceira homenagem ao compositor de “Tiro ao Álvaro”. Apesar de seu nome de batismo ser

João Rubinato, o músico viveu grande segmento da vida sendo reconhecido porquê Adoniran Barbosa e, por esta razão, nascente foi o nome escolhido para denominar a estreita, mas charmosa via de 150 metros de comprimento.

Rua Adoniran Barbosa, Bela Vista

Sala de teatro Adoniran Barbosa no Núcleo Cultural São Paulo

O músico e compositor também foi homenageado no Núcleo Cultural São Paulo, que fica na região do Paraíso, próximo ao metrô Vergueiro. O espaço conta com bibliotecas, um jardim suspenso, apresentações de artes visuais, dança e tendência, shows musicais, projeções de cinema e peças teatrais. Há cinco salas de espetáculos no lugar, e cada uma leva o nome de uma personalidade importante da cultura paulista. A única sala em formato de estádio, rodeada por vidros, leva o nome de Adoniran Barbosa.

Rua Vergueiro, 1000, Paraíso

Todos os dias, das 10h às 22h

Ingressão gratuita

Folha

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