A madrugada entre os dias 31 de março e 1º de abril de 1964 ficou para sempre marcada na história do Brasil, quando o portanto presidente João Goulart (PTB) foi deposto do função e se iniciou uma ditadura que durou 21 anos.
Neste ano, completam-se seis décadas do incidente, que mudou os rumos da política brasileira, impedindo que o povo pudesse votar por seus representantes. O Estado, à idade, agia com base na increpação e vexação contra todos os cidadãos que julgavam “inimigos” ou perigosos.
As cicatrizes desta idade estão marcadas não exclusivamente na pele dos sobreviventes, mas também em locais do país que foram testemunhas da tortura e também da resistência.
Confira dez destes lugares que podem ser visitados na cidade de São Paulo:
Memorial da Resistência
Localizado no meio da cidade, o memorial é o maior museu de história devotado à memória das resistências e da luta pela democracia no Brasil. Sincero ao público em 2009 no prédio onde, entre 1940 e 1983, operou o Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops), o lugar exibe exposições temáticas ligadas à idade da ditadura militar. O próprio espaço faz segmento do montão do museu, pois lá os visitantes podem entrar em celas que eram usadas para confinar presos políticos da idade.
Sincero de quarta a segunda das 10h às 18h
Ingresso gratuita mediante suplente
Largo General Osório, 66, Santa Ifigênia
Cemitério Dom Bosco – Vala de Perus
Inaugurado em 1971 na zona setentrião, o cemitério ficou publicado nos anos 1990 depois serem encontrados 1.049 sacos com ossadas de pessoas enterradas uma vez que indigentes durante a ditadura. Em homenagem às vítimas, Luiza Erundina (PSOL), prefeita da cidade à idade, inaugurou no lugar o Monumento aos Mortos e Desaparecidos Políticos, de autoria de Ricardo Ohtake.
Todos os dias, das 8h às 17h
Ingresso gratuita
Estrada do Pinheirinho, 860, Perus
Tuca
O Teatro da Universidade Católica está localizado em um prédio ao lado do campus da PUC-SP. Nos anos em que o AI-5 vigorou, com cassação de direitos políticos, exílios e increpação, o teatro se consagrou uma vez que um lugar de resistência artística, cultural e política, recebendo em seus palcos nomes uma vez que Elis Regina, Caetano Veloso, Vinicius de Moraes e Fernanda Montenegro. Além de peças e shows, também era usado para simpósios, encontros, debates e atos públicos. Na ditadura, o Tuca foi incendiado duas vezes, em setembro e dezembro de 1984. O primeiro ocorreu no natalício de sete anos da invasão da PUC pelas forças da repressão. Padre Edenio Valle, pró-reitor comunitário da universidade, afirma que se tratou de um “atentado terrorista que deu visível”. Em 1988, o prédio foi tombado uma vez que muito cultural, histórico e arquitetônico e, até hoje, o lugar mostra em suas paredes as marcas de incêndio, preservando a memória da resistência à ditadura.
Rua Monte Jubiloso, 1024, Perdizes
Programação e valores de ingressos podem ser consultados no site solene do teatro.
Homenagem a Carlos Marighella
Quem passa ao lado de uma pedra subida na lajeada da parque Moradia Branca, na profundeza do número 815, não imagina que ela foi colocada lá de propósito uma vez que forma de homenagear o guerrilheiro Carlos Marighella. O ex-integrante do Partido Comunista Brasílico foi assassinado ali, próximo ao nº 800, atingido por quatro tiros em uma operação do Deops. A pedra de granito foi instalada no lugar em 1999, 30 anos depois do ocorrido, durante a gestão de Celso Pitta. Ela tinha uma placa explicando o significado da homenagem, mas ela foi roubada. Hoje, a mensagem “cá tombou Carlos Marighella em 4/11/69, assassinado pela ditadura militar”, inscrita na pedra, está quase ilegível.
Parque Moradia Branca, na lajeada, próxima ao nº 85
Moradia de Portugal de São Paulo
A entidade foi criada em 1935 com a intenção de ser uma instituição de suporte e assistência à comunidade portuguesa em São Paulo. Nos anos finais da ditadura, teve grande valimento, pois sediou assembleias sindicais, uma vez que a ocorrida em 30 de agosto de 1978, considerada a maior parlamento de bancários desde a implantação do AI-5 e responsável por iniciar a primeira greve universal da categoria. A livraria do espaço é ocasião ao público universal, tal uma vez que a galeria de arte, quando há exposições.
Livraria ocasião das 12h às 16h30 de segunda a sexta-feira
Ingresso franca
Av. da Liberdade, 602
Teatro da USP
Mais publicado uma vez que Tusp, o prédio localizado em frente à faculdade Mackenzie, abrigava a FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas). A divergência ideológica entre os alunos de ambas as faculdades culminou em um incidente sombrio da história de São Paulo. Um desentendimento na manhã de 2 de outubro de 1968 resultou em um confronto de 4 horas, publicado uma vez que “Guerra da Maria Antônia”. Jovens se agrediram com paus, pedras, coquetéis molotovs e outras ferramentas. O combate deixou diversos feridos e um morto, o jovem secundarista José Carlos Guimarães. Atualmente, o prédio histórico oferece uma programação teatral e vestígios sobre a produção de teatro de contextura universitário. A agenda de peças pode ser encontrada no site solene do lugar.
Rua Maria Antonia, 294, Vila Buarque
Roda do velho Presídio Tiradentes
Construído em 1852, o presídio servia uma vez que lugar de detenção de pessoas escravizadas. Durante o Estado Novo (1937-1945), recebeu um pavilhão peculiar para presos da Lei de Segurança Vernáculo e passou a ser reconhecido uma vez que um presídio político. Durante a ditadura, presos políticos que tiveram suas prisões legalizadas ou foram condenados pela Justiça Militar eram enviados para o lugar. Era um meio de detenção mais seguro, pois havia documentação, que foi crucial para reunir evidências das violências vividas pelos detidos. Em 1972, o presídio foi demolido, mas o seu círculo de ingressão continuou preservado e foi tombado pelo Condephaat em 1985. Atualmente, o lugar não conta com nenhuma sinalização que informe os transeuntes de sua história. Ele contava com uma placa informativa, mas esta foi roubada e nunca foi reposta.
Avenida Tiradentes, 451, Tiradentes
Terreiro Vladimir Herzog
A Percentagem da Verdade formada pela Câmara Municipal de São Paulo quis homenagear o jornalista Vladimir Herzog, assassinado em 25 de outubro de 1973, nos porões do DOI-CODI, vítima da repressão e violência da ditadura. No natalício de 40 anos de sua morte, a pequena terreiro localizada detrás do prédio da Câmara, portanto chamada Terreiro da Divina Providência, passou a se invocar terreiro Vladimir Herzog. O lugar conta com três obras de arte de autoria do artista plástico Elifas Andreato que homenageiam Herzog, além de também acoitar a Escadaria da Liberdade, que possui 17 degraus com trechos da letra do Hino da Proclamação da República.
Rua Santo Antônio ao lado do prédio da Câmara Municipal de São Paulo, Bela Vista
Memorial aos Membros da Comunidade USP Vítimas do Regime da Ditadura Militar
Inaugurado em 2011, na Terreiro do Relógio, em frente ao Auditório Camargo Guarnieri, o memorial idealizado pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade consiste em uma obra de placas de concreto que contém os nomes de professores, funcionários e estudantes da USP que foram mortos ou desapareceram durante o período da ditadura. Na primeira pilar do monumento está escrita a frase “Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento ou lição cruel, desumano ou degradante”, presente no quinto cláusula da Enunciação Universal dos Direitos Humanos.
Terreiro do Relógio, USP, Portaria 01, intercepção da Av. Afrânio Peixoto com a Rua Alvarenga, Butantã
Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos
Inaugurado em 2014, em frente ao Parque do Ibirapuera, o monumento de seis metros de profundeza por 12 de comprimento foi projetado pelo arquiteto Ricardo Ohtake. As chapas brancas que formam a obra contêm os nomes de 436 mortos e desaparecidos políticos de todo o país.
Superfície externa do Parque Ibirapuera, em frente ao Portão 10, Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n, Vila Mariana