Rio de Janeiro
Destaque em “Família É Tudo”, atual romance das sete da Orbe, Ramille Xavier, 26, ralou bastante para conseguir uma oportunidade na televisão. Mesmo que essa seja sua estreia em novelas —e já com o status de protagonista—, o caminho para chegar lá foi longo.
Proveniente do Rio de Janeiro, Ramille mora até hoje com os pais no bairro de Irajá, na zona setentrião da capital fluminense. E ser do Irajá é o seu maior orgulho. “Sou de lá, nascida e criada”, conta ao F5. “Eu sempre quis ser artista, desde novidade, sempre foi uma certeza na minha vida.”
Durante um período, ela manifestou isso na Sapucaí. “Eu fui passista do Salgueiro por muito tempo”, revela. “Mas ser passista é uma responsabilidade muito grande e decidi me reformar por enquanto. Mas quem sabe não volto? Quero voltar um dia”, diz.
Na puberdade, Ramille estudou no Tablado, uma das escolas de teatro mais conhecidas do Brasil. Mas não durou muito tempo. “Naquela quadra, meu lado cantora falou mais eminente”, relembra. “E eu sou oito ou oitenta. Eu estudo e mergulho, porque não palato de ser meia-boca. E decidi trovar.”
Em 2019, ela se mudou para a China, onde foi para trovar e dançar em um espetáculo feito para brasileiros no país. Seu retorno foi pouco antes da pandemia de Covid-19 encetar no país asiático. Mas ela decidiu não permanecer paragem.
“Eu já tinha trancado faculdade, já estava meio perdida”, afirma. “Conversando com os meus pais, eles me pediram para voltar. Quando voltei, fiz um curso de verão, conheci minha preparadora, mas a pandemia veio. E, na pandemia, eu decidi me jogar. Estudei muito on-line.”
O estudo focado em TV e cinema mudou a vida da jovem. “Eu fiquei muito nerd, eu só estudava”, brinca. “Eu comecei a entender a técnica. Eu estudava texto, teoria, improvisação, tudo.”
Pronta para tentar um tanto na televisão, Ramille começou a fazer testes na Orbe. O primeiro que deu visível foi para “Seduzido’s”, série do Globoplay que se passa no subúrbio carioca.
Enquanto isso, ela tentava ocupar papéis em novelas. Foi avaliada para tramas porquê “Malhação: Transformação” (temporada que sequer chegou a ser produzida), “Todas as Flores” (2022) e “Vai na Fé” (2023). “Eu fiz teste para a Kate, mas ‘Seduzido’s’ não me liberou, porque a segunda temporada iria espancar com as gravações da romance. Graças a Deus acharam a Clara Moneke”, afirma.
Logo em seguida, Ramille foi aprovada para a trama de Daniel Ortiz. Ela confessa que não estava lá muito animada. “Eu nem fiz teste para Andrômeda, era para outra personagem. Eu já tinha esquecido. Mas quando estava em uma lição, eu recebi a notícia de que me queriam para ela”, recorda.
Dissemelhante de Andrômeda, uma riquinha que tenta emplacar na curso músico usando o vestuário de ser neta de uma dona de gravadora, Ramille rala faz tempo. Em 2013, quando era jovem, ela foi semifinalista da versão brasileira do reality de competição Got Talent, produzida pela Record na quadra —a atração só teve uma temporada e saiu do ar por baixos números de audiência.
Ramille diz que não avançou para a final por que ficou doente logo no dia da apresentação decisiva. “Na última apresentação, fui para São Paulo, fiquei doente, saí de ambulância, me deram medicamento na veia, e fui para o palco”, conta. “Estava meio grogue na última apresentação, não era a música que queria trovar… Mas foi uma experiência lítico.”
O JEITO RAMILLE
Se os Estúdios Orbe viraram praticamente a moradia de Ramille, por culpa da demanda de trabalho com a romance, o jeito de Andrômeda também parece habitar a atriz em alguns momentos. Ela ri, brinca e faz piada. E diz que sempre foi assim.
“Eu nem sei se eu descobri que tinha veia cômica. Eu sou assim. Minha mãe é assim também. Esse jeito é somente a minha verdade”, afirma. “Eu sei que, quando o diretor me viu pela primeira vez e conversou por cinco minutos comigo, me disse que eu era a Andrômeda, literalmente.”
Talvez isso explique sua crescente popularidade pela trama. “Eu sou tranquila. Ainda não mudou tanto. Mas volta e meia, vem: ‘Por um possibilidade você não é a moça da romance?’. Isso é lítico”, avalia.
Ramille também sabe que é secção de uma transformação recente na TV, principalmente na Orbe, que está mais oportunidade a mostrar rostos negros na tela. “Eu me inspirei muito em Taís Araújo, em várias referências”, conta. “Eu sei que ocupar esse espaço é lindo, mas queremos mais. Eu quero mais!”