Os brasileiros realizaram mais atividades culturais neste ano em verificação com 2023, com a liderança do streaming e o aumento no consumo de novelas e idas a espetáculos, mas a disparidade de renda entre indivíduos de diferentes classes se mantém uma vez que determinante para os hábitos da população.
É o que aponta a novidade pesquisa Hábitos Culturais, realizada durante o último mês de agosto pelo Observatório Instalação Itaú, do Itaú Cultural, e pelo Datafolha. O levantamento ouviu 2.494 pessoas de 16 a 65 anos, divididas entre todas as regiões do Brasil, com entrevistas presenciais e por telefone.
Segundo os dados, 97% dos entrevistados afirmam ter realizado alguma atividade cultural em 2024. Murado de 61% dos entrevistados afirmam realizar pelo menos uma atividade cultural presencial por mês. Com relação ao formato remoto, a frequência mensal alcança 88% das pessoas, superando os 72% do ano pretérito.
Em relação aos gastos com atividades presenciais, eles também são determinantes para a disparidade dos hábitos culturais —39% dizem não gastar zero com atividades presenciais, enquanto 46% gastam mais de R$ 50. No caso da modalidade online, as porcentagens são de 25% e 52%, respectivamente. Já 59% pessoas das classes D e E recorrem às atividades gratuitas, contra exclusivamente 23% das classes A e B.
Em relação às atividades culturais realizadas pelos brasileiros, o levantamento deste ano reposiciona as plataformas de streaming uma vez que o seu principal meio, também verificado no ano anterior.
O consumo de músicas em plataformas digitais mantém a liderança uma vez que a preferida pelo público, citada por 83% dos entrevistados. O consumo de filmes via serviços de streaming garantiu o segundo lugar, com 73% das respostas, enquanto o consumo de séries online foi mencionado por 69% daqueles que responderam à pesquisa.
“Essas três atividades têm em geral que são consumidas sob demanda e, por isso, são mais fáceis de encaixar nos momentos de tempo livre. Essa hipótese é reforçada pelo indumentária de que, entre principais motivos para realizar atividades online, segundo a pesquisa, está a flexibilidade do horário (32%)”, afirma Carla Chiamareli, gerente do Observatório Instalação Itaú.
Entre as 23 atividades avaliadas pela pesquisa, 16 apresentaram prolongamento. Entre elas, as novelas foram mencionadas por 56% das pessoas, o que superou os 36% do índice anterior. Por outro lado, as atividades infantis (de 24% para 35%) e os espetáculos ou apresentações de dança (de 18% para 30%) também apresentaram um grande prolongamento.
Apesar de reconhecer que os serviços de cultura digitais reafirmaram a sua consolidação, o presidente da Instalação Itaú, Eduardo Saron, destaca um prolongamento no público em atividades presenciais.
“Fora o aumento de brasileiros que voltaram a presenciar a novelas, há um possante retorno do público para ver presencialmente espetáculos de dança e atividades infantis, entre outras, uma vez que shows, teatro e festas folclóricas. Também registramos um prolongamento importante de frequentadores de centros culturais e bibliotecas”, afirma ele.
No ranking de atividades realizadas, as presenciais ao ar livre conquistaram o quarto lugar de preferência do público. Com relação ao uso das salas de cinema, elas foram frequentadas por 38% dos entrevistados, superando os 33% apresentados pelo levantamento anterior.
A leitura de livros impressos ficou em sétimo lugar do ranking, com 52%. Por outro lado, a leitura de livros digitais diminuiu, e se em 2023 apresentava um índice de 42%, nesse ano foi mencionada por 36% das pessoas.
A pesquisa também buscou dados sobre as principais causas do retiro em relação a atividades presenciais. A instabilidade e a violência mantém a liderança das preocupações, levantadas por 35% das pessoas —o que supera os 20% verificados em 2023.
De conciliação com o levantamento, as pessoas pretas são as que mais temem a participação em eventos culturais. Elas totalizam 43%, enquanto entre as pessoas brancas o índice é de 34%. Nas classes A e B, o índice equivale a 37%, enquanto 34% das classes D e E mencionam o fator.
As questões financeiras ainda se consolidam uma vez que fatores centrais para o retiro e alcançam o mesmo índice do motivo anterior (35%) —superando em 16% o levantamento em 2023. Os indivíduos das classes A e B são os que se mostram mais sensíveis ao fator, mencionado por 39% deste extrato, contra 30% nas classes D e E.
O cansaço, desânimo ou preguiça (26%), a falta disponibilidade de horários (25%), a intervalo com relação aos eventos e equipamentos culturais (24%) e a superlotação (19%) também figuram entre os motivos.
“As comunidades mais vulneráveis frequentemente vivem longe dos centros urbanos, onde se concentram atividades culturais uma vez que bibliotecas, museus e apresentações. É importante que as políticas culturais também estejam articuladas com questões uma vez que mobilidade urbana, segurança pública e capacidade de consumo de bens e serviços. Somente assim será provável prometer um chegada efetivo e equitativo à cultura para todos”, diz Chiamareli.