O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) procura um novo lugar para a instalação do supercomputador incluído no Projecto Brasílio de Perceptibilidade Sintético (Pbia), que ficaria em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, a 65 quilômetros da capital fluminense.
De congraçamento com o Pbia, a máquina deve ter poder computacional para estar entre os cinco supercomputadores mais potentes do mundo, o que envolve um consumo de eletricidade que preocupou a governo do LNCC (Laboratório Pátrio de Computação Científica). A instituição, sediada em Petrópolis, abriga o Santos Dumont, atual supercomputador mais poderoso do país.
O laboratório afirma que não recusou a instalação do supercomputador, e, sim, chamou a atenção para o dispêndio estimado de vigor elétrica associado à operação do equipamento. Esse valor “deve ser informado ao MCTI para subsidiar projeções orçamentárias futuras”, disse o LNCC.
O projecto é de que o supercomputador brasílio seja tão potente quanto o HPC6, atual quinta máquina mais potente do mundo com sede na Itália e consumo sumo de 10,17 MW (megawatts). O equipamento brasílio será usado para pesquisas avançadas em lucidez sintético, porquê o desenvolvimento de um protótipo de linguagem pátrio.
Considerando que a concessionária de vigor do Rio de Janeiro ofídio R$ 1 por KWh, a conta de luz do supercomputador pode passar os R$ 7 milhões ao mês, sem levar em conta o dispêndio de bandeiras tarifárias. Rodando em capacidade máxima, o consumo elétrico da máquina seria equivalente ao gasto residencial de muro de 43 milénio residências, de congraçamento com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Servidores do ministério afirmaram à Folha que o projecto inicial de instalar o equipamento em Petrópolis foi transformado, em vista das ofertas recebidas de Itaipu e da prefeitura do Rio de Janeiro para arcar com a conta de eletricidade. A pasta, agora, avalia qual o fado mais viável.
Em nota enviada à reportagem, o MCTI disse que ainda não definiu o lugar onde o novo supercomputador ficará instalado. Segundo o pronunciamento, a pasta ainda estimará o dispêndio de vigor elétrica associado à operação do equipamento.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), propôs a construção de uma usina de vigor solar de 10 MW dedicada à ressarcimento do consumo do supercomputador com uma natividade limpa de eletricidade.
“Será fornecido lugar adequado, integrado ao Polo de Perceptibilidade Sintético, com data centers, porquê já foi anunciado pelo prefeito Eduardo Paes”, afirmou a prefeitura do Rio de Janeiro em nota.
De congraçamento com a governo carioca, o município apresenta três vantagens estruturais: conexão firme de subida velocidade guarnecida por cabos submarinos ligados a vários continentes, rede de vigor robusta e capital humano advindo das universidades locais e do polo de inovação Porto Maravalley.
Técnicos do MCTI também cogitam a instalação do supercomputador em Foz do Iguaçu, por razão da usina de Itaipu.
A possibilidade de relação direta à hidrelétrica pesa em prol de Itaipu, o que permite economias com transmissão e distribuição de vigor. O lugar, porém, fica distante de importantes centros de pesquisa do país e dificultaria o chegada de pesquisadores à máquina.
A sede por eletricidade dos equipamentos dedicados ao desenvolvimento de modelos de lucidez sintético também desafia outros centros de pesquisa pelo país.
O Núcleo de Primazia em Perceptibilidade Sintético (Ceia), ligado à Universidade Federalista de Goiás (UFG), comprou oito supercomputadores da Nvidia em março, e, até agora, conseguiu vincular somente cinco. Dois estão no Instituto de Informática da UFG e outros três, no data center do governo goiano.
“O governo se ofereceu a receber dois e nós enviamos três”, recorda o diretor de pesquisa do Ceia, Anderson Soares. “Quando tentamos mandar o quarto, ouvimos: ‘Você está maluco, com o terceiro já estamos funcionando no limite’”, emendou.
Para resolver a questão, o núcleo de primazia adquiriu a instalação no campus de um data center all-in-one —trata-se de uma estrutura pré-fabricada, com sistemas de refrigeração, fornecimento elétrico e monitoramento. A estrutura deve iniciar a operar em novembro.
“É mais dispendioso do que erigir um data center, mas resolve nosso problema sem precisar licitar uma construção”, afirmou Soares.
A máquina da Nvidia especializada em lucidez sintético pode atingir a velocidade de 72 petaflops, quando trabalha com o treinamento de modelos de IA. É um valor muito maior do que os atuais 5,1 petaflops do supercomputador Santos Dumont, que, no entanto, se sai melhor em outras atividades.
O grupo de pesquisa e inovação planeja chegar a 20 supercomputadores da Nvidia, da categoria DGX B200. A potência dessas máquinas chega a 14,3 kW (quilowatt) —cada uma com consumo equivalente ao de mais de quatro chuveiros elétricos funcionando ininterruptamente na posição inverno.
O LNCC, de Petrópolis, também investe em melhorias estruturais para fazer uma atualização no Santos Dumont. Com ajuda da Petrobras, o laboratório comprou 20 toneladas de peças da empresa francesa Eviden que devem ser instaladas ao longo deste ano. Com a melhoria, o supercomputador voltará a figurar na lista de 500 máquinas mais potentes do mundo.
O repórter viajou a invitação do Ceia