Copa do mundo de clubes desafia pequenos e poderosos

Copa do Mundo de Clubes desafia pequenos e poderosos – 16/06/2025 – Esporte

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Para ser enunciado vencedor mundial de clubes em 1888, o Renton Football Club, detentor da Despensa da Escócia, precisou vencer unicamente uma partida contra seu equivalente inglês, o West Bromwich Albion. Os jogadores do Renton, que eram atletas amadores empregados em uma gráfica sítio, foram supostamente impulsionados à vitória por vinho do Porto e ovos. Embora a disputa envolvesse unicamente duas nações, o título “mundial” do Renton não era contra-senso. Na estação, praticamente ninguém fora da Grã-Bretanha jogava futebol seriamente.

Desde portanto, a competição pelo título de melhor clube do mundo se intensificou consideravelmente. No sábado (14), a mais recente reencarnação da Despensa do Mundo de Clubes começou nos Estados Unidos, com 32 clubes de seis continentes. A Fifa, organizadora do evento e órgão global de governança do esporte, promove nascente torneio expandido uma vez que uma “novidade plataforma massiva” que renderá “benefícios esportivos e financeiros” —incluindo um prêmio totalidade de US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões).

Enquanto o formato anterior era uma diversão anual no meio da temporada europeia com unicamente sete equipes, a Despensa do Mundo de Clubes quadrienal reformulada tem a mesma estrutura da competição para seleções nacionais. Seus arquitetos esperam que eventualmente se torne tão popular quanto. Certamente será mais global. A Fifa espera que jogadores de quase 90 países participem —mais do que o número que participou em todas as Copas do Mundo para seleções nacionais.

Países que geralmente são rigorosos com imigrantes os recebem muito em suas ligas domésticas de futebol. Há mais de 1.000 brasileiros, 200 espanhóis e 100 nigerianos jogando nas principais divisões da Ásia. Até mesmo o Brasil, a maior nascente mundial de talentos do futebol, abriga dezenas de jogadores estrangeiros, de lugares tão distantes quanto Angola e Coreia do Sul. De convenção com dados do Observatório do Futebol, uma organização de pesquisa, o número médio de expatriados em clubes ao volta do mundo aumentou de 5,4 em 2017 para 6,5 em 2023, um aumento de 20%. Enquanto a globalização recua em muitos domínios, ela prospera no jogo.

Não são unicamente os jogadores que atravessam fronteiras: a cultura do futebol também transborda. O tribalismo do esporte intoxica torcedores em todos os lugares. Em partidas em Jacarta, capital da Indonésia, torcedores do Persija cantam músicas em bahasa indonésio, o linguagem sítio, com melodias das arquibancadas europeias. Até os aspectos desagradáveis do jogo são importados: partidas entre Persija e Persib Bandung, seus rivais, frequentemente descambam para a violência fora do campo. Você pode encontrar grupos de “ultras” —torcedores fanáticos— no Sudão, na Síria e em El Salvador.

Existem mais de 4.000 clubes profissionais em todo o mundo, do Adelaide United na Austrália ao Zanaco FC na Zâmbia. No entanto, mesmo com o futebol de clubes se espalhando muito além de suas origens na Europa, o continente continua sendo o núcleo de seriedade do esporte. As equipes da Europa são simplesmente mais ricas e melhores do que as do resto do mundo. Essa diferença ficou evidente no domingo (15), quando o Bayern de Munique venceu o Auckland City por 10 a 0. O vencedor germânico obteve € 765,4 milhões (R$ 4,8 bilhões) em receita na temporada passada; o estádio da equipe recebe 75 milénio torcedores todas as semanas. Seu atacante estrela, Harry Kane, é um dos melhores jogadores do mundo.

Em contraste, o Auckland, da Novidade Zelândia, ganhou US$ 650 milénio (R$ 3,5 milhões) e teve uma média de público de 400 pessoas. Angus Kilkolly, um dos atacantes da equipe, tem um serviço diurno em uma empresa de pintura.

Tais disparidades globais se tornaram enraizadas. De convenção com a Deloitte, uma consultoria, o Real Madrid da Espanha, o clube mais rico do mundo, arrecadou muro de € 1 bilhão (R$ 6,39 bilhões) na temporada 2023-24, mais de cinco vezes o valor lucro pelo Flamengo, o clube mais rico do Brasil e o único não europeu entre os 30 primeiros. Uma vez que resultado, talentos ao volta do mundo são absorvidos por clubes europeus em idades cada vez mais jovens.

Pelé, o Rei do futebol, passou toda a sua curso durante as décadas de 1960 e 1970 jogando fora da Europa. Diego Maradona foi contratado pelo Barcelona quando tinha 21 anos. O próximo talento geracional, Lionel Messi, também da Argentina, mudou-se para a Europa quando tinha 13 anos.

A dominância europeia se manifestou em campo nos torneios mundiais de clubes anteriores, com a conquista de 16 dos últimos 17 títulos. Nesta edição, os nove principais favoritos são todos europeus. Alguns torcedores temem que essa superioridade possa privar o torneio de qualquer suspense e, consequentemente, de significado.

A maior sátira ao torneio, no entanto, diz saudação à sua motivação. Muitos torcedores, mormente na Europa, veem a calma uma vez que uma tentativa da Fifa de recepcionar verba. A Despensa do Mundo para seleções nacionais é a competição esportiva mais popular, mas, uma vez que é realizada unicamente a cada quatro anos, a receita anual projetada da Fifa de US$ 3,3 bilhões (R$ 18,17 bilhões) é ofuscada pelos US$ 7,6 bilhões (R$ 41,8 bilhões) ganhos pela UEFA, o órgão de governança europeu, que administra a Liga dos Campeões anual para seus clubes.

Desafiar o prestígio da Liga dos Campeões tem se mostrado difícil mesmo antes de uma globo ser chutada na Despensa do Mundo de Clubes. Os ingressos têm sido difíceis de vender; a Fifa lutou para prometer um grande convenção de transmissão antes do torneio. Em dezembro, a DAZN, um serviço de streaming, finalmente comprou os direitos por US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) —muito inferior da meta inicial da Fifa de muro de US$ 4 bilhões (R$ 22 bilhões). A Arábia Saudita, que está aprofundando seu envolvimento no futebol, está patrocinando o torneio por meio de seu Fundo de Investimento Público.

Ainda assim, as equipes não europeias estão entusiasmadas com o torneio. Os torcedores sul-americanos de futebol estão sempre ansiosos para mostrar que podem vencer os europeus. Na Argentina e no Brasil, as ligas locais ajustaram seus calendários para ajudar seus clubes a terem sucesso na Despensa do Mundo de Clubes. E embora os favoritos sejam todos europeus, as probabilidades de apostas sugerem que ainda há muro de 20% de chance de que uma das outras equipes possa vencer o torneio. O melhor dos demais estaria confortavelmente no meio da tábua na maioria das ligas europeias, de convenção com as classificações da Opta, uma empresa de estatísticas esportivas.

Para muitos clubes, driblar no mesmo campo que o Manchester City e o PSG já conta uma vez que sucesso. A cobertura global do esporte pode ser tendenciosa em obséquio da Europa, mas assim uma vez que há mais na música do que Taylor Swift, há mais no futebol do que a Premier League. O torneio ajudará os clubes asiáticos a “se definirem no planta global do futebol”, diz Windsor John, secretário da AFC, a confederação asiática de futebol. O sentimento é ecoado por Luxolo September da CAF, o órgão africano, que acredita que o torneio pode mudar as percepções globais do futebol no continente.

Os europeus já deixaram de lado seu impudência antes. Muitos inicialmente desdenharam da Despensa do Mundo. Hoje, esse torneio, junto com a Liga dos Campeões, oferece aos torcedores as emoções de uma competição de subida qualidade. As competições também dão aos competidores improváveis um momento para lucilar. A escol europeia está no topo de uma vasta pirâmide de clubes pouco conhecidos, que seguem em frente na crença de que um dia eles também provarão qualquer tipo de glória. Tal esperança é, enfim, o que sustenta o esporte — e pode nutrir a Despensa do Mundo de Clubes.

Texto do The Economist, publicado sob licença. O cláusula original, em inglês, pode ser encontrado em www.economist.com.

Folha

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