Copacabana Recebe Manifestações Pelo Fim Da Fome E Para Pressionar

Copacabana recebe manifestações pelo fim da fome e para pressionar G20

Brasil

Quem passou pela Praia de Copacabana na manhã deste sábado (16) se deparou com mais de 700 pratos vazios fincados na areia. O ato que pedia o termo da penúria no mundo foi uma das duas manifestações realizadas na orla da praia mais famosa do Rio de Janeiro, às vésperas da reunião de cúpula do G20, grupo formado pelas maiores economias do planeta mais a União Europeia e a União Africana.

O protesto foi iniciativa das organizações não governamentais (ONGs) Rio de Silêncio e Ação da Cidadania. Segundo o fundador da Rio de Silêncio, Antonio Carlos Costa, os 733 pratos são referência aos 733 milhões de pessoas que estavam em situação de penúria no ano pretérito, conforme o relatório O Estado da Segurança Fomentar e da Nutrição no Mundo, lançado pela Organização das Nações Unidas para a Alimento e a Cultura (FAO).

“O que nos deixa indignados é o vestimenta de que hoje, no nosso planeta, há produção insuficiente de víveres para nutrir todos”, diz Costa.

Junto aos pratos, faixas com a célebre frase do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, fundador da Ação da Cidadania: “Quem tem penúria tem pressa”, em português e em inglês (Those who are hungry can’t wait).

“O Rio de Janeiro vai receber pessoas que têm quesito de fazer a diferença, de dar termo ao flagelo da penúria”, disse Costa, referindo-se ao encontro do G20, na segunda (18) e na terça-feira (19).

“Esperamos, portanto, arrancar dessas lideranças políticas esse compromisso [combate à fome], mas de modo que sejam apresentadas ao mundo metas mensuráveis, cronograma com possante compromisso com prestação de contas, de modo que todos possamos escoltar o desenvolvimento da implementação dessas políticas públicas, a termo de que lá na ponta não haja um só ser humano na face da Terreno perante um prato vazio de comida”, enfatizou.


Rio de Janeiro (RJ), 16/11/2024 - Copacabana recebe manifestações pelo fim da fome e para pressionar G20. Foto: Rodrigo Matos/Divulgação
Rio de Janeiro (RJ), 16/11/2024 - Copacabana recebe manifestações pelo fim da fome e para pressionar G20. Foto: Rodrigo Matos/Divulgação

Copacabana recebe manifestações pelo termo da penúria e para pressionar G20. Foto: Rodrigo Matos/Divulgação

Federação Global

A sintoma ocorreu na mesma manhã em que representantes da sociedade social que participaram do G20 Social, na zona portuária do Rio de Janeiro, entregaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma epístola de prioridades. Uma das recomendações é o combate à penúria.

O tema é também uma das prioridades do governo brasiliano, que ocupa até oriente mês a presidência rotativa anual do G20. Na segunda-feira, o Brasil espera a aprovação pelo grupo de nações dos termos da Federação Global contra a Miséria e a Pobreza, que tem potencial inicial para beneficiar 500 milhões de pessoas no planeta.

O pré-lançamento da Federação Global, em julho, aconteceu justamente na sede da Ação da Cidadania – instituição referência no combate à penúria – na região médio do Rio de Janeiro.

O coordenador vernáculo da ONG, Rodrigo “Kiko” Afonso, destaca que o ato deste sábado foi pensado para ser às vésperas do G20 com o intuito de pressionar os líderes mundiais. “Tentar sensibilizar essas lideranças para a questão da penúria, o problema mais fundamental do ser humano”, afirma. “Também sensibilizá-las para aderir à Federação Global contra a Miséria a Pobreza para que possamos, juntos no mundo inteiro, findar com isso de uma vez por todas”. Ao menos 41 países já se comprometeram com ações relacionadas à coligação, que não se restringe a países do G20.

Contraponto ao G20

Outra sintoma que ocupou a orla de Copacabana neste sábado foi organizada pela Cúpula dos Povos. O coletivo internacional, que traz no nome uma selecção à cúpula dos líderes, tem origem em 2012, quando realizou, também no Rio de Janeiro, um movimento mútuo de participação social paralelo à Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável).

O ato questionou o poder de decisão nas mãos dos líderes mundiais. Alguns participantes usaram máscaras de chefes de governo, porquê o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump; o atual mandatário, Joe Biden; o presidente francesismo, Emmanuel Macron; e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que “vestia” um avental branco ensanguentado – uma sátira à ofensiva israelense na Palestina.

O tema Palestina foi um dos destaques da marcha. Os manifestantes pediram o termo da ocupação do território palestino e da agressão militar israelense.

“Uma marcha diversa, colorida, de luta, contundente”, descreveu a economista e integrante da operativa vernáculo da Cúpula dos Povos, Sandra Quintela. Segundo Sandra, com a força e a fala dos movimentos sociais e populares, foi verosímil dar um recado de “Palestina livre” e “fora, imperialismo”, em contraponto ao G20. “Onde a gente sabe que esses assuntos não entram”, disse Sandra, em mensagem enviada à Filial Brasil.

Sandra Quintela classifica o G20 porquê “instrumento do imperialismo” e reconhece que o Brasil “tenta humanizar” o fórum, referindo-se ao G20 Social, iniciativa da presidência rotativa brasileira que permitiu a fala entre a sociedade social organizada ao longo do ano.  “Mas isso [humanização] é praticamente impossível, portanto acho que a rua hoje mostrou a nossa força.”

Na última quinta-feira (14), o coletivo realizou um debate crítico na sede da Associação Brasileira de Prensa, no núcleo do Rio, onde tratou de temas porquê justiça climática, lutas antipatriarcais, antirracistas e anticapitalistas, além de soberania popular.

“A marcha contra o G20 é para proferir em sobranceiro e bom som que esta arquitetura do poder internacional não serve aos povos. Que precisamos erigir outras relações entre as nações e os povos, baseadas na solidariedade, na procura da paridade e da liberdade e no recta à autodeterminação dos povos. Associado a isso, o termo de todas as guerras existentes no mundo”, detalha José Antônio Moroni, integrante do coletivo.

Líderes mundiais

O ponto último da presidência brasileira temporária no G20 será a reunião de chefes de Estado e de governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comprometeu-se a levar aos líderes mundiais o documento final do G20 Social, que reflete necessidades e prioridades selecionadas por instituições porquê movimentos sociais, sindicatos e organizações não governamentais. 

O G20 é constituído por 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Uno, Rússia e Turquia, além da União Europeia e da União Africana.

 Os integrantes do grupo representam tapume de 85% da economia mundial, mais de 75% do transacção global e tapume de dois terços da população do planeta.

Fonte EBC

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