Coringa 2 Tem Joaquin Phoenix Brilhante, Lady Gaga Apagada

Coringa 2 tem Joaquin Phoenix brilhante, Lady Gaga apagada – 04/09/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

Uma das maiores surpresas na história do Festival de Veneza foi quando “Coringa”, de Todd Phillips, ganhou o Leão de Ouro, há cinco anos. Poucos pensavam que um longa protagonizado por um personagem de HQ venceria o prêmio supremo, ainda mais sob um júri presidido pela argentina Lucrecia Martel, uma diretora conhecida por um cinema de caráter mais sisudo.

Cinco anos depois, Phillips retorna ao festival, em disputa novamente, com a aguardadíssima prosseguimento “Coringa: Delírio a Dois”. Joaquin Phoenix volta a interpretar o vilão que gargalha em momentos em que se esperaria uma postura séria, desta vez escoltado em cena de Lady Gaga e sua personagem, com quem se envolve. O filme poderá ser visto pelo público em 3 de outubro.

O filme começa com Arthur Fleck, o Coringa quando vestido à paisana, internado em uma instituição prisional psiquiátrica, à espera do julgamento que vai resolver se irá para uma prisão tradicional. No primeiro filme, ele termina estagnado posteriormente fuzilar cinco pessoas, inclusive um apresentador de TV que o humilhou diante de todo o país, e apesar da detenção torna-se um ídolo.

A advogada de Arthur o aconselha a substanciar para o júri seu desequilíbrio mental, afirmando que sofreu muitos traumas na vida, ao ponto de desenvolver porquê escape uma personalidade vingadora, o Coringa, e que ele e Arthur são instâncias diferentes no mesmo corpo.

Um dia, Arthur conhece na instituição a jovem Lee Quinn, papel de Gaga, que diz ser sua admiradora. Ela flerta com ele e o aconselha a agir de modo oposto ao que prega a advogada: seria melhor ele reconhecer que Arthur e Coringa são um ser unicamente, o que inclusive lhe traria mais veneração de seus apoiadores.

O filme é bastante ínclito do primeiro, em que havia um crescendo de tensão, até o momento do orgasmo do programa de TV. Desta vez, a trama é mais arrastada, às vezes pontuada por números musicais, em universal imaginados por Arthur.

Entre as canções, estão “Close to You”, dos Carpenters, e “If You Go Away”, versão em inglês de “Ne me Quitte Pas”, de Jacques Brel. Mas a melodia que várias vezes surge, compondo um leitmotiv, é “That’s Entertainment”, do longa “Roda da Riqueza”, de 1953.

É surpreendente o quanto Phillips parece desinteressado em providenciar bons trechos musicais, todos de uma falta de inspiração decepcionante. Mesmo as cenas em que Coringa entra no núcleo das atenções —porquê no julgamento, quando decide fazer sua própria resguardo—, a sensação que se tem é de que o filme está sempre fugindo de seu caráter espetacular.

Não é uma prosseguimento que prolongue o anterior. Segue em sentido oposto. É porquê se Phillips tivesse percebido que o primeiro longa talvez tenha sido uma parábola mal interpretada por secção do público —a figura agressiva do Coringa, que no primeiro longa é reverenciada pela população, não funcionou porquê um alerta para o mundo real.

Por fim, muita gente, apesar de ter gostado do filme, reproduziu comportamentos de veneração de figuras saudadas porquê autênticas, mas com discursos preconceituosos e pregadores de violência, assim porquê os admiradores do Coringa no longa original. É porquê se “Delírio a Dois” dissesse que gente porquê Coringa deve ser tudo, menos um espetáculo. A recorrência irônica da cantiga “That’s Entetainment”, ou isso é entretenimento, certamente não é à toa.

Phoenix está cintilante novamente, ainda que seu personagem não passe por um processo de evolução desta vez. Já Gaga surge sem luz, em um papel que na verdade tem pouco a oferecer.

Talvez alguma atriz de verdade conseguisse extrair alguma coisa interessante de Lee, que seria o primórdio da Arlequina, mas que no filme é totalmente indefinida. Não é sequer uma personagem de verdade, funcionando mais porquê uma aparição para influenciar Arthur negativamente —porquê um diabinho que sopra em seu ouvido o que ele não deveria expor ou fazer.

Resta alertar que o título faz o testemunha comprar gato por lebre. No jargão criminal, “folie à deux” é a situação em que duas pessoas se unem, uma fomentando na outra a premência de cometerem um violação. Em uma lesma de ódio, delírio e paranoia, a dupla acaba planejando uma atuação criminal conjunta —no Brasil, um caso espargido foi o de Guilherme de Pádua e Paula Thomaz, quando arquitetaram o homicídio da atriz Daniela Perez, em 1992.

No filme de Phillips, não há zero nem próximo a uma loucura a dois desse tipo —os personagens de Gaga e Phoenix não chegam sequer a ter um projecto destrutivo generalidade ou mesmo um inimigo a ser eliminado. Por termo, o inimigo é o próprio Coringa, do qual desfecho zero mais é do que a colheita daquilo que ele mesmo semeou. Phillips é claríssimo em seu recado desta vez.

Folha

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