Uma pesquisa encomendada pela Meta, dona de Instagram e Facebook, mostra que 86% dos pais querem impor limites ao aproximação dos filhos às mídias sociais. O conglomerado diz que os responsáveis por erigir as barreiras são outros dois gigantes da tecnologia: Google e Apple.
O levantamento realizado pelo instituto Ipsos com milénio adultos brasileiros com ao menos um rebento mostra que 56% deles apoiam totalmente uma lei que exigisse aprovação dos pais para crianças menores de 16 anos baixarem aplicativos no celular ou tablet. Enquanto 30% apoiam a medida em partes.
Para 57%, a tira etária sob controle mais estrito deve ir até os 16 anos. Outros 30% defendem que todos os menores de idade deveriam ter permissão do responsável para instalar os aplicativos. Somente 14% indicam a tira etária adotada nos Estados Unidos, de 13 anos.
Em pronunciamento, a Meta defende que legislações “em contexto global e pátrio” sobre a segurança online dos adolescentes incluam a verificação de idade. “A aprovação parental deve ser feita diretamente através do sistema operacional ou da loja de aplicativos.”
Em resumo, o gigante das redes sociais pede que as obrigações de desenvolver mecanismos de verificação de idade recaiam sobre Google e Apple, que desenvolvem, respectivamente, o sistema operacional Android e o iOS do iPhone.
Google e Apple não responderam sobre o posicionamento da Meta até a publicação desta reportagem.
A Apple já permite que pais determinem que os aparelhos dos filhos tenham contas de muchacho. Nesse modo, os pais podem compartilhar qual a tira etária dos filhos, para permitir que unicamente os aplicativos de classificação indicativa adequada possam ser baixados. Os responsáveis ainda podem restringir tempo de tela, aproximação a aplicativos e limitar o compartilhamento de dados.
O Google também disponibiliza uma utensílio de controle parental, chamada Family Link. Além das opções disponibilizadas pela Apple, o sistema do Google permite restringir os horários de uso, para evitar, por exemplo, aproximação durante o período escolar.
Ambas as empresas também permitem que os responsáveis limitem quais contatos podem se discursar com as crianças.
Quando fala do Brasil, a Meta se refere ao projeto de lei 2.628 de 2022, de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE). A proposta estabeleceria que as plataformas têm o responsabilidade de proteger os menores de idade contra abusos e exploração mercantil, em conformidade com o Regimento da Moço e do Jovem e o Código de Resguardo do Consumidor.
A Câmara dos Deputados debate desde o início de 2025 o texto, validado pelo plenário do Senado no termo do ano pretérito.
A primeira emenda feita à proposta, pelo deputado Alex Manente (Cidadania-SP), reproduz o posicionamento global da Meta.
Segundo a proposta de Manente, os provedores de sistemas operacionais e provedores de lojas de aplicações de internet deverão tomar medidas para instituir ou prezar a idade
dos usuários e, depois, obter a autorização dos pais ou responsáveis antes de permitir que um usuário menor de idade faça o download do aplicativo.
A companhia de monitoramento de mercado Statcounter aponta que, no Brasil, o sistema operacional Android está instalado em 81,68% dos dispositivos, e o iOS, em 18,39%. Em vista disso, Google e Apple respondem por 99,67% do mercado.
Na justificativa, Manente diz que “as tecnologias de aferição de idade baseadas em dispositivos já existem e são eficazes”.
A pesquisa do instituto Ipsos encomendada pela Meta também indica que os pais preferem que as opções de controle parental de todos os aplicativos fiquem em um único lugar. O relatório cita as lojas de aplicativos da Apple e do Google porquê exemplo de utensílio que centraliza aproximação aos aplicativos.
Ao desenvolvedor do aplicativo, caberia unicamente a responsabilidade de receber as informações de Google e Apple.
Segundo estudo feita pelo Instituto Alana, obtida pela Folha, outras seis emendas —outra proposta por Manente, mais quatro de deputados do PL e uma de parlamentar do União Brasil— diminuiriam as obrigações de redes sociais em caso de aprovação do texto.
As emendas, diz o relatório do Instituto Alana, restringiriam a legislação a aplicativos “direcionados a crianças e adolescentes”, com a retirada de trechos porquê “provável aproximação” ou “que possa ser utilizado por crianças e adolescentes”. As mídias sociais permitem aproximação para maiores de 13 anos, embora sejam acessadas por uma quantidade relevante de menores de idade.
O levantamento encomendado pela Meta ao instituto Ipsos desconsiderou a experiência australiana, na qual o Congresso sítio aprovou uma lei proibindo o aproximação de menores de 16 anos aos aplicativos de redes sociais.
CONTAS DE ADOLESCENTES DO INSTAGRAM
A Meta, hoje, já restringe o que os usuários menores de idade podem fazer no Instagram, e os limites só podem ser retirados com autorização dos pais.
Veja as restrições:
- Menores de 16 anos não podem fazer lives
- Menores de idade não recebem notificações entre 22h e 7h
- Há ainda um filtro nos conteúdos exibidos aos menores para evitar publicações nocivas à saúde mental