O conjunto de favelas da Penha, na zona setentrião do Rio, vai receber o espetáculo Transformando Através da Arte – Contando a Nossa História. A peça músico, inspirada nas mudanças que a dança traz para moradores de comunidades da cidade, apresentará 100 bailarinas, com idades entre 5 e 12 anos. Elas, durante 1h20, mostrarão dançando tudo que aprenderam.
As coreografias musicais foram divididas em sete atos, e montadas pela professora Telmary Santana Vieira, de 53 anos, que há mais 30 anos atua na ensino artística de crianças no conjunto formado por 13 favelas. O espetáculo será apresentado, neste domingo (8), a partir das 17h, no Social Ramos Clube, também na zona setentrião.
O balé entrou na vida de Telmary, quando tinha 5 anos e, com o passar do tempo, conforme ia se desenvolvendo, quis dividir o seu conhecimento com crianças da sua comunidade. Há dez anos a professora de dança trabalha no Arte Transformadora. “Eu tenho orgulho de mim mesma com as crianças, porque são crianças de comunidade que realmente não têm a requisito que eu tive da minha mãe costurar e remunerar o meu balé, que na era não era barato, porque era eu e minhas irmãs. Eu tenho muito orgulho de poder ajudar as crianças da comunidade e ensinar para elas tudo que eu aprendi”, relatou.
Dudinha
Maria Eduarda Oliveira dos Santos, a Dudinha, de 10 anos, é uma das bailarinas. Ela fala do seu paixão pela dança e o horizonte que a dança poderá lhe proporcionar. “Para mim o balé é uma arte muito importante para a minha vida, acho muito permitido. Quero ser até professora”, disse à Filial Brasil. “Já fiz várias apresentações e é uma alegria ver tantas pessoas vendo a nossa apresentação. Eu estou evoluindo muito”, completou animada.
Margarete Oliveira da Silva, de 51 anos, mãe da Dudinha, disse que a filha sempre gostou de dançar e com 4 anos já queria fazer balé. Desde lá, depois o horário escolar, ela participa do projeto Arte Transformadora, que considera mais que uma ocupação para Dudinha. “Evita de estar na rua, aprende muita coisa, convive com as amiguinhas de lá. Cada vez, elas vão mudando de turma e evoluindo mais conforme vão crescendo”, disse à reportagem, acrescentando que a filha sempre fala em seguir a curso de bailarina e, também, ser veterinária. “Ela quer praticar as duas profissões uma vez que a professora de balé dela que é também cabeleireira. Ela quer fazer o mesmo. Serve uma vez que exemplo”.
A manicure fica orgulhosa toda vez que vê uma apresentação da filha. “Eu fico muito emocionada de verdade. Cada apresentação fico muito feliz. Sou uma mãe que o que puder fazer dentro do projeto para ajudar eu estou fazendo e participando, porque é muita moço. Fico muito orgulhosa de ver minha filha ali participando e saber que eu fiz secção daquilo de alguma forma. Outras mães também, estão também sempre ajudando”, revelou, dizendo ainda que, uma vez que moradora da comunidade, considera o projeto muito importante.
Porvir promissor
A professora Telmary gosta também de saber que o horizonte do projeto é promissor. Hoje, algumas alunas, que começaram com idades mais baixas, estão agora na filete dos 12 anos, e já conta com ajuda nas aulas. “Eu tenho minha facilitar que me ajuda. O sonho dela é ser professora de balé. É a Maria Eduarda, que não é a Dudinha. Ela ainda é minha aluna. Está na turma das maiores. Ela me ajuda à beça e montou a coreografia da turminha de duas horas”, afirmou.
Depois da estreia, Telmary e o Arte Transformadora querem estender as apresentações a arenas culturais da cidade, uma vez que a Estádio Carioca Dicró, e espaços culturais da Baixada Fluminense e da zona setentrião do Rio. A professora deseja que as alunas de hoje possam fazer uma vez que ela, que um dia pensou em dividir com crianças da comunidade a sua experiência com o balé.
“[Espero] que elas realizem o sonho delas e que consigam ajudar outras pessoas uma vez que eu. A gente tem um libido e elas também comigo no nosso projeto, de alguém conseguir enxergar a gente. São tantos anos e elas estão comigo tanto tempo nessa luta de ter patrocínio que a gente não tem e conseguir obter isso”, concluiu.
Sustentabilidade
Um dos pilares do Arte Transformadora é a sustentabilidade, além do espetáculo, o projeto vai mostrar que é provável transmitir cuidados com o meio envolvente e com os moradores do Conjunto de Favelas da Penha no seu dia a dia. Todos os resíduos que resultarem do consumo de chuva mineral, comida e demais itens da lanchonete serão recolhidos e trocados por um papel semente, que será entregue aos participantes para levarem para vivenda um pouco dos conceitos do projeto.
O presidente e fundador do Arte Transformadora, Albert Alves, disse que o projeto já desenvolve, com o Smearte, trabalhos desse tipo de consciência dentro da comunidade.
“A gente vegetal e colhe em cima da laje para mostrar que é provável as pessoas consumirem produtos sem agrotóxico da própria produção, mas uma vez que a gente iria incentivar isso nas pessoas? A gente vai fazer o espetáculo e na medida em que as pessoas estiverem consumindo bebidas e comidas com materiais recicláveis, uma equipe vai trocar o nosso papel semente, que é biodegradável e contém semente, para essa pessoa poder plantar e no horizonte colher”, afirmou.
“Além de contribuir que esse material não vá para um lugar que não seja o correto. A gente vai fazer a separação de todo esse material e transmudar em quantia para comprar mais papéis sementes para os próximos espetáculos. A gente pretende interagir em todos os espaços de que a gente for”, acrescentou.
O presidente espera um público de 600 pessoas no espetáculo deste domingo. Com esta quantidade, Albert Alves estimou que serão trocados murado de 300 papéis sementes. O resultado vai servir de base para a quantidade necessária para as próximas apresentações. “A gente está calculando 300, mas vai levar mais, porque nascente é também o marco zero para a gente saber uma vez que vai ser nascente comportamento nos outros espaços”, indicou.
Projeto
O Projeto Cultural Arte Transformadora foi criado em 2014, para atender à demanda por atividades culturais e de entretenimento no conjunto de favelas da Penha. Atualmente, o projeto atende 332 beneficiários diretos e 1.660 indiretos, que é o conta das famílias impactadas pelas ações de arte, esportes, meio envolvente, cultura e ensino. O projeto tem oficinas fixas de balé, futsal, jiu-jitsu, capoeira, alfabetização, yoga, jardinagem, além de projetos temporários.
“Entre os espetáculos comunitários já realizados, destacam-se três edições do Festival Revoada Cultural, que reúne talentos de diversas comunidades do Rio, para apresentar livremente diversos formatos, entre dança, verso, música, humor e qualquer forma de sentença artística”, informou a assessoria do Arte Transformadora.