Cris Miguel Apresenta 'podemos Voar Sem Asas' 13/02/2025

Cris Miguel apresenta ‘Podemos Voar Sem Asas’ – 13/02/2025 – Música em Letras

Celebridades Cultura

A bonequeira, musicista e atriz Cris Miguel, 54, conta com mais de 35 anos encantando crianças e adultos através de suas criativas performances artísticas.

Em “Podemos Voar Sem Asas”, sua peça teatral com bonecos que conta a história de uma princesa cadeirante, a Princesa Tetê, apresentada aos domingos, sempre às 12h, no Sesc Bom Retiro, em São Paulo, não é dissemelhante.

Leia, a seguir, a entrevista exclusiva que Cris Miguel concedeu ao Música em Letras.

Qual a proposta da peça “Podemos Voar Sem Asas”?

A proposta do espetáculo é falar sobre inclusão e trabalhar o poder transformador da arte. A história mostra a princesa Tetê, uma jovem cadeirante que sonha em voar pra ver o mundo, quando seus pais, o rei e a rainha, decidem trazer o mundo para ela. Com contos de diferentes culturas, a peça convida o público a olhar para a formosura da vida e perceber que a arte e os sonhos podem nos levar a lugares incríveis, sem precisar de asas.

De quem é a autoria da peça?

A geração e o texto é de minha autoria, adaptei contos tradicionais e criei novas histórias, alinhavando tudo com a teoria medial.

Você atua sozinha?

Sim, é um espetáculo solo, nele manipulo os bonecos, toco instrumentos e esquina. Mas tenho parcerias importantes para esta montagem. Angelo Miguel [filho da atriz] construiu a cenografia comigo, Paula Galasso e Angelo me acompanham na construção dos bonecos também. Danilo Tomic, Fabíola Rosa, Gabriel Guimard uma vez que suporte de direção, a produção de Leonardo Escobar na Piô Produções, além de outras contribuições e assim o espetáculo fica mais feliz.

Para quem “Podemos Voar Sem Asas” é direcionada?

Para adultos e crianças a partir de 6 anos.

Onde e quando “Podemos Voar Sem Asas” estreou ?

A estreia aconteceu em 2023 no 27º Festival Internacional de Teatro Infantil e Juvenil de Bursa, na Turquia. Em 2024, o espetáculo retorna para o exterior para participar de mais três festivais de teatro de bonecos, na Turquia no 10º International Ankara Puppet Festival; na Bulgária, na cidade de Smolian, no 13º Festival Internacional de Teatro Proibido para Adultos, na Georgia, na cidade de Batumi no 2º International Puppet Theatre Festival, um festival competitivo onde o espetáculo recebeu o prêmio de melhor música. Agora, a estreia no Brasil acontece no Sesc Bom Retiro.

Por que a peça estreou primeiramente no exterior?

Quando recebi o invitação para o festival na Turquia em 2023, vi a oportunidade de testar a teoria de reunir bonecos de diferentes produções minhas, criando um espetáculo que celebra meus 30 anos uma vez que bonequeira. Aliás, uma vez que esses festivais reúnem artistas do mundo todo, achei interessante levar essa volubilidade cultural através do olhar de uma artista brasileira, mostrando personagens de diferentes países em um único espetáculo.

A estreia no exterior foi uma experiência superenriquecedora, principalmente no Festival de Bursa, onde, além das apresentações, aconteciam conferências diárias sobre os espetáculos. Isso me deu a oportunidade de falar sobre todo o processo de geração, receber críticas, elogios e sugestões de artistas, diretores, críticos e curadores de vários países, permitindo um olhar mais aprofundado sobre a peça e ajudando a aprimorá-la ainda mais. Fizemos nove apresentações no exterior, antes de trazê-la para o Brasil.

Uma vez que foi a repercussão dessas apresentações no exterior?

Teve grande repercussão no primeiro festival que gerou o invitação para retornar no ano seguinte em três países diferentes.

Um indumento curioso foi na Bulgária, eu soube quando estava lá, que é um país que enfrenta desafios significativos em termos de inclusão de pessoas com deficiência, pois são marginalizados e discriminados. Crianças são impedidas de frequentar escolas regulares (não só escolas uma vez que até teatros e cinemas) e muitas enfrentam grandes barreiras no chegada à ensino. É uma luta das famílias. Por isso foi importante levar nascente tema. As crianças ficaram surpresas ao ver uma princesa cadeirante e a organizadora do festival me disse que isso foi taxa para discussão com elas. Sendo assim, recebi um invitação para voltar a Bulgária para levar o espetáculo novamente a outros lugares com nascente tema em agosto deste ano e assim conscientizar mais pessoas sobre a inclusão, oxalá!

Qual a prestígio da música na peça sendo que você recorre também a utilização de bonecos, teatro de sombras, e a técnica japonesa de relatar histórias por meio de desenhos, “kamishibai”?

Meu paixão pelas músicas do mundo e pesquisa começou em 1988, em Curitiba, com a regente e educadora Liane Guariente e mais tarde, em São Paulo, passei a integrar o grupo Mawaca, onde atuo há 28 anos. Ao lado do grupo dirigido por Magda Pucci, mergulhei profundamente no estudo das músicas tradicionais de diversos povos. Esse trabalho envolve um desvelo privativo com a sotaque, as melodias e o significado de cada esquina. No espetáculo, a trilha sonora reflete essa pesquisa, com músicas que situam cada cultura e, em alguns casos, estão diretamente ligadas às histórias contadas.

No espetáculo, os verdadeiros contadores de histórias são os bonecos, e pra dar vida às narrativas deles utilizo diferentes técnicas de teatro. O teatro de sombras que sempre traz aquela atmosfera mágica e onírica, enquanto o teatro de papel (publicado uma vez que Toy Theatre) transporta o público para cenários de portento. Aprendi a arte dos livros pop-up com Galia Levy-Grad, artista bonequeira de Israel, e adaptei essa técnica pra uma das histórias pra dar movimento às cenas. Também uso o Kamishibai, a tradicional forma japonesa de relatar histórias com ilustrações.

Descreva três músicas do espetáculo.

Para apresentar cada contador de histórias, primeiro executo uma música tradicional do país de origem. No caso do Japão, escolhi ‘Otemoyan’, um Min’yo (esquina folclórico nipónico da província de Kumamoto) essa música é tradicionalmente cantada e dançada em casamentos. A música tem várias palavras utilizadas somente na região. A música tem um estilo engraçadinho, pois combina partes cantadas e faladas. Aprendi essa música e o shamisen com a Sensei Tamie Kitahara, instrumento que o público poderá saber no espetáculo. Já para Madame Tsuru, a contadora de histórias do Japão, uma das músicas selecionadas é “Usagi Usagi, o Coelho da Lua”, um esquina tradicional infantil que explica por que vemos um coelho na lua.

Para simbolizar a Macedônia, executo no acordeom a música “Što Mi E Milo”, uma música folclórica que traz uma sonoridade particularidade do Leste Europeu. Escolhi essa peça porque sua melodia e ritmo transportam o público para essa região, criando o envolvente ideal para a história que será contada. E a história é contada pela raposa Lissa. A música é “Zaiko Kokoraiko”, uma música tradicional da Macedônia, que conta exatamente a história do coelho Zaiko se preparando pra seu tálamo com a raposa Lissa. Além da conexão direta com a narrativa, a música traz aquela sonoridade vibrante dos Bálcãs, com os ritmos assimétricos e um caráter teatral que enriquece a cena. Adoro Lissa e Zaiko!

Quem foi a sua nascente de inspiração para gerar a personagem Tetê?

A Princesa Tetê é inspirada em Teresa Julian, filha dos artistas Simone Julian (Orquídeas do Brasil, Filarmónica Glória, Filarmónica Mirim) e Alexandre Farias (Filarmónica Mirim). Nascida com paralisia cerebral, Tetê usa cadeira de rodas e, aos 17 anos, segue enfrentando os desafios diários da sua requisito. O espetáculo é uma homenagem a ela e a todas as pessoas com deficiência, trazendo formosura e encantamento para suas histórias. Também celebro a força de suas famílias, uma vez que Simone e Alexandre, que, além da dedicação à filha, seguem firmes em suas trajetórias artísticas.

Qual foi a reação da Tetê ao presenciar à peça?

Tetê foi presenciar ao espetáculo. Ela já tem um sorriso encantador, uma vez que diz o próprio texto da peça: “A princesa Tetê era namorada em todo o reino por sua mel e sorriso encantador!”. Durante a apresentação, eu podia sentir sua alegria vibrando na plateia, muito ali na primeira fileira. Depois, ao final do espetáculo, anunciei sua presença e ela se tornou a estrela do show, com as pessoas tirando fotos com ela e com a boneca, foi um momento muito bonito e privativo. Mais tarde, sua mãe, Simone, me mandou uma mensagem emocionada, dizendo que Teresa saiu radiante de lá, que estava até dissemelhante. Foi realmente um presente!

Uma vez que a arte pode se tornar utensílio de inclusão?

Neste teatro a arte se torna uma utensílio de inclusão ao dar visibilidade a narrativas pouco representadas, uma vez que uma princesa na cadeira de rodas, inspirando empatia. Através dos contos, da música e dos personagens, mostra que os sonhos e a imaginação transcendem qualquer barreira física. Tetê, a protagonista cadeirante, voa de muitas formas, reforçando que cada um pode explorar o mundo à sua maneira.

Uma vez que voar sem asas?

Através da imaginação e originalidade, ou de um olhar por mais formosura no mundo, ou cada um pode encontrar sua forma de voar, ou existem até aqueles que já tem asas e nem sabem. E eu palato também de falar sobre viagem astral. Muitas pessoas tem experiências de saída do corpo enquanto dormem, mas poucas falam sobre isso. E para tantas é um pouco proveniente, uma forma de voar sem limites físicos e conectar com outras dimensões. Estudo sobre nascente objecto desde 1999 no IPPB [Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas] com Wagner Borges, ele que me ensinou a voar sem asas.

Por que as pessoas devem presenciar a essa peça?

Porque o espetáculo oferece uma rica viagem cultural, apresentando músicas e contos de diferentes países. Porque os personagens carismáticos vão ocupar o coração das pessoas através do encantamento que é o teatro de bonecos. Também porque a peça trata de temas de valor uma vez que liberalidade, gratidão, cooperação, também nos levando a reflexões mais profundas, sobre sonhos e possibilidades infinitas e o que mais tocar o coração de cada um. Aliás, é uma celebração dos meus 30 anos uma vez que bonequeira, o que torna esse projeto ainda mais privativo. Muito, são tantos motivos, mas por término garanto que passear no Sesc Bom Retiro é maravilhoso, e o envolvente hospitaleiro e pleno de arte e oportunidades torna a experiência ainda melhor. Esperamos que muitos cadeirantes e suas famílias também possam presenciar ao espetáculo, se houver instituições interessadas em organizar uma turma pode entrar em contato com nossa produção. Leonardo Escobar da Piô Produção.

PODEMOS VOAR SEM ASAS’

ARTISTA Cris Miguel

QUANDO Aos domingos (16/02), (23/02), (9/03), (16/03), às 12h

ONDE Sesc Bom Retiro, Parque Nothmann, 185, Campos Elíseos, São Paulo, tel. (11) 3332-3600

QUANTO De R$ 12 a R$ 40

Folha

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