Culto A Feminismo, Lgbtismo E Identitarismo é Nova Tirania

Culto a feminismo, LGBTismo e identitarismo é nova tirania – 11/08/2024 – Luiz Felipe Pondé

Celebridades Cultura

A sentença “colabô”, gaulês na origem, se referia às pessoas que, durante a ocupação nazista na França, colaboraram com o regime invasor. Simples que quando os nazistas caíram, não só os que colaboraram com eles foram à “fogueira”, mas qualquer um que tivesse um desafeto que tenha sabido usar o momento para destruir seu inimigo.

Diante da novidade forma de tirania na cultura, o novo colaboracionismo se caracteriza pela submissão do pensamento à taxa “woke”. Diante do pânico de que acusem você de racista, homofóbico, transfóbico, misógino, o melhor é se ajoelhar diante do altar “woke” e jurar fidelidade ao seu clero.

Uma falsa suspeita de que você seja racista, homofóbico, transfóbico, misógino, destruirá sua vida se você tiver ambições intelectuais. Ou você se ajoelha ou desiste das letras e das artes. A coragem nunca foi uma virtude cultivada no meio das letras e das artes, ao contrário do que se propagandeia por aí.

“Ajoelhar-se diante do ‘wokismo’” é a imagem que a filósofa francesa Bérénice Levet usa em seu livro “La Courage de la Dissidence, l’Esprit Français contre le Wokisme” —a coragem da dissidência, o espírito gaulês contra o “wokismo”—, livro publicado em 2020. Evidentemente, sem tradução no Brasil.

Cá, a imensa maioria das casas editorais ou estão detrás de best-sellers sem valor intelectual ou são aparelhos ideológicos. Vivemos uma novidade vaga de obscurantismo. O luto da cultura uma vez que atividade da perceptibilidade livre está em taxa.

A tirania “woke”, uma vez que afirma Levet, reúne identitarismo, sábio das minorias, variação, sátira decolonial, sábio “LGBTiste” —em gaulês— “black studies”, feminismo.

A tese de Madame Levet é que o “wokismo” é uma forma de ruína do pensamento nas letras e nas artes que serve muito aos preguiçosos. Invenção americana, Levet lamenta que a França, imensamente rica em sua cultura, esteja se curvando à castração feminista, às obsessões de gênero e ao exposição racialista.

No caso do Brasil, uma vez que somos pobres em tudo, a tirania “woke” já garantiu o estrago da produção cultural, no mínimo, por uns século anos.

Sua proposta é que a França e o Oeste uma vez que um todo parem com o “mimimi” de permanecer se sentindo culpado e responda, com seu repertório vasto, aos abusos do clero “woke”. Nascente clero não representa nenhum “progressão” intelectual, se constitui unicamente num violento e predador processo de suplente de mercado cultural.

No Brasil, mais uma vez, já era. Todos os níveis das produções de letras e artes estão cooptados, e quem recusar, perde ocupação, perde patrocínio, perde amigos, será desvanecido da história da cultura. Trata-se de um dos momentos mais covardes da história do pensamento, da cultura e das artes em nosso país.

Madame Levet cita, por exemplo, a Marquesa de Sévigné (1626-1696), uma vez que sendo um exemplo da superioridade da cultura francesa sobre o “blábláblá woke”. Suas cartas, escritas para a filha, representam um tesouro da estudo fina da requisito humana, típicas do século 17 gaulês. A Marquesa de Sévigné foi contemporânea de gente uma vez que Descartes, Pascal, Malebranche, Gassendi, todos grandes expoentes da filosofia francesa até hoje, e conhecia muito esse universo.

Simpática ao jansenismo —assim uma vez que Pascal que era um assumido jansenista—, a Marquesa de Sévigné detinha, uma vez que os jansenistas, um tino agudo acerca da natureza humana. O século 17 gaulês fundou a tradição do moralismo em filosofia, que significa uma fina anatomia da espírito humana, e não “esputar regras”, uma vez que pensa o vão tino geral.

Nas palavras de Madame Levet, uma traço escrita pela Marquesa de Sévigné vale mais do que tudo nesse paradigma tirânico, sufocante e empobrecedor que é o “wokismo”. E ela não para aí.

Citando Tocqueville —século 19—, Madame Levet lembra o vaticínio que o luzidio responsável lançou sobre a democracia americana e seus cidadãos: paixão pela simplicidade, superficialidade e generalidades. E afirma Tocqueville: incluindo a gente das letras. Uma das vantagens do “wokismo” hoje é preconizar à categoria de notoriedade intelectual gente preguiçosa, travestindo-se de indignação santa.


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Folha

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