Dat Acenters: O Lado Obscuro Da Expansão Na América Latina

Dat acenters: o lado obscuro da expansão na América Latina – 11/07/2024 – Tec

Tecnologia

Investimentos das maiores empresas de tecnologia do mundo prometendo empregos muito pagos em um mercado com incremento exponencial são tentadores para qualquer país. Nos últimos anos, é leste cenário que a construção de data centers vem oferecendo na América Latina.

Com o progressão da lucidez sintético (IA) e dos serviços de nuvem, os centros se expandiram pela região. Por sua vez, avançaram também as preocupações com os efeitos colaterais, incluindo os gastos de chuva e vontade.

Segundo Alison Takano, gerente de consultoria e transações para América Latina da CBRE, o Brasil vem seguindo a tendência mundial, com o mercado de data centers ganhando maior graduação recentemente com a ampliação de operações na nuvem de grandes empresas. Os maiores destaques são Google, Microsoft e Amazon, que processam um grande número de dados que necessitam de centros de armazenamento.

O número de data centers cresceu 628% no Brasil entre 2013 e 2023, segundo o Brazil Data Center Report, estudo da consultoria imobiliária JLL. O país é líder do setor na América Latina, e concentra murado de 40% dos novos investimentos na dimensão. De concórdia com o Datacenter Map, empresa que mapeia data centers ao volta do mundo, atualmente são 135 instalações do tipo no país, a maioria no estado de São Paulo. Em segundo lugar na região vem o México, com 50 centros, seguido do Chile, que conta com 49.

Takano afirma que a grande dificuldade do setor em todo o mundo é o cumeeira consumo de vontade. Alguns centros operam com mais de 100 megawatt (MW), o que pode simbolizar mais que todos os gastos de uma cidade de pequeno porte. Daí, comenta Takano, a atratividade do Brasil para o setor, já que a parcela de renováveis na matriz elétrica do país chega a 84,25%, segundo a Aneel (Escritório Pátrio de Virilidade Elétrica).

Outro destaque regional é o México, cuja proximidade com os Estados Unidos impulsiona o fenômeno divulgado porquê nearshoring, que é o processo de buscar países mais próximos para instalar estruturas importantes, visando reduzir riscos nas cadeias de fornecimento. Recentemente, a Amazon anunciou investimentos de US$ 5 bilhões em data centers no país.

Espaços tecnológicos são apresentados porquê grandes desenvolvimentos, diz Marina Otero Verzier, arquiteta e professora visitante da Universidade de Columbia que pesquisa data centers pelo mundo. “Grandes investimentos feitos por companhias porquê Google e Microsoft são vistos porquê um símbolo de status”, afirma.

Por outro lado, pontua Verzier, há cada vez mais questionamentos sobre os impactos desses empreendimentos, principalmente em países desenvolvidos, o que pode levar empresas do setor a buscar a América Latina porquê uma escolha.

IMPACTOS POSITIVOS?

Verzier aponta que data centers normalmente não empregam muitas pessoas, e que raramente os contratados são habitantes locais, já que os espaços costumam perguntar mão de obra altamente especializada, trazida de fora. Segundo a pesquisadora, há operações de quem número de funcionários não passa de dez. Para ela, os centros têm uma “relação íntima” com a extração de recursos onde se instalam, sem oferecer “grandes compensações” em troca.

Tanako reconhece que a geração de numerosos postos de trabalho não está entre as grandes contribuições dos data centers, mas cita outras vantagens. “Traz uma grande conectividade para a região, levando novos fornecedores de fibrilha óptica, por exemplo”, comenta. Em sua visão, é verosímil mudar o patamar tecnológico dos municípios onde os centros são instalados, o que pode ser refletido no incremento industrial e na mão de obra especializada, já que os investimentos elevam os padrões de infraestrutura sítio.

DISPARADA NA EMISSÃO DE POLUENTES

Na última semana, o Google divulgou que suas emissões de gases de efeito estufa aumentaram murado 50% desde 2019, em grande secção por conta dos data centers que sustentam seus desenvolvimentos de IA. O resultado compromete as ambições da empresa de zerar suas emissões até 2030. Em maio, a Microsoft fez proclamação semelhante, afirmando que suas emissões poluentes aumentaram 33% desde 2020 pelas mesmas razões.

O ChatGPT é um dos grandes marcos da disparada de consumo de vontade no setor. Uma consulta no sistema, que usa uma ampla base de dados, pode gastar até 25 vezes mais recursos que uma procura convencional no Google, segundo algumas estimativas.

Com desdobramentos imprevisíveis, analistas são receosos em prognósticos para a IA, mas algumas projeções já indicam um potencial consumo de vontade equivalente ao duplo do consumido em toda a França dentro de alguns anos.

Segundo Verzier, falta conscientização sobre os impactos do consumo de dados. “Se deixamos a torneira oportunidade em vivenda, nos sentimos mal. Mas, se usamos muitos dados, não existe a mesma visão, apesar dos efeitos ambientais”, afirma. “Quando deixamos fotos salvas na nuvem, ninguém diz que estão consumindo chuva e vontade.”

Ela lembra que o uso intenso de vontade para o bitcoin, cuja mineração consome o equivalente a uma série de países, foi bastante criticado, mas que o mesmo não ocorreu para a IA e as consequentes emissões de poluentes.

Já Tanako argumenta que os temas têm de ser tratados de formas diferentes, pois os desenvolvimentos que podem ser oferecidos pelos dados têm um potencial maior de gerar benefícios sociais.

ESTRESSE HÍDRICO

No mesmo relatório sobre as emissões, o Google indicou consumo 17% maior de chuva dos seus espaços em 2023 na verificação com o ano anterior. O recurso é fundamental nestes espaços principalmente para refrigeração dos equipamentos.

Segundo Verzier, muitos data centers fazem uso em larga graduação de chuva potável sem reutilização, e há um desperdício relevante na evaporação.

Nos últimos anos na América Latina, uma série de países, incluindo Chile e México, tiveram algumas de suas regiões mais povoadas passando por situações de escassez de chuva, alguma coisa que tende a se aumentar e se pupular ainda mais com o consumo dos data centers.

Tanako aponta que em países sob maior estresse hídrico a questão é mais importante para os planos das empresas, e essa seria outra vantagem comparativa para o Brasil.

Em fevereiro, um tribunal ambiental chileno reverteu parcialmente uma licença que permitia ao Google edificar um data center, pedindo à empresa que revisasse seu pedido para levar em conta os efeitos das mudanças climáticas.

A companhia recebeu a autorização inicial para investir US$ 200 milhões em Santiago no início de 2020, mas desde logo o projeto atraiu protestos de residentes e autoridades locais sobre o verosímil impacto no aquífero seco da capital. O WRI (Instituto Mundial de Recursos) classifica o Chile porquê um dos países com maior estresse hídrico no mundo, sob risco de permanecer sem aprovisionamento de chuva até 2030.

Tanako avalia que há grandes avanços no tema, e crê ser verosímil reduzir o consumo em um porvir próximo. Verzier também vê soluções mais sustentáveis, e aponta que, por exemplo, a recirculação de chuva é uma demanda feita ao setor. Segundo ela, outra opção ainda é a utilização de líquidos alternativos para refrigeração. Por sua vez, ela lembra que para que estes avanços ocorram, as empresas devem deixar de lado as opções “mais baratas” e buscar avanços na sustentabilidade dos projetos.

Folha

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