De brabo a professor, laíla volta à avenida em homenagem

De brabo a professor, Laíla volta à avenida em homenagem da Beija-Flor

Brasil

Neste sábado (9), quando a Beija-Flor entrar na Marquês de Sapucaí, no Desfile das Campeãs, vai comemorar o 15º título e, principalmente, homenagear, mais uma vez, uma figura que se destaca uma vez que uma das mais importantes na história da azul e branco de Nilópolis, na Baixada Fluminense. Laíla de Todos os Santos, Laíla de Todos os Sambas é o enredo criado pelo carnavalesco João Vítor Araújo para mostrar a vida do diretor de carnaval e de simetria.

Chegada à Beija-Flor

A ida de Laíla para o carnaval de 1976, da Beija-Flor, foi um pedido do carnavalesco Joãosinho Trinta. Os dois já faziam parceria no Salgueiro, onde conquistaram os títulos, nos dois anos anteriores. Logo na chegada, a dupla ganhou mais um título com o enredo: Sonhar com rei dá leão, relacionado ao jogo do bicho, que homenageava o transgressor Natal da Portela, que tinha morrido em 1975.

Ao todo, foram três as passagens de Laíla pelos carnavais da nilopolitana. O primeiro período entre 1975 e 1980, o segundo de 1987 a 1992. O terceiro foi o maior, entre 1994 e 2018. Nessa período, foram nove conquista pela Beija-Flor.

>>Colibri conquista 15º título e é campeã do carnaval carioca

Parábola polêmica
 


Rio de Janeiro (RJ) 03/03/2025 - Pouco mais de 30 anos desde que o “Cristo Mendigo” desfilou pela primeira vez na escola Beija-Flor, a escultura retornou ao Sambódromo da Marquês de Sapucaí em uma cena marcante da apresentação da escola de samba de Nilópolis (RJ). Foto: Alex Ferro/Riotur
Rio de Janeiro (RJ) 03/03/2025 - Pouco mais de 30 anos desde que o “Cristo Mendigo” desfilou pela primeira vez na escola Beija-Flor, a escultura retornou ao Sambódromo da Marquês de Sapucaí em uma cena marcante da apresentação da escola de samba de Nilópolis (RJ). Foto: Alex Ferro/Riotur

 Pouco mais de 30 anos desde que o “Cristo Mendigo” desfilou pela primeira vez na escola Beija-Flor, a estátua retornou ao Sambódromo da Marquês de Sapucaí em uma cena marcante da apresentação da escola de samba de Nilópolis (RJ). Foto: Alex Ferro/Riotur – Alex Ferro/Riotur

Também neste sábado o público vai ver um coche simbólico que faz referência a um dos enredos mais polêmicos da escola que teve a dupla avante do seu desenvolvimento e resultou em mais um campeonato. Em 1989, Ratos e Urubus, Larguem minha fantasia, levou para a avenida um Cristo Mendigo resguardado por plástico preto com a frase “Mesmo proibido, olhai por nós”, era uma resposta da escola a uma decisão da Justiça, depois o questionamento da igreja católica contra a parábola do Cristo. A solução da escola foi cobri-la. Até hoje não se sabe se a autoria da parábola é de Joãosinho Trinta, carnavalesco da escola na era, ou de Laíla que era diretor de carnaval. Agora em 2025, o Cristo voltou à Sapucaí, mais uma vez resguardado, mas a frase “Do Orum [céu], olhai por nós”, um clamor para que mesmo da espiritualidade Laíla protegesse a escola.

História

O menino Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, nasceu no dia 27 de maio de 1943, em uma família pobre, no Morro do Salgueiro, na Tijuca, bairro da zona setentrião do Rio. De formação autodidata, foi lá que deu os primeiros passos que o levaram para uma escola de samba: criou uma escola mirim na comunidade (Unidos da Ladeira) e, nessa estirão, chegou ao Salgueiro, onde, na simetria, iniciou a sua história no mundo das escolas de samba.

Conforme o Guia dos Julgadores produzido pela Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), o quesito simetria “é o entrosamento entre o ritmo e o quina. É, ainda, o Resultado da forma uma vez que os componentes de uma Escola desfilam cantando o Samba Enredo, demonstrando e considerando se há um perfeito entrosamento, consciência, domínio, audição e tradução deles, em relação ao quina e ritmo do Samba Enredo junto ao tradutor principal. O quesito ‘Simetria’ avalia o resultado sonoro conjunto executado pelos componentes musicais do desfile: a integração do quina, com os instrumentos e com a bateria”.

A homenagem significou também uma espécie de retorno de Laíla à Beija-Flor. A União da Ilhota foi a última escola que ele esteve avante do carnaval. Isso ocorreu, em 2020, ano em que a assembleia da Ilhota do Governador, na zona setentrião do Rio, caiu para a Série Ouro. A saída da escola de Nilópolis aconteceu depois Laíla questionar o seu papel nas decisões da percentagem de carnaval da Beija-Flor.

Imprescindível

Para o historiador e jornalista, Luiz Antônio Simas, Laíla foi um personagem imprescindível para aquilo que atualmente se entende uma vez que desfile de escola de samba contemporâneo. Simas lembrou que além de ser cria do Salgueiro, ter pretérito pela Beija-Flor, onde fez trajetória marcante, Laíla também desempenhou papel importante na Unidos da Tijuca e na Grande Rio.

“Enfim, um personagem fundamental e o que se destaca a meu ver no Laila é o vestuário de ter sido completo. Laila era um sujeito completo com profundo conhecimento da musicalidade das escolas de samba, pouca gente sabe, mas era um tradutor muito interessante, gravou sambas do Salgueiro. Laíla tinha uma concepção do que seria uma simetria de escola de samba, a junção entre o quina e a dança dos componentes que era muito sofisticada.”, disse à Escritório Brasil.

Simas ressaltou ainda que Laíla tinha ideias muito interessantes sobre a formação de uma escola de samba na pista; “Onde colocar uma fileira das baianas; o melhor lugar para colocar o par de mestre-sala e porta-bandeira. Acertou muito, cometeu lá os seus equívocos também, o que é normal, é logo que se aprende, mas é uma figura imprescindível por leste talento múltiplo”.

O historiador destacou ainda olhar de Laíla para a totalidade da escola de samba durante o desfile. “Tem o carnavalesco, que é muito bom em aspectos visuais, o compositor que entende muito de samba enredo. O Laíla tinha uma visão mais completa sobre o que é uma escola de samba. Talvez tenha sido a figura que melhor compreendeu os desfiles integrando os aspectos visuais, os aspectos coreográficos e os aspectos sonoros”, destacou.

“Porquê um desfile de escola de samba é um conjunto de múltiplas performances artísticas, eu posso manifestar que o Laíla era um sujeito que tinha trânsito por todas essas performances, portanto é uma das figuras imprescindíveis na história das escolas de samba do Rio de Janeiro”, concluiu.

Pai
 


Rio de Janeiro (RJ) 07/03/2025 - Carnavalesco Laíla (direita) com sua família. Foto: Luiz Cláudio da Silva Ribeiro/Arquivo pessoal
Rio de Janeiro (RJ) 07/03/2025 - Carnavalesco Laíla (direita) com sua família. Foto: Luiz Cláudio da Silva Ribeiro/Arquivo pessoal

 Carnavalesco Laíla (direita) com sua família. Foto: Luiz Cláudio da Silva Ribeiro/Registro pessoal

Luiz Cláudio da Silva Ribeiro, rebento de Laíla, faz relevo entre o pai e o personagem da cultura das escolas de samba. Disse que cresceu ao lado de Luiz Fernando Ribeiro do Carmo e, para ele, Laíla é uma personalidade que o mundo do carnaval foi adquirindo com o tempo.

“Ambos são pessoas muito boas. Porquê pai sempre procurou me dar o melhor provável dentro das possibilidades. Desde a puerícia era uma pessoa que trabalhava muito. Nas suas correrias muitas vezes não tinha tempo para muita coisa, mas sempre procurando educar, ensinando a respeitar os mais velhos, a ser honesto e procurar se desenvolver na vida”, recordou.

“Nós somos oriundos do Morro do Salgueiro, família humilde, ele e minha mãe trabalhavam muito para dar o sustento à família e procurar dar condições de estudos para a gente. Ele sempre trabalhou muito em trabalho de carteira assinada e mais em escola de samba. A vida dele foi essa. Dedicação uniforme ao samba e, com isso, tentando educar a gente da melhor maneira provável”.

No desfile deste ano da Beija-Flor, Luiz Cláudio foi o rabi de cerimônias, pessoa responsável por conduzir a simetria do par de mestre-sala (Claudinho) e porta-bandeira (Selminha Sorriso).

Segundo ele, foi com o pai que aprendeu os caminhos para prometer um bom desempenho no quesito simetria. “Meu envolvimento no carnaval, não foi cedo não, porque no início ele era meio contra a gente estar envolvido com o carnaval. Com o tempo, há 19 anos, comecei a entrar no barracão, onde comecei a ter uma paixão maior, fui fazendo estudos”, disse.

Para o rebento de Laíla, a passagem do tempo foi boa para o tipo de função que exerce na escola de Nilópolis. Ele recorda que, antes, para prometer a simetria da escola na avenida, era preciso fazer informação boca a boca. Portanto surgiram os rádios de transmissão e, hoje, há um sistema de informação direta com os diversos integrantes do setor de simetria ao longo do trajectória da assembleia.

“Quando começou a viver rádios, alguns não eram de boa frequência e você tinha que ter disposição e conhecimento para passar a informação no tempo perceptível. Com o tempo, foi assumindo mais a simetria e, em 2015, passei a ser o diretor-chefe da percentagem de simetria, me tornando vencedor do carnaval em 2015 e 2018, na mesma função”, lembrou.

Cobrança

A cobrança que o pai havia uma explicação. “Ele tinha na cabeça que tinha que lucrar. Era a sublimidade. Me cobrava igual a outro componente da escola. Não tinha diferença de ser rebento, mas era cobrado de um jeito educado, uma vez que ele cobrava informações das outras pessoas, não era gritado. Só gritava dentro dos ensaios que eram de 2 milénio pessoas dentro da quadra, no qual tinha bateria, som. Ele ensinava através de cobrança. Não dava lição em quadro-negro não, a lição dele era na prática. Quem observava o que ele fazia ia se desenvolvendo com o tempo”, explicou.

Social

Para Luiz Cláudio, a glória de durão, que costuma ser associada a Laíla, não tinha a ver com o comportamento do pai. “Essa glória de durão dele, era só glória de uma pessoa que tinha uma vez que objetivo realizar grandes trabalhos, ser vencedor do carnaval. No fundo, era uma pessoa que se preocupava com o social demais. Ele cuidava de cada componente da escola, procurando saber se tinha ou não problema familiar, sempre preocupado com as crianças. Essa reflexão, esse sentido que ele fazia no social, se refletiu agora no carnaval do 2025, no qual ele não estava presente fisicamente, mas estava espiritualmente. Os componentes da escola abraçaram de uma maneira tão grande, que toda hora falavam: ‘ele está cá com a gente. Isso é para ele, é por ele’, porque sabiam o que ele fez por eles, o que ele lutou por eles. A relação dele com a comunidade não é só de campeonato. É uma relação social”, afirmou.

Luiz Cláudio disse que a valia de Laíla não se restringe ao carnaval do Rio de Janeiro e à Beija-Flor. “Ele é importante para o carnaval inteiro. Ele trabalhava para desenredar novos talentos. Ele dava oportunidades. Ele projetou pessoas. Trouxe Neguinho [da Beija-Flor], trouxe Selminha, revolucionou colocando Selminha e Claudinho [porta-bandeira e mestre-sala] avante da escola, revolucionou no quina e muitas coisas mais fazendo junção de samba enredo. Em outras escolas de samba era chamado para dar opiniões de samba. Era produtor do disco e não via diferença nenhuma entre uma escola e outra, trabalhava em prol do carnaval e não em prol de só uma escola”, pontuou.

No dia do desfile, sabendo que o homenageado no enredo era seu pai, foi difícil lastrar a emoção e realizar a sua função junto ao par de mestre-sala e porta-bandeira. “Desfilar sabendo que o enredo era ele foi emoção pura. Emoção que você tem que saber. Primeiro que fiz uma função de conduzir Selminha e Claudinho e a simetria do setor, tem que ter frieza, porque você tem o seu pai sendo homenageado e você tem um trabalho a realizar, mas dentro de mim a emoção era pura e vendo um grande trabalho sendo realizado em que a escola correspondeu plenamente, a sua comunidade respondeu plenamente. Não tem nem palavras específicas para manifestar. A gente sentia que ele estava ali com a gente. Na verdade, ele conduziu esse desfile da Beija-Flor”, completou.

“Quando entrei no desfile, entrei vendo o meu pai. Eu conheci Luiz Fernando Ribeiro do Carmo que se transformou em Laíla, um pai soldado que fez tudo que podia pela gente e aí tem o Laíla com quem eu trabalhei, que me cobrava, mas cobrava pelo muito e se tornou uma coisa só”, contou.

Congratulação
 


Rio de Janeiro (RJ), 03/03/2025 – Beija-Flor de Nilópolis desfila no segundo dia de carnaval do grupo Especial na Marquês de Sapucaí, na região central do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 03/03/2025 – Beija-Flor de Nilópolis desfila no segundo dia de carnaval do grupo Especial na Marquês de Sapucaí, na região central do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Selminha Sorriso e Claudinho. Beija-Flor de Nilópolis desfila no segundo dia de carnaval do grupo Peculiar na Marquês de Sapucaí, na região mediano do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Escritório Brasil

A porta-bandeira Selminha Sorriso, disse que Laíla a levou para a Beija-Flor junto com Claudinho, seu mestre-sala. Por isso, neste carnaval, se prepararam para “orgulhá-lo no projecto místico e em tudo que o rabi nos ensinou”.

Selminha ainda lembra das orientações que recebeu de Laíla. Reclamações que ficaram na memória e que foram importantes para o seu desenvolvimento uma vez que porta-bandeira. “Também levei puxões de ouvido, também levei broncas, mas os ensinamentos, o estágio que ele nos deixou, falo em meu nome e no de Claudinho, são imensuráveis”, salientou.

A porta-bandeira número um da Beija-Flor fala com muito carinho e reverência pelo trabalho de Laíla, durante o período em que ele esteve no comando do carnaval da escola. “Falo sempre que sou escola de rabi Laíla, essa escola não é imitando rabi Laíla, é simplesmente, sendo uma mulher mais potente, entendendo o tamanho da responsabilidade, o que é edificar um desfile de escola de samba”, afirmou.

É logo que Selminha reconhece todo o trabalho do carnavalesco na construção de sua formação porta-bandeira. “A soma do tudo é sempre maior que das partes, trabalhar em equipes, ser potente diante de qualquer dificuldade, não esmorecer, confiar nos sonhos, buscar força onde você nem sabe que tem. Isso é escola de rabi Laíla, meu sentimento é de gratidão, muita gratidão mesmo, porque se hoje eu estou neste espaço que ocupo, com certeza, muito tem do rabi Laíla nas nossas vidas”, disse.

Selminha reconheceu que Laíla não era uma pessoa fácil, mas, ponderou que também não chegava a ser uma pessoa difícil. “Era você entender que toda a postura dele, às vezes com perceptível excesso, na maioria das vezes, se fazia necessário. Era um varão que tinha um olhar muito crítico, ouvido perfeito, coração gigante. A fala nem sempre vinha com mel. Agora, é uma vez que você quer entender, uma vez que quer se comportar”, concluiu.

O carnavalesco João Vítor Araújo, responsável do enredo deste ano, disse que o título da Beija-Flor trouxe também o reconhecimento da valia de Laíla, que no término da dez de 1960, trabalhava com a turma de carnavalescos, uma vez que Fernando Pamplona, Maria Augusta, Rosa Magalhães, Arlindo Rodrigues, Joãosinho Trinta, Viriato, mas não tinha visibilidade.

“Graças a Deus, graças ao Sagrado, a Beija-Flor de Nilópolis conseguiu o título tão sonhado, que há sete anos não vinha. O título foi para a Baixada Fluminense, a comunidade está muito feliz e a justiça foi feita. A justiça a esse artista, diretor, compositor, cantor, produtor, diretor de carnaval, diretor de simetria, esse face múltiplo, que era o Laíla. A Justiça foi feita, o sambista venceu, o varão preto nascido e criado no Morro do Salgueiro, sem formação acadêmica, que ainda assim, conhecia de tudo um pouco, na verdade, não, ele conhecia de tudo muito, porque senão, não seria o Laíla. Ele venceu. O morro venceu, o preto favelado venceu”, comemorou.


Rio de Janeiro (RJ), 03/03/2025 – Beija-Flor de Nilópolis desfila no segundo dia de carnaval do grupo Especial na Marquês de Sapucaí, na região central do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 03/03/2025 – Beija-Flor de Nilópolis desfila no segundo dia de carnaval do grupo Especial na Marquês de Sapucaí, na região central do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Beija-Flor de Nilópolis desfila no segundo dia de carnaval do grupo Peculiar na Marquês de Sapucaí, na região mediano do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Escritório Brasil

Para João Vitor, essa é a melhor resposta que a Beija-Flor de Nilópolis podia dar “para a sociedade racista, preconceituosa, para aqueles que duvidaram que o Laíla daria enredo, para aqueles que duvidaram que ele não teria história para ser contada e desenvolvida. A resposta está aí com esse título, a resposta está aí com enredo nota 10 e a resposta está aí, porque é a valorização de uma pessoa que viveu e morreu trabalhando, fazendo carnaval, e mais uma vítima da covid 19, em uma era em que a vacina era negligenciada cá no Brasil”, afirmou.

O carnavalesco disse que o desfile teve tanta identidade com o homenageado que foi provável senti-lo presente na avenida. “O espírito do Laíla, tenho certeza, que ele se fez presente na avenida, eu senti, a comunidade sentiu, os componentes sentiram, por isso, a escola veio com aquela garra, por isso que a escola emocionou. Eu digo, que daqui há dez anos, 20 anos, o público há de se lembrar desse desfile histórico da Beija-Flor de Nilópolis. É muito bonito ver Laíla, o sambista, o preto favelado vencendo na Marquês de Sapucaí e que sirva de exemplo e prelecção, que valorizar o que é nosso, valorizar aquele que faz pelo nosso carnaval é maravilhoso, é gratificante. É a valorização do nosso soalho e das nossas raízes”, concluiu.

Fonte EBC

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