Declaração Do G20 Receberá Caderno Anexo Com Propostas Do G20

Declaração do G20 receberá caderno anexo com propostas do G20 Social

Brasil

As propostas e recomendações incluídas no documento do G20 Social serão encaminhadas aos líderes dos países do G20 em forma de um caderno incluído à enunciação final do grupo. A informação é do ministro-chefe da Secretaria-Universal da Presidência da República, Márcio Macêdo, para quem a participação da sociedade social representou um progresso nesse fórum que reúne as 19 maiores economias mundiais, mais a União Africana e a União Europeia.

“Isso foi muito significativo, e acho que foi muito bem-sucedido. Tenho certeza que a realização inédita do G20 Social criou uma atmosfera dissemelhante para a relação dos chefes de Estado [e de governo] que ajudou a sustar todos esses temas e ter uma enunciação de consenso abordando temas sensíveis da humanidade, que não tinham sido debatidos de forma contundente uma vez que foi neste G20 na presidência brasileira”, disse Macêdo, em entrevista à prensa, nesta terça-feira (19), no Núcleo de Prelo do G20, no Vivo Rio, zona sul da cidade.

Para o ministro, os debates promovidos pelos grupos de engajamento do G20 Social estenderam as propostas, além do que tinha sido proposto uma vez que temas centrais, que foram o combate à penúria, à desigualdade e à pobreza; enfrentamento às mudanças climáticas e por uma transição energética justa; e uma novidade governança global.

“É óbvio que o debate do G20 Social foi muito mais espaçoso, porque teve todo o acúmulo de um ano de debate nos grupos de engajamento, que além dos três temas, tem coisas específicas uma vez que a resguardo da democracia, a discussão desse novo mundo do trabalho. Esses documentos vão criar um caderno incluído que vai ser enviado aos chefes de Estado, uma vez que propostas do G20 Social, além dos três temas oficiais do G20”, informou o ministro, que foi coordenador do G20 Social.

De conformidade com ele, em relação aos três temas oficiais do G20 determinados pela presidência brasileira, na verificação com a enunciação dos chefes de Estado de governo, pode-se verificar que os temas abordados pelo documento-síntese, que saiu do G20 Social, foram incluídos. “Todos estes temas estão contidos. Coisas muito importantes que os movimentos sociais colocaram que não iam transfixar mão, estão contidas uma vez que taxação dos super-ricos, uma vez que a Associação Global contra a Inópia, com os países aderindo; financiamento tanto para o enfrentamento da pobreza, quanto para as mudanças climáticas”, concluiu.

Recado do Brasil

Na avaliação do ministro, com a enunciação dos líderes do G20, o Brasil deu um recado ao mundo, pela procura de consenso em direção à sossego, e, ainda, da premência do mundo se unir no combate à penúria e à miséria com adesão de 82 países à Associação Global Contra a Inópia, além de uma premência de democratizar a governança mundial. “Essa reciprocidade de forças que gere o mundo hoje saiu da 2ª Guerra Mundial. O mundo hoje é outro, países que não tinham tanto protagonismo naquele momento histórico, têm hoje. Logo, é necessário que haja uma reformulação. Acho que, com esses três temas, o Brasil conseguiu dialogar com o mundo de forma muito positiva”, afirmou.

Na visão do ministro, o Brasil termina o encontro com o legado universal da realização do G20 Social uma vez que um ponto muito possante de participação e interação da sociedade em relação ao G20. “Só queria lembrar uma vez que acontecia o G20. Acontecia a reunião dos chefes de Estado e o povo a 15, 20 quilômetros protestando. Hoje a população veio para o núcleo do debate. Teve uma cúpula específica, a cúpula do G20 Social, para poder discutir, preparar documentos, de forma livre e soberana, podendo contribuir com esse processo. Logo, essa imposto que o Brasil deu à participação social, acho que é extraordinária e que veio para permanecer”, destacou.

Temas

A definição dos três temas que o Brasil colocou no G20, para o Macêdo, foi fundamental uma vez que norteador para o encontro dos líderes globais. “Colocar no núcleo do debate o enfrentamento da penúria não é uma coisa simples, colocar no debate o enfrentamento das mudanças climáticas e uma transição energética justa, saindo das economias carbonizadas para uma economia limpa, não é simples. Botar o dedo na ferida de que é necessário ter uma novidade governança mundial, que essa governança que está aí é de uma reciprocidade de forças que saiu da 2ª Guerra Mundial, e que do mundo hoje é outro, que os países têm protagonismo, precisam ser ouvidos e ter poder de decisão, são coisas muito inovadoras e muito sérias que foram discutidas e foram feitos encaminhamentos concretos”, disse.

Macedo destacou que no ponto de vista das reuniões bilaterais do presidente Lula, mantidas em paralelo ao encontro, o Brasil é um país muito importante e que retorna ao cenário mundial com o tamanho real. “O Brasil é uma das maiores economias do sul global, é a maior economia dos trópicos. É um país continental. É um país miscigenado, de uma cultura e de um povo inimaginável. O Brasil é um país que volta ao cenário internacional com o tamanho dele e com a preço dele, logo, as bilaterais são muito importantes para substanciar também parcerias econômicas que vão refletir na balança mercantil do Brasil, no desenvolvimento da nossa gente, do nosso país, na geração de empregos e renda”, completou.

Maduro

Quanto à informação de que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se mostrou disposto a aderir à Associação Global Contra a Inópia, o ministro considerou positivo. “Todos os países se puderem aderir é importante. Esse é um tema que assola o mundo, uma lesão que precisa ser enfrentada. Não é verosímil que a gente conviva em pleno século 21 com as pessoas passando penúria. Isso é necessário ser enfrentado, tanto localmente pelos estados nacionais uma vez que globalmente pelos organismos e organizações de países no mundo inteiro. Logo, todo país que queira aderir à Associação Global contra a Inópia é muito bem-vindo e é importante que isso aconteça”, afirmou.

Fonte EBC

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