O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, concederam, nesta quarta-feira (11), a medalha de préstimo Oswaldo Cruz por promoção da saúde a 22 pessoas e dez instituições.
Criada na dez de 1970, a honraria reconhece personalidades e iniciativas que tenham contribuído com o bem-estar e a saúde física e mental dos brasileiros. Entre os homenageados deste ano, está o biólogo e pesquisador Átila Iamarino (foto), personalidade que ficou nacionalmente conhecida durante a pandemia de covid-19, em 2020, porquê divulgador das principais informações sobre o coronavírus. Ele acabou se tornando colunista em um grande jornal e um relevante influenciador do dedo, acumulando milhões de seguidores nas redes sociais.
Naquele momento de crise sanitária, o país mergulhou paralelamente em uma outra epidemia: de desinformação sobre a covid-19, negacionismo sobre a vacina, promoção de tratamentos ineficazes e incentivo a aglomeração em um momento que requeria o supremo de isolamento social provável.
Esses discursos eram vocalizados por integrantes do cume escalão do governo da estação, principalmente pelo portanto presidente Jair Bolsonaro. Na estação, mais de 700 milénio pessoas morreram em decorrência da doença.
Depois quatro anos, mesmo com pandemia controlada depois da vacinação em tamanho, Iamarino alerta que o país ainda corre o risco de reviver o mesmo efeito mortal das fake news, em caso de uma novidade pandemia no porvir.
“A desinformação continua lá, e ela está mais organizada, mais financiada e mais muito amparada para usar redes sociais para promover muita coisa errada. Não só [negação de] vacinas, mas todo o tipo de desinformação climática, científica, sobre direitos humanos”, afirmou à Filial Brasil posteriormente a cerimônia de premiação, no Palácio do Planalto.
“Quem promoveu desinformação na covid-19 não sofreu nenhuma punição. Eu não sei te dar o nome de uma pessoa sequer que foi punida por qualquer coisa que falou que fosse antivacina, antisaúde e anticiência. Pelo contrário. Muitas estão eleitas e gozando dos seus direitos felicíssimas. Não tiramos prelecção da pandemia para prometer que o mesmo não vai suceder”, acrescentou o pesquisador.
Em exposição posteriormente entregar as condecorações, o presidente Lula lembrou do escora institucional oferecido por autoridades ao exposição negacionista.
“Eu, sinceramente, nunca pensei viver um momento na história do Brasil em que você tinha uma linguagem solene do presidente da República, de ministros da Saúde, de médicos com procuração de deputado, de personalidades públicas, tendo a desfaçatez de inventar tantas mentiras contra a vacinação”, afirmou.
A ministra da Saúde comemorou o traje de o país ter revertido a tendência de redução da cobertura vacinal de anos anteriores. “Conseguimos virar a tendência de queda de 13 das 16 vacinas do calendário infantil. Foi esse esforço que permitiu ao Brasil transpor do ranking dos 20 países com mais crianças não vacinadas. Não podemos carregar essas estatísticas não. Zero disso teria sido provável sem a imposto de tantas pessoas e instituições. É isso que dá sentido à medalha Oswaldo Cruz no dia de hoje”, observou.
Edição temática
Na edição deste ano, a medalha do préstimo Oswaldo Cruz focou na promoção da vacinação. Entre as pessoas condecoradas está a primeira-dama Janja Lula da Silva, que vem atuando no Movimento Pátrio pela Vacinação, ao lado da apresentadora de TV Xuxa Meneghel.
O presidente da Instalação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Mário Moreira, e o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás, também foram homenageados. Os institutos foram responsáveis pela produção de dois dos principais imunizantes no auge da pandemia da covid-19.
A empresária Luiza Trajano, do Magazine Luiza, e Ivan Baron, pedagogo, influenciador e ativista anticapacitista, foram outros agraciados. Entre as entidades, estão a Filial de Notícias Das Favelas (ANF), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e a Sociedade Brasileira de Imunizações.
>> Confira a lista de autoridades, personalidades e instituições homenageadas na edição da medalha do préstimo Oswaldo Cruz em 2024:
Aparecida dos Santos Bezerra, enfermeira com atuação na saúde indígena e vacinadora no Polo Base Baía da Traição, Paraíba;
Atila Iamarino, biólogo, doutor em microbiologia e pesquisador brasílico;
Cristiana Maria Toscano Soares, médica, vice-chefe do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federalista de Goiás (UFG) e membro do Comitê Crise Covid-19 da UFG;
Daiane Garcia dos Santos, ginasta e embaixadora do Movimento Pátrio pela Vacinação do Ministério da Saúde;
Dorinaldo Barbosa Malafaia, deputado federalista e coordenador da Frente Parlamentar em Resguardo da Vacina da Câmara dos Deputados;
Esper Georges Kallás, diretor do Instituto Butantan;
Fabio Baccheretti Vitor, presidente do Parecer Pátrio de Secretários de Saúde – Conass e Secretário Estadual de Saúde de Minas Gerais;
Fernando Zasso Pigatto, presidente do Parecer Pátrio de Saúde (CNS) e diretor de Saúde da Confederação Pátrio das Associações de Moradores (Conam);
Francisco de Assis De Oliveira Costa, deputado federalista e presidente da Percentagem de Saúde da Câmara dos Deputados;
Hisham Mohamad Hamida, presidente do Parecer Pátrio de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e secretário Municipal de Saúde de Pirenópolis (GO);
Humberto Sérgio Costa Lima, senador da República e presidente da Percentagem de Assuntos Sociais do Senado Federalista;
Ivan Baron, pedagogo, influenciador e ativista anticapacitista potiguar;
Jayme Martins de Oliveira Neto, juiz titular do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e membro da Percentagem de Saúde do Parecer Pátrio do Ministério Público (CNMP);
José Cassio de Moraes, médico e professor titular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Morada de São Paulo;
Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues, empresária;
Margareth Maria Pretti Dalcolmo, pesquisadora e membro da Liceu Pátrio de Medicina (ANM);
Maria da Perdão Xuxa Meneghel, atriz, apresentadora, cantora, empresária e embaixadora do Movimento Pátrio pela Vacinação do Ministério da Saúde;
Mario Santos Moreira, presidente da Instalação Oswaldo Cruz (Fiocruz);
Meiruze Sousa Freitas, farmacêutica e diretora da Segunda Diretoria da Filial Pátrio de Vigilância Sanitária (Anvisa);
Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
Rosângela Lula da Silva, primeira-dama do Brasil;
Rosileia Maria de Souza, presidente da Associação do Quilombo Lagoinha, no município de Gentio do Ouro, Bahia; e
Sirlene de Fátima Pereira, enfermeira em atuação no Programa Pátrio de Imunizações da Secretaria de Vigilância em Saúde e Envolvente do Ministério da Saúde.
Filial de Notícias Das Favelas (ANF);
Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco);
Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn);
Confederação Pátrio dos Agentes Comunitários de Saúde (Conacs);
Fundo das Nações Unidas para a Puerícia (Unicef);
Instituto Todos pela Saúde (ITpS);
Organização Pan-Americana da Saúde (Opas);
Rotary Clubs;
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP);
Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).