Dia Da Mulher: Conheça A Chefe Do Cob Para Paris 2024

Dia da Mulher: conheça a chefe do COB para Paris-2024 – 09/03/2024 – Esporte

Esporte

Dois cavalos garanhões —machos que não foram castrados— não devem ser transportados no mesmo envolvente de um avião, pois eles podem permanecer agressivos e estressados ao longo da viagem, prejudicando seu desempenho para o hipismo.

Quando começou a trabalhar no COB (Comitê Olímpico do Brasil), Joyce Ardies, 38, não imaginava que sua função uma vez que gerente da dimensão de Jogos e Operações Internacionais da entidade exigiria o conhecimento de detalhes tão específicos uma vez que esse para organizar as viagens da delegação brasileira para megaeventos, uma vez que as Olimpíadas.

Formada em Transacção Exterior e Recursos Humanos, a gerente tem no currículo ainda dois mestrados, um em Liderança Esportiva pela Universidade de Washington (EUA) e outro no MEMOs, oferecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

Há quase 11 anos no comitê, o trabalho dela é prometer o deslocamento, a hospedagem e a infraestrutura necessários para que todos os atletas do país possam desempenhar com o supremo de suas capacidades em cada uma das competições.

“É uma dimensão que não pode falhar”, diz ela à Folha. “Não adianta ter uma cláusula em um contrato pagando R$ 1 milhão [de indenização] se um desportista não tiver a vara ou um time não tiver o uniforme para competir no momento mais importante da vida deles”, acrescenta.

Por isso o planejamento dela é feito com grande antecedência. A menos de cinco meses para o início dos Jogos de Paris, Joyce se divide entre os preparativos finais para o megaevento na França enquanto já tem projetos em curso para a Olimpíada de 2028, em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Na próxima semana, ela e sua equipe terão reuniões com consultores dos EUA para mapear locais em que a delegação brasileira poderá se hospedar. “É uma competição à secção entre os países”, diz, ao falar sobre a concorrência pelas melhores acomodações.

Em universal, as maiores delegações têm prioridade nessas escolhas. Os Estados Unidos e a China costumam escolher seus locais primeiro. “Não existe um ranking formal, uma lista, é uma coisa informal, mas o Brasil está no top 5, eu diria”, afirma Joyce.

O processo é transportado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), que costuma oferecer para cada um dos países um lugar de harmonia com suas demandas esportivas. Se a primeira opção não atender o libido de uma delegação, ela perde a sua prioridade na lista.

Atualmente o Brasil tem 164 vagas conquistadas para Paris, em 30 modalidades, sendo 102 femininas e 47 masculinas, além de outras 15 sem gênero definido (hipismo e revezamentos da natação).

Joyce está satisfeita com a posição do Brasil na Vila Olímpica de Paris, inaugurada oficialmente no final do mês pretérito pelo presidente francesismo Emmanuel Macron. No entanto, para que deixar o lugar perfeito de harmonia com suas exigências, ela solicitou uma importante mudança no trajeto entre o prédio dormitório e o refeitório.

“Nosso prédio está na posição D. Todo mundo que está no D e no E teria que transpor e dar uma volta de tapume de 400 metros para ir e 400 metros para voltar de cada ida ao refeitório. Considerando 6 ou 7 refeições por dia, estamos somando quase 3 km só de deslocamento. Para atletas de cumeeira rendimento, faz diferença”, ela explica. “Através de negociação com o Comitê Organizador, conseguimos uma passagem que permite um chegada direto ao refeitório.”

Cada país também pode moldar sua estrutura de harmonia com suas necessidades. Para o prédio do Brasil, o COB vai desembolsar tapume de R$ 300 milénio para instalar ar-condicionado nos quartos de todos os atletas.

“Na França, eles propuseram a construção dos prédios com uma tecnologia de geotermia, que propõe a subtracção de 6 graus da temperatura externa para a interna. Olhando esse projecto, a gente ficou um pouco preocupado, porque hoje a gente vê o verão com frequência, chegando a temperaturas de 36, às vezes 38, 39 graus”, alerta Joyce.

“Essa redução de 6 graus não seria suficiente para o folga dos atletas. Consultando os experts, a gente entende que a temperatura ideal para você ter uma boa noite de folga, um sono profundo, é de 21 a 23 graus. Portanto o COB se comprometeu com essa solução”, acrescenta.

Apesar da questão das temperaturas, a gerente entende que a aclimatação dos brasileiros em Paris será mais fácil em relação aos Jogos de Tóquio, quando, além do fuso horário, a pandemia de Covid-19 ainda assolava a população mundial.

No Japão, o Brasil teve sua maior delegação em uma edição dos Jogos disputada no exterior, com 303 atletas e 18 reservas. Foi a 12ª maior delegação presente no Japão. Com 613, os EUA levaram o maior número de competidores.

Para Joyce, que integrou pela primeira vez uma delegação brasileira nos Jogos Sul-americanos Santiago de 2014 e, desde logo, esteve em 15 megaeventos, a Olimpíada em solo nipónico foi a mais desafiadora. “No final, nosso maior orgulho foi que nenhum desportista pegou Covid.”



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Ela também teve um momento peculiar para velar na memória ao simbolizar a delegação brasileira no desfile de sinceridade dos Jogos de Tóquio ao lado de Bruninho, do vôlei, e da judoca Ketleyn Quadros, que foram os porta-bandeiras do país. “Fui escolhida para simbolizar os bastidores, a equipe que trabalha por trás para fazer tudo sobrevir”, lembra.

A emoção, porém, foi a mesma de uma desportista, um tanto que ela sempre quis sentir. Antes de sua atual curso, ela se dedicou tênis, esporte que lhe proporcionou uma bolsa para estudar nos EUA.

“Estar envolvida com o esporte me proporciona muita alegria, um reconhecimento interno, uma satisfação interna”, finaliza.


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