Dia Do Cinema Brasileiro: Dez Clássicos Para Ver De Graça

Dia do Cinema Brasileiro: dez clássicos para ver de graça – 19/06/2024 – Baú do Cinema

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Em 19 de junho de 1898, o italiano Affonso Segreto usou um cinematógrafo para registrar imagens da baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Ele estava a bordo do navio Brésil, que havia saído de Bordeaux, na França. A data foi considerada a do primeiro registro cinematográfico no Brasil e, assim, 19 de junho se tornou o Dia do Cinema Brasílio. Para celebrá-lo, confira dez clássicos do cinema vernáculo disponíveis em serviços gratuitos de streaming.


BRAZA DORMIDA (1928)

Longa de Humberto Mauro, um dos pioneiros do cinema brasílico, traz uma trama romântica, filmada em Cataguases (MG). No filme, o jovem Luis é contratado para gerenciar uma usina de açúcar em Minas. Lá, se apaixona por Anita, filha do patrão. Além dos filmes de ficção, Mauro realizou inúmeros curtas e documentários nas três décadas em que esteve no Ince (Instituto Pátrio de Cinema Educativo), onde foi diretor técnico. Segmento dessas obras também pode ser vista no site da Cinemateca.

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Banco de Conteúdos Culturais da Cinemateca Brasileira (

CARNAVAL ATLÂNTIDA (1952)

Chanchada clássica da Atlântida, com duas de suas estrelas, Oscarito e Grande Otelo. No longa, eles são dois malandros que sugerem ao produtor de cinema Cecílio B. de Milho, uma referência a Cecil B. DeMille, a geração de uma chanchada carnavalesca. O produtor, no entanto, quer fazer um filme sobre Helena de Troia. Acaba empregando os malandros uma vez que faxineiros, e eles se envolvem em uma série de confusões durante a produção do longa. Tudo embalado por músicas uma vez que “No Tabuleiro da Baiana”, “Pastorinhas” e “Rasguei a Minha Fantasia”.

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Banco de Conteúdos Culturais da Cinemateca Brasileira

JECA TATU (1959)

Um longa de Amácio Mazzaropi, responsável por grandes sucessos populares, não poderia faltar na lista de clássicos brasileiros. O filme, produzido pela companhia do ator, adapta o raconto “Jeca Tatuzinho”, de Monteiro Lobato, homenageado nos letreiros da produção. Mazzaropi interpreta o Jeca, caipira no interno de São Paulo que pugna com um latifundiário vizinho de sua roça. Faz segmento do elenco a atriz Geny Prado, companheira de cena do ator em vários longas.

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DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL (1964)

Considerado um dos marcos do Cinema Novo, o longa foi o segundo filme de Glauber Rocha. Nele, Manuel (Geraldo Del Rey) e Rosa (Yoná Magalhães) vivem no sertão, dependendo de trabalhos prestados a um coronel. Quando Manuel se revolta e mata o patrão em uma pugna, o parelha é obrigado a fugir, unindo-se ao grupo de um beato. Em 2022, o longa foi exibido na sessão de clássicos do Festival de Cannes, na França, 58 anos depois de ter causado grande impacto na croisette.

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Itaú Cultural Play ( e Banco de Conteúdos Culturais da Cinemateca

O BANDIDO DA LUZ VERMELHA (1968)

Em sua estreia nos longas, Rogério Sganzerla se inspirou na história de um criminoso procurado em São Paulo, chamado uma vez que Bandido da Luz Vermelha e tema das manchetes dos jornais de logo. Na versão do diretor, Paulo Villaça interpreta o personagem título, batizado de Jorginho. Entre um transgressão e outro, ele se apaixona por Janete Jane, famosa na Boca de Lixo. Na obra, Sganzerla incorpora diversos gêneros e linguagens, realizando um marco no cinema vernáculo.

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Itaú Cultural Play e SPCine Play (

DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS (1976)

O longa de Bruno Barreto figurou por muitos anos uma vez que vencedor de bilheteria vernáculo. Só perdeu o posto em 2010, para “Tropa de Escol 2″, de José Padilha. Nesta adaptação da obra de Jorge Estremecido, Sonia Braga é dona Flor, professora de culinária que fica viúva do malandro Vadinho (José Wilker). Ela se mansão de novo, com o certinho Teodoro, e recebe visitas do fantasma do falecido. A música tema do longa é outro clássico _”O Que Será”, composta por Chico Buarque e interpretada por Simone.

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BYE BYE BRASIL (1979)

Cacá Diegues e sua frota Rolidei mostram no filme um Brasil profundo em transformação. O longa acompanha uma trupe de artistas liderada por Salomé (Betty Faria) e Lorde Cigano (José Wilker). Eles rodam o Brasil, passando pela Transamazônica, pelo São Francisco, pelo sertão e pelo litoral nordestino. No meio do caminho, encontram Ciço (Fábio Jr.), jovem sanfoneiro que, enamorado por Salomé, se une ao grupo levando sua mulher, Dasdô.

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PIXOTE, A LEI DO MAIS FRACO (1980)

Hector Babenco traduziu a crueza das ruas de São Paulo neste clássico que acompanha o menino Pixote (Fernando Ramos da Silva). Levado a um reformatório juvenil, o garoto sofre abusos e violência. Com amigos, consegue fugir do lugar e passa a viver nas ruas, onde convive com traficantes, cafetões e a prostituta Sueli, interpretada por Marília Pêra. Anos posteriormente seu lançamento, o filme transpôs a ficção: o ator Fernando Ramos da Silva, logo com 19 anos, foi morto em uma ação policial em Diadema.

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Itaú Cultural Play e SPCine Play

INOCÊNCIA (1983)

Walter Lima Jr. filma com delicadeza a história de paixão proibida de Inocência (Fernanda Torres) e o médico Cirino (Edson Celulari), baseada na obra homônima de Visconde de Taunay. A trama se passa no sertão mineiro, no final do século 19. A jovem mora com o pai e está doente. O médico vive em andanças, à procura de pacientes. O pai de Inocência, vivido por Sebastião Vasconcelos, pede que ele trate da pequena, o paixão entre os dois floresce, mas a jovem está prometida para outro.

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CABRA MARCADO PARA MORRER (1984)

Eduardo Coutinho começou a rodar em 1964 levante documentário sobre um líder camponês morto na Paraíba. O golpe militar, no entanto, interrompeu as filmagens. Em 1981, às vésperas da redemocratização do país, Coutinho voltou ao projeto. Ele procurou a viúva do camponês, Elizabeth Teixeira, que teve de mudar de nome e de cidade durante a ditadura, e entrevistou personagens com quem havia conversado 17 anos antes. O resultado é um clássico do cinema brasílico.

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Folha

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