O progresso das queimadas e do desmatamento percorre, por vezes, as florestas mais rapidamente do que as informações de conscientização sobre o cenário de devastação. Não à toa, entidades porquê a Organização das Nações Unidas para a Instrução, a Ciência e a Cultura (Unesco) definiram que o Dia do Rádio deste ano, festejado nesta quinta-feira (13), deve invocar atenção para o papel fundamental do veículo no combate às mudanças climáticas em todo o mundo.
No Brasil, pesquisadores consideram o rádio veículo estratégico para que as informações vençam eventuais limitações tecnológicas, porquê regiões sem sinal para internet ou para telefone celular. Ouvidos pela Escritório Brasil, esses especialistas afirmam que um exemplo importante dessa atuação é na região amazônica, afetada, historicamente, tanto pela devastação da extensão nativa quanto pela dificuldade de comunicações.
Conforme explica o professor Marcos Sorrentino, de ciências florestais da Universidade de São Paulo (USP), as mudanças climáticas, assim porquê a conservação da biodiversidade, exigem mudanças comportamentais e de valores, que precisam ser divulgadas pelo rádio, o veículo que atravessa o país. “Precisamos dialogar com as pessoas para que elas repensem o seu modo de produção e de consumo. O rádio tem uma longa história que possibilita o estar mais próximo das pessoas”, argumentou.
Por isso, segundo Sorrentino, é necessário executar esse papel diariamente. Ele cita os programas da Rádio Pátrio da Amazônia que, na sua opinião, prestam serviço prático. “Eu lembro que, certa vez, eu estava no interno de um município do estado do Pará e um lavrador estava ouvindo a Rádio Pátrio, sintonizado nas mensagens e nos desafios (diante da erosão ambiental)”, afirma.
Mudanças de comportamentos
O professor diz que o rádio vem se reinventando para efetiva divulgação de teor educativo, porquê tem ocorrido nos aprofundamentos criados por reportagens, entrevistas e podcasts. Para Sorrentino, o veículo proporciona oportunidades para que a sociedade mude comportamentos a término de realizar o enfrentamento das mudanças do clima e da erosão da biodiversidade.
“É necessário o enfrentamento da desvario dos sujeitos, do distanciamento e da incompreensão”. Ele conta que presenciou, na cidade de Belterra (PA), a elaboração de programas de rádio por segmento de professores e alunos. Inclusive, para o pesquisador, as campanhas de rádio têm dois públicos prioritários. “Inequivocamente, os jovens são os que mais sentirão os impactos das mudanças do clima. E o outro público é o de idosos, que podem trazer a história de vida para repercutir nas rádios do país”, argumenta.
Campanhas
Pesquisador sênior do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), o ecólogo Paulo Moutinho afirma que o rádio sempre foi fundamental para as pesquisas que a entidade realiza na região.
“O rádio permitiu, por exemplo, que fizéssemos campanhas de prevenção de incêndios na região e que preveniram perda econômica de pequenos a grandes agricultores. Também foi fundamental em ações de ensino diante da mudança do clima”.
Ele recorda que, desde a dezena de 1980, utiliza o veículo para ensino ambiental na Amazônia, incluindo a prevenção de incêndios e o uso adequado de vegetação medicinais. Depois, na atuação porquê pesquisador, ele se envolvia em pesquisas sobre prevenção de incêndio e de desmatamento ilícito. Ele trocava ideias, pelo rádio, com os ouvintes porque havia um fluxo de cartas para as emissoras com interações. “Tudo isso não é alguma coisa do pretérito. O rádio ainda é um instrumento de subida tecnologia de informação na Amazônia, pois é fácil de ser adquirido”.
“No coração das pessoas”
Para Moutinho, o rádio será ainda durante muito tempo um instrumento fundamental para a informação na Amazônia. “Há programas icônicos também em relação a isso. O Natureza Viva, da Rádio Pátrio, por exemplo, tem alcance enorme”.
A profissional da Rádio Pátrio da Amazônia Mara Régia di Perna, que apresenta o programa e é referência vernáculo em informação ambiental, concorda, em entrevista à Escritório Brasil, concorda que o programa Natureza Viva tem sido um coligado da sociedade para prestar serviço de utilidade pública.
“O que faz do rádio uma poderosa utensílio de mobilização social é a capacidade de ele chegar ao coração das pessoas com intimidade”, afirmou Mara Régia. Ela cita que as características do veículo fazem a diferença, com destreza, acessibilidade, mobilidade, instantaneidade e linguagem simples.
Utilidade pública
Outro profissional que atua pela informação, o geógrafo e comunicante Marco Lopes, do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, que tem sede em Tefé (AM), é responsável por um programa de rádio chamado “Ligado no Mamirauá”, que já tem mais de 30 anos de história. “Até hoje, difunde informações sobre manejo dos recursos naturais”.
O programa vai ao ar pela Rádio Rústico de Tefé (93,9 FM). “A relevância do veículo para conscientizar sobre as mudanças climáticas ocorre de diversas formas”. Ele exemplifica que, no ano pretérito, houve uma das piores secas da história do Amazonas e foi necessário aprofundar informações sobre o objecto. “Historicamente, o programa tem também um serviço de utilidade pública, de vulgarizar as informações do nível do rio. E essas informações são fundamentais”.
Contra a desinformação
Segundo Lopes, as informações são mais assimiladas por populações mesmo em situação de vulnerabilidade. O mote principal é lutar contra fake news e não utilizar alarmismo para tratar dos temas ambientais.
O combate à desinformação também é uma preocupação medial, segundo a socioambientalista Muriel Saragossi. Para ela, rádio é o veículo de informação mais importante no interno da Amazônia. ao proporcionar informação de qualidade para populações distantes dos sinais de celular. “Na Amazônia, temos muitos jovens comunicadores, sejam indígenas, ribeirinhos ou quilombolas, que reproduzem conteúdos informativos dentro de suas comunidades e escolas rurais, o que permite formar uma novidade geração de amazônidas com informações verdadeiras”.