Dilemas masculinos no lolla... artistas cantam desafios e privilégios de

Dilemas masculinos no Lolla… artistas cantam desafios e privilégios de ser homem em 2025

Celebridades Cultura

Benson Boone, Jão, Justin Timberlake, Shawn Mendes e Bush têm letras sobre impaciência, origens, medos e outras fragilidades. Festival em SP é na sexta (28), sábado e domingo. Os artistas do Lollapalooza que cantam dilemas masculinos
O line-up do Lollapalooza tem vários artistas com uma coisa em generalidade: eles cantam dilemas masculinos. São homens que usam suas letras para falar de suas fragilidades, de seus desafios e de seus privilégios.
Um rosto que se encaixa muito nessa teoria é Benson Boone, americano que canta no sábado (29) de festival. Ele estourou primeiramente no TikTok e depois nos serviços de streaming com a balada pop rock “Beautiful Things”.
A música é sobre ter terror de perder as coisas que ele conquistou na vida dele, com o refrão “Ó, meu Deus / Não tire de mim essas coisas lindas que eu tenho”.
Ou seja, ela é ao mesmo tempo uma reza de reconhecimento e um atestado de que ele talvez não se ache bom o bastante para ser feliz. Parece o sinal de uma Síndrome do Impostor, um tema que volta em outras músicas. “Ó, uma vez que as coisas mais incríveis desmoronaram?”, ele se pergunta “Pretty Slowly”.
O cantor americano Benson Boone
Divulgação/Warner
Ele também já escreveu letras sobre a morte de sua bisavó, de quem era super próximo (“In the stars”), e sobre viver com impaciência (“Slow it down”). O Benson canta sobre a urgência de dar uma desacelerada de tempos em tempos.
Outro que desacelerou legítimo nesses últimos anos foi o Justin Timberlake, headliner do domingo (30) de Lolla. O cantor de 44 anos andava meio sumido, com uma certa crise na curso e na vida pessoal.
Embora tenha vários hits básicos auto afirmativos e sensuais, uma secção do repertório sempre teve desafios masculinos: uma vez que a procura por um paixão tão possante quanto o dos avós maternos dele.
“Mirrors” é sobre esse himeneu que durou 63 anos: “É uma vez que se você fosse o meu espelho / Meu espelho olhando de volta para mim”.
Justin Timberlake canta e dança durante seu show no Palco Mundo, no Rock in Rio 2017
Alexandre Durão/G1
Timberlake já cantou sobre traição, quando foi criticado por ter sido machista com a ex dele, Britney Spears (“Cry me a river”).
Depois, versou sobre suas origens. Ele já disse ter orgulho de ser um “Varão do campo”, mais precisamente do estado americano do Tennessee, em “Man of the Woods”, que batiza o quinto álbum da curso, lançado em 2018. “Mas você sabe que eu sou um varão do Sul / Um varão do campo e você é o meu orgulho”, ele canta.
Uma das atrações brasileiras mais aguardadas do Lolla, Jão também tem orgulho de ser quem ele é. E faz questão de trovar sobre isso. É o que ele faz, por exemplo, em “Meninos e Meninas”: “Mas meu coração é grande e cabem / Todos os meninos e as meninas / Que eu já amei”.
Jão se apresenta no Rock in Rio Lisboa 2024
Divulgação/Instagram do festival
Proprietário de ótimos shows em festivais, o Jão virou um dos maiores popstars brasileiros cantando o que ele sente por ser um varão bissexual.
As letras são cheias de desabafos sobre identidade e de metáforas para explicar o que ele está sentindo. Em “Super”, por exemplo, ele canta: “O campo não queima sem uma faísca / E eu tenho um incêndio em mim / Já fui tantas coisas pra tantas pessoas / Mas, já estou longe daqui”. No Lolla, o cantor paulistano se apresenta na sexta-feira (28).
Outro fã de metáforas é o Shawn Mendes, que foi headliner do Rock in Rio e agora é headliner do Lolla no sábado (29).
Shawn Mendes se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Em “Mercy”, uma das mais intensas do repertório, ele canta: “Consumindo todo o ar dos meus pulmões / Arrancando minha pele dos meus ossos / Estou pronto para sacrificar minha vida”.
A maioria das músicas do jovem canadense tem esse paixão romântico, exagerado até demais. E ele também é exagerado ao falar de saúde mental. Esse é o caso de “In my blood”: “Às vezes, sinto vontade de desistir / Nenhum remédio é possante o suficiente”.
Nessa música, ele está ansioso e inseguro, bebendo em seguida ter dificuldades de respirar e de se medicar corretamente. Ele vai narrando o sofrimento de uma forma poética. Mendes fala sobre paredes desmoronando, sobre rastejar. E ele diz que o sofrimento não pode ser combatido por zero. É quase definitivo. É secção dele.
Gavin Rossdale, em primeiro projecto, em imagem do disco ‘The Science of Things’, lançado pelo Bush em 1999
Reprodução
Uma letra possante assim mostra que é verosímil trovar dilemas masculinos de uma forma que lembra o que era mais generalidade no rock dos anos 90. Tem uma margem que toca no Lolla e viveu seu auge nessa dezena.
O Bush fazia secção da segunda secção do movimento grunge, que revelou nomes uma vez que Nirvana e Pearl Jam. Assim uma vez que essas bandas, o Bush transformava tudo em metáfora para o sofrimento.
O vocalista Gavin Rossdale já cantou sobre o terror de se relacionar com alguém explosivo (“Glycerine”) e sobre a sensação de ser “engolido e vazio” (“Swallowed”).

Fonte G1

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