Djokovic Completa Prateleira De Troféus Com Ouro Olímpico 04/08/2024

Djokovic completa prateleira de troféus com ouro olímpico – 04/08/2024 – Esporte

Esporte

Em um duelo de gerações marcado pelo estabilidade, o sérvio Novak Djokovic, número 2 do mundo de 37 anos e maior vencedor de Grand Slams da história do esporte, completou a prateleira de troféus com a conquista neste domingo (4) do ouro olímpico, batendo na grande final o jovem espanhol Carlos Alcaraz, número 3 do ranking de 21 anos.

A vitória foi por 2 sets a 0, ambos definidos no tie-break —7/6 (7/3) e 7/6 (7/2)—, em uma partida que durou 2h50, mais longa que uma maratona.

Djokovic, que passou por uma cirurgia no joelho recta em junho, tornou-se o mais velho vencedor do tênis nas Olimpíadas. O recorde pertencia ao britânico Andy Murray, vencedor na Rio-2016 com 29 anos. Se Alcaraz tivesse vencido, seria o mais novo vencedor olímpico, recorde que pertence ao norte-americano Vincent Richards, que levou o ouro em Paris-1924, com 21 anos.

Dois dos principais nomes do giro internacional na atualidade —os Jogos não contam pontos para o ranking mundial—, Djokovic e Alcaraz fizeram um jogo bastante disputado, com grandes jogadas de ambos os lados, para delícia do público ilustre que lotou a quadra Philippe-Chatrier, em Roland Garros —Serena Willians, Pau Gasol, Sharon Stone, Nasser Al-Khelaïfi (possuidor do PSG) e Thomas Bach (presidente do COI) eram alguns dos nomes que acompanharam a partida.

A vitória de Djokovic representou o desempate no retrospecto de confrontos entre os dois. Eles já haviam se enfrentado seis vezes até cá, com três vitórias para cada.

Djokovic venceu nas semifinais de Roland Garros e do ATP Finals e na decisão do Masters 1000 de Cincinnati, em 2023. Já Alcaraz venceu na semifinal do Masters 1000 de Madri, em 2022, e na final de Wimbledon em 2023 e 2024.

Os dois chegaram à final sem perder sets. Djokovic venceu o australiano Matthew Ebden (6/0, 6/1), o espanhol (e rival) Rafael Nadal (6/1, 6/4), o germânico Dominik Koepfer (7/5, 6/3), o helênico Stefanos Tsitsipas (6/3, 7/6) e o italiano Lorenzo Musetti (6/4, 6/2).

Já Alcaraz passou pelo libanês Hady Habib (6/3, 6/1), o holandês Tallon Griekspoor (6/1, 7/6), o russo Roman Safiullin (6/4, 6/2), o norte-americano Tommy Paul (6/3, 7/6) e o canandense Felix Auger-Aliassime (6/1, 6/1).

No primeiro set, Djokovic chegou a ter a chance de quebrar o serviço de Alcaraz algumas vezes no segundo, no quarto e no 12ª game, mas viu o espanhol reagir com força para confirmar seu serviço. No nono game, que durou mais de 14 minutos, foi a vez de o sérvio ter de salvar cinco break-points até conseguir confirmar o serviço.

A decisão da primeira parcial foi para o tie-break, em que o estabilidade se manteve, com Djokovic se valendo de uma reembolso certeira para perfurar a vantagem e fechar o primeiro set, que durou 1h33.

No início do segundo set a toada se manteve, sem que nenhum dos dois conseguisse perfurar qualquer vantagem, confirmando os respectivos saques e levando a partida novamente para o tie-break. No desempate, Djokovic conseguiu ser mais consistente, conseguiu dois ‘mini-breaks’ e, com golpes firmes, fechou o tie-break em 7 a 2.

A medalha de ouro olímpica era o único título que ainda faltava na extensa prateleira do multicampeão sérvio.

Possessor de 24 troféus de Grand Slam, Djokovic tinha porquê melhor resultado até cá nos Jogos um bronze em Pequim-2008, quando fez sua estreia olímpica e acabou derrotado nas semifinais por Rafael Nadal. Na disputa pelo terceiro lugar, venceu o norte-americano James Blake.

Em Londres-2012, caiu na semifinal para o britânico Andy Murray e perdeu a disputa do bronze para o prateado Juan Martin del Potro. Na Rio-2016, caiu ainda na primeira temporada novamente diante de del Potro. Em Tóquio-2020, perdeu nas semifinais para o germânico Alexander Zverev, e o bronze para o espanhol Pablo Carreno Busta.

Vencedor de tudo

O sérvio agora se iguala a André Agassi, Rafael Nadal e Steffi Graf, que também venceram os quatro títulos de Grand Slam e o ouro olímpico.

Alcaraz, por sua vez, fez sua primeira participação em Olimpíadas na capital francesa.

Tenista mais novo a obter o posto de número 1 do ranking, em setembro de 2022, aos 19 anos, o espanhol possuidor de quatro títulos de Grand Slam –sendo o atual vencedor de Roland Garros e Wimbledon–, se tornou o mais jovem finalista olímpico do tênis desde Seul-1988, quando o suíço Marc Rosset foi prata aos 21 anos e 275 dias. O espanhol é o finalista de simples mais jovem desde o norte-americano Robert Leroy, prata em St. Louis-1904, aos 19 anos.

Folha

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *