Opel Kadett Super L de 1968 é idêntico ao coche do ex-deputado Rubens Paiva. Leilão terá lance inicial de R$ 200 milénio. Origem do Kadett de Ainda Estou Cá
Ele nasceu na Alemanha em 1968, mas foi transportado por navio até uma terreno quente que o recebeu de braços abertos. Sobreviveu às evoluções tecnológicas e resistiu ao tempo. Mas, aos 57 anos, vive o auge da glória depois de fazer secção de um elenco que concorre ao Oscar.
O Opel Kadett Super L dirigido por Fernanda Torres no filme Ainda Estou Cá é uma joia rara, que simula o mesmíssimo coche que pertenceu à família do ex-deputado Rubens Paiva nos anos 1970.
O g1 viu o coche de perto. O Kadett é do empresário Fábio Martins, proprietário da empresa Veículos em Cena, uma locadora de carros clássicos para produções audiovisuais uma vez que filmes, novelas, séries e curtas-metragens.
Depois a participação no filme, que agora concorre a três estatuetas do principal prêmio do cinema, o coche será leiloado no dia 22 de março, com lance inicial de R$ 200 milénio.
Cena do ator Selton Mello com o Opel Kadett
Globoplay
LEIA MAIS:
ENTREVISTA: VP da GM confirma SUV compacto da marca, e garante atualização do Onix
City, trail ou crossover? VÍDEO mostra qual moto se encaixa melhor no seu dia a dia
IPVA 2025: posso registrar meu coche em um estado que serpente menos imposto?
Opel Kadett
Os primeiros modelos do Kadett saíram da fábrica da marca alemã Opel, subsidiária da General Motors, em 1936. O propósito do padrão era ser conseguível. Em 1938, surgiu uma versão esportiva com carroceria roadster.
O estilo cupê faria grande sucesso no Brasil na dezena de 1990, quando foi vendida a sexta geração do coche por cá.
Opel Kadett Roadster 1938
Divulgação | Opel
A produção do coche chegou a ser interrompida em 1940 devido à Segunda Guerra Mundial. Ao término do conflito, a Opel voltou a produzir a segunda geração do Kadett em 1962.
Confira as gerações do coche:
1936 – 1940: Kadett I;
1938 – 1940: Kadett Roadster;
1962 – 1965: Kadett A;
1965 – 1973: Kadett B;
1973 – 1979: Kadett C (comercializado no Brasil uma vez que Chevrolet Chevette de 1973 a 1993);
1979 – 1984: Kadett D;
1984 – 1995: Kadett E (vendido no Brasil de 1989 a 1998).
O coche descrito no livro “Ainda Estou Cá”, obra literária que deu origem ao filme de Walter Salles, é da terceira geração, produzida de 1965 a 1973. No caso do padrão da família de Eunice Paiva, 1968 foi o ano de fabricação.
Apesar do visual esportivo de cupê, o coche não tinha um motor muito potente. Era equipado com um motor 1.1 de 60 cv de potência e 8,6 kgfm de torque. A transmissão era manual de quatro velocidades.
Desta geração de Kadett, havia a possibilidade de comprar até oito carrocerias distintas, variando entre perua, sedã, fastback e cupê, todos de duas ou quatro portas.
Opel Kadett de 1968 era vendido em oito configurações distintas
Imagem da internet
O coche do Oscar
Fabio Martins começou a curso uma vez que mecânico de veículos pesados, mas foi ao fazer um obséquio para um colega que mudou de vida.
“Um colega me pediu para levar um caminhão dele para a gravação de um mercantil. Ele tinha muita crédito em mim e depois já me pediu para levar outro veículo para uma romance da Mundo. Entrei no ramo, comprei alguns carros, restaurei e hoje só trabalho com isso”, diz Martins.
Fábio é o fundador da empresa Veículos em Cena, que conta com mais de 40 modelos em seu portfólio. “Eu não ando com coche de gravação. Eles são preparados, vão para a filmagem de guincho, fazemos o trabalho e depois voltam de guincho”, conta o empresário.
Fernanda Torres dirigiu o Opel Kadett em algumas cenas de ‘Ainda Estou Cá’
Globoplay
Com todo esse zelo, Martins começou a lucrar relevância na indústria do cinema e seus carros se tornaram referência. Ao saber que a produção do filme estava buscando por um Opel Kadett 1968 cupê, Fabio começou a procurar seus contatos.
Foi logo que o empresário descobriu um colecionador no Paraná que tinha o coche e partiu em procura da compra. Era a única chance de comprar o coche para a gravação, uma vez que o padrão é vasqueiro e já não se encontrava mais, em 2023, ofertas do veículo em sites de compra e venda na internet.
“Quando cheguei lá, o coche não estava à venda. Foram dois dias de convencimento até que eu finalmente consegui comprar o coche”, explica Martins. “Não falei que o coche era para um filme e muito menos que ia ter que mexer na cor do coche. Se eu contasse, talvez ele desistisse de vender. Contei exclusivamente que eu precisava do coche porque tinha um parente que tinha tido um padrão igual”, continua.
Galerias Relacionadas
O Opel Kadett adquirido por Fábio, mas, era amarelo. Era preciso mudar a cor do coche para vermelho para permanecer igual ao que Rubens Paiva teve. Com a experiência de sua estação de mecânico, Martins desmontou o coche e contratou um pintor para empregar a novidade cor.
Foram sete meses em gravações, e o resultado não poderia ser melhor: Ainda Estou Cá já ganhou 38 prêmios até agora e está concorrendo em três categorias do Oscar: Melhor Filme, Melhor Filme Estrangeiros e Melhor Atriz. Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva, já ganhou o Mundo de Ouro de Melhor Atriz pela atuação.
O empresário, que acompanhou secção das gravações, ressalta que o trabalho de todos foi fundamental para o resultado do longa-metragem e que não esperava tanta repercussão.
“A gente não tem teoria do que ia se transformar aquele filme quando gravamos. Não imaginava em momento nenhum que daria essa explosão no mundo inteiro. O filme está sendo aclamado internacionalmente. Estou na torcida para ver o que vai rolar”, relata.
“Por trás, tem uma equipe gigantesca que trabalhou maravilhosamente. A turma fez de tudo para esse filme ser o que é, inclusive tem um pouco do meu trabalho ali”, finaliza.
Opel Kadett L Super 1968 tem motor 1.1 de 60 cv e 8,6 kgfm de torque
g1 | Rafael Leal
Fonte G1
