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Lançado no último dia 31, “Dragon Age: The Veilguard” encerra um hiato de mais de dez anos sem um lançamento da franquia pela Electronic Arts. E, para alegria dos fãs, trata-se do bom e velho “Dragon Age” de sempre.
A desfecho pode parecer óbvia, mas o título da tradicional série de RPG de fantasia medieval para um jogador esteve muito perto de se tornar alguma coisa completamente dissemelhante.
“Esse jogo teve um longo desenvolvimento. Passou por várias fases exploratórias diferentes, uma das quais incluiu alguns conceitos de multiplayer. Logo, o que me empolgou ao entrar foi essa teoria de trazê-lo de volta a um RPG fundamentado em grupo, para um jogador, offline”, conta a diretora Corinne Busche, que começou a trabalhar no game mais ou menos no meio do caminho entre os lançamentos de “Dragon Age: Inquisition” e “The Veilguard”.
Com 15 anos de experiência na indústria de videogames, Corinne ganhou da BioWare sua primeira chance na direção. Uma vez que capitã do projeto, ela recebeu a missão de redirecionar a rota do título para as origens da série e do próprio estúdio.
“É um jogo narrativamente rico, estratégico, real ao que Dragon Age é e ao que nós, porquê BioWare, fazemos. Nesse sentido, foi maravilhoso poder guiar o projeto através disso. Certamente um repto, mas não fugimos de desafios”, diz ela.
Criada em 1995, a BioWare rapidamente se especializou na geração de grandes jogos de RPG. A franquia “Baldur’s Gate”, por exemplo, foi criada em 1997 pelo estúdio, adquirido pela Electronic Arts em 2007.
Já sob o comando da publisher americana, a BioWare deu início a mais duas séries de RPG: “Mass Effect”, com ambientação espacial, e “Dragon Age”, com temática de fantasia medieval, inspirada no seu primeiro grande sucesso. Ambas foram muito recebidas pelos fãs, culminando na conquista do prêmio de Jogo do Ano por “Dragon Age: Inquisition”, no primeiro The Game Awards, em 2014.
Nessa quadra, porém, os jogos porquê serviço começavam a ser vistos porquê galinhas dos ovos de ouro da indústria de games. Com isso, a BioWare também decidiu entrar na vaga e o projeto para o quarto “Dragon Age” foi substituído para incluir aspectos multiplayer.
No entanto, depois de uma recepção negativa da sátira a “Mass Effect: Andromeda” (2017) e do fracasso de “Anthem” (2019), jogo de tiro multiplayer e grande aposta da EA em jogos porquê serviço, uma reviravolta aconteceu. A BioWare, com seu porvir ameaçado, passou por uma troca de liderança e decidiu apostar em um retorno às origens, começando por “Dragon Age”.
“Nosso mantra é que leste é um jogo sobre personagens. Elas são complexas, profundas e você acaba se envolvendo com elas. É uma das coisas que manteve os fãs engajados mesmo depois de todos esses anos”, afirma Corinne.
No game, além de novos personagens, os jogadores encontrarão velhos conhecidos. Caso do elfo Solas, que exerce um papel medial na história do novo título, dos simpáticos anões Varric e Lace Harding, e do charmoso mago Dorian.
Ainda que tenha se bem fortemente nos jogos anteriores da série, Corinne destaca que a franquia também é conhecida pelas transformações pelas quais ela passa a cada novo lançamento. E desta vez não será dissemelhante.
“The Veilguard” conta com um novo estilo de combate, com mais ação do que nos títulos anteriores, mas mantendo um pouco do paisagem tático do pretérito, com a possibilidade de pausar o jogo para dar comandos para os seus companheiros de proeza. Aliás, o jogo introduz gráficos mais estilizados dos personagens –um dos pontos criticados no lançamento pelos fãs, que esperavam uma direção de arte mais madura.
Uma das novidades que mais orgulham Corinne, porém, é o robusto sistema de geração de personagens. “Queríamos que os jogadores pudessem sentir que são Rook [nome do protagonista do jogo], mas também que eles são o Rook que querem ser, seja colocando-se no jogo ou criando uma versão idealizada de si mesmos. Nesse sentido, o pai de personagens, com sua robustez, realmente libera o potencial criativo dos jogadores e permite que eles se vejam no jogo”, diz.
Corinne sabe da valia de se ver representada. Pouco depois de entrar na BioWare ela passou por um processo de transição de gênero, o que ela qualifica porquê o maior repto da sua vida. “Eu diria que a vasta maioria das pessoas trans passa boa secção de sua vida em profunda reflexão, examinando quem são, o que é seu eu real, o que poderia valer viver de forma autêntica, qual seria o dispêndio disso. Era hora de eu viver.”
Ela lembra que antes de tomar essa decisão muitas dúvidas passaram pela sua cabeça. O que isso significaria profissionalmente? Ela seria aceita pelos colegas? Isso afetaria negativamente sua curso? Mas, felizmente, todo o paixão, escora e gentileza que ela recebeu da BioWare e de seus colegas fizeram com que seus medos fossem rapidamente superados.
“Eu sabia que estava pronta e estava disposta a enfrentar quaisquer consequências e repercussões que viessem junto com isso. E houve algumas. Mas isso liberou também uma enorme quantidade de alegria, uma alegria que eu não poderia ter previsto.”
Play
dica de game, novo ou vetusto, para você testar
Call of Duty: Black Ops 6
(PC, PS 4/5, Xbox One/X/S)
O novo título da mais muito sucedida franquia de jogos de tiro em primeira pessoa da história vem recebendo elogios da sátira por ter uma das melhores campanhas para um jogador dos últimos tempos. Ainda não fui muito longe no game, mas gostei do que vi até cá. Os controles são precisos e as fases estão mais rápidas, sem longos tiroteios que logo cansam o jogador. O melhor de tudo é que o jogo foi disponibilizado desde o lançamento no serviço de assinatura Xbox Game Pass. Se você é assinante, não tem motivos para deixar de testar.
Update
novidades, lançamentos, negócios e o que mais importa
- Em seguida o jogo “Concord” ter sido tirado de circulação, a Sony anunciou na última semana o fechamento do estúdio Firewalk, adquirido pela gigante japonesa em 2023 e responsável pelo game. O estúdio Neon Koi, comprado em 2022 e responsável pelo desenvolvimento de jogos mobile, também foi fechado, mas sem ter lançado nenhum jogo.
- O CWA (sindicato dos trabalhadores do setor de informação dos EUA) criticou o fechamento dos dois estúdios, afirmou o site Game Developer. Segundo a organização, a decisão mostra que a empresa procura monopolizar a indústria de videogames e que irá apresentar queixas às autoridades e órgãos reguladores.
- Durante apresentação dos resultados do primeiro trimestre do ano fiscal da Microsoft, o CEO Satya Nadella afirmou que o lançamento de “Call of Duty: Black Ops 6” foi o maior da história da franquia. Segundo o executivo, além de fustigar o recorde de assinantes do Xbox Game Pass, o lançamento resultou em incremento de 60% em relação ao ano anterior nas vendas de jogos da série na Steam e no PlayStation.
- A Activision Blizzard afirmou ao jornal The Washington Post que a franquia “Call of Duty” superou a marca de 500 milhões de jogos vendidos com o lançamento de “Black Ops 6”. Com isso, ela se torna a segunda maior franquia de games da história, detrás somente dos jogos de “Mario”, da Nintendo, com 880 milhões.
- Enquanto isso, funcionários do estúdio de controle de qualidade da Activision Blizzard em Minnesota, que trabalharam em “Black Ops 6”, fizeram um protesto contra a política de trabalho presencial da empresa. Segundo o sindicato lugar, até funcionários com recomendação médica para trabalhar de mansão foram obrigados a voltar ao escritório.
- A Electronic Arts anunciou um aumento de 15% nas suas vendas no último trimestre em relação ao mesmo período do ano pretérito. O resultado positivo foi atribuído pela empresa ao sucesso de suas franquias esportivas, em privativo a “EA Sports FC 25” e “EA College Football 25”.
- Os aguardados “Marvel’s Wolverine”, da Sony, e “Perfect Dark”, da Microsoft, passaram por uma dança de cadeiras, afirmou a newsletter Game File. Brian Horton, que havia sido anunciado porquê diretor criativo de “Wolverine”, deixou a função no meio do ano e assumiu o mesmo posto em “Perfect Dark”. No seu lugar, entra Marcus Smith, que trabalhou em “Ratchet & Clank: Rift Apart”.
- A Nintendo lançou um aplicativo de streaming de músicas de seus jogos. O app conta com centenas de músicas de games lançados pela empresa nos últimos 40 anos, mas não disponibiliza créditos dos compositores das canções. É necessário assinar o serviço Nintendo Switch Online para acessar o aplicativo.
- A Ubisoft lançou no último dia 23 seu primeiro jogo fundamentado em NFTs. O RPG tático “Champions Tactics: Grimoria Chronicles” é jogado com NFTs que representam pequenos bonecos virtuais. O preço desses bens digitais vão de US$ 6 (R$ 34,20) a US$ 56,7 milénio (R$ 323,22 milénio).
- A primeira edição do NewGame+, mostra de jogos LGBTQIA+ idealizada pela companhia White Wolfy, será realizada de 24 de novembro e 1º de dezembro no Sesc da Avenida Paulista. O evento terá ingressão gratuita e contará com 10 títulos de gêneros variados (5 brasileiros e 5 estrangeiros), entre eles “Abyss X Zero”, da Pixel Punk (de “Unsighted”).
Download
games que serão lançados nos próximos dias e promoções que valem a pena
6.nov
“Planet Coaster 2” (PC, PS 5, Xbox X/S)
“Run From Mummies” (PC, PS 5)
“TMNT Splintered Fate” (PC)
“Trash Goblin” (PC)
7.nov
“Death of the Reprobate” (PC)
“Magical Bakery” (PC, PS 5, Xbox X/S, Switch)
“Mario & Luigi: Brothership” (Switch)
“Metro Awakening VR” (PC, PSVR 2, Meta Quest)
“Mindlock – The Apartment” (Android, iOS)
“Sengoku Dynasty” (PC)
“Taiko No Tatsujin: Rhythm Festival” (PC, PS 5, Xbox X/S)
“Unrailed 2: Back on Track” (PC)
8.nov
“Atari 50: The First Console War” (PC, PS 4/5, Xbox One/X/S, Switch)
“Slitterhead” (PC, PS 4/5, Xbox One/X/S)
11.nov
“Everholm” (PC)
12.nov
“Farming Simulator” 25 (PC, PS 5, Xbox X/S)
“Tetris Forever” (PC, PS 4/5, Xbox One/X/S, Switch)
“The Rise of the Golden Idol” (PC, PS 4/5, Xbox One/X/S, Switch)