É Tudo Verdade 2024 Destaca Documentários Sobre Mulheres 20/03/2024

É Tudo Verdade 2024 destaca documentários sobre mulheres – 20/03/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

O festival É Tudo Verdade, maior evento talhado ao cinema documental no país, anunciou nesta quarta-feira (20) os títulos da edição deste ano, sua 29ª. Com 77 longas, médias e curtas-metragens, a programação começa em 3 de abril e se estende até o dia 14 do mesmo mês, em salas de São Paulo e do Rio de Janeiro, com ingressão gratuita.

Para a sinceridade carioca, o evento separou “Um Filme para Beatrice”, de Helena Solberg, única cineasta mulher do cinema novo, que lança um olhar para a própria curso a partir do feminismo e das mudanças no Brasil nas últimas seis décadas.

Na première paulistana, no dia 4, a britânica Clair Titley traz do Festival de Toronto o documentário “O Competidor”. A obra narra a história de Tomoaki Hamatsu, nipónico que passou 15 meses detido num pequeno apartamento, nu, incomunicável e com aproximação restringido a comida, diante das câmeras de um dos primeiros reality shows da televisão.

Ambos os filmes são dirigidos por mulheres, muito porquê a produção que vai fechar o É Tudo Verdade, “Luiz Melodia – No Coração do Brasil”, de Alessandra Dorgan. A poderoso presença feminina também se reflete no resto da programação, inclusive nas temáticas abordadas.

Na competição internacional de longas e médias, por exemplo, “Despensa de 71” falará sobre a primeira competição internacional de futebol feminino; “Diários da Caixa Preta” vai mostrar a luta da cineasta Shiori Ito para processar o varão que a estuprou, e “Mamãe Suriname” apresentará o dia a dia das mulheres surinamesas.

Na lado vernáculo, Fernanda Young, morta há cinco anos, será biografada por Susanna Lira, que divide os holofotes com outras diretoras mulheres, porquê Daniela Thomas, Sandra Corveloni e Bel Bechara.

“Felizmente essa é uma tendência contemporânea, e o festival espelha isso”, diz Amir Labaki, pai e curador do É Tudo Verdade, sobre a crescente presença das mulheres e de narrativas femininas no cinema mundial. “Oriente é um dos vetores mais fortes da seleção neste ano, apesar de não ter exatamente um eixo temático.”

Todos os anos, Labaki defende que a mostra de documentários, porquê o gênero exige, é um revérbero dos mais diversos assuntos que estão em tarifa mundo afora. Assim, é procedente que agora apareçam discussões ligadas a ameaças à democracia, movimentos migratórios, legado colonial e os direitos de populações negras e indígenas.

A Guerra da Ucrânia, também, volta a desabrochar em “Parentesco Indesejado” e “À Ourela da Guerra”. Há dois anos, “Navalny”, sobre o opositor de Vladimir Putin que foi encontrado morto na prisão no mês pretérito, era exibido no É Tudo Verdade meses antes de vencer o Oscar de melhor documentário. Mais recentemente, trechos do filme foram exibidos na cerimônia do Oscar.

Para Labaki, o indumentária de o título ter ganhado outros contornos em exclusivamente dois anos é uma “trágica reafirmação do poder do documentário”. “‘Navalny’ era um filme quando estreou, e é um outro filme hoje. É um exemplo simples do poder subestimado do gênero.”

Neste ano, porquê é de praxe, os premiados nas sinais competitivas serão levados à Ateneu de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood para crítica de seus membros, que podem indicá-los, logo, ao Oscar do ano que vem.

A programação também tem retrospectivas dedicadas a Thomaz Farkas, documentarista e pioneiro da retrato moderna no Brasil, e Mark Cousins, cineasta britânico que é habitué do festival e que, neste ano, venceu o desconforto de viajar de avião para vir ao Brasil pela primeira vez, para uma masterclass e um debate. Os 50 anos da Revolução dos Cravos e o centenário do documentarista americano Robert Drew também são lembrados.

Em São Paulo, os endereços que recebem as sessões gratuitas do É Tudo Verdade são o Espaço Itaú de Cinema – Augusta, a Cinemateca Brasileira, o Sesc 24 de Maio, o Instituto Moreira Salles e o Núcleo Cultural São Paulo. No Rio, as exibições acontecem no Estação Net Botafogo e no Estação Net Rio.

Belo Horizonte também participa por meio do programa de itinerância do festival, que terá detalhes divulgados em breve, e nove curtas da competição vernáculo serão disponibilizados online, no Itaú Cultural Play.

Confira, inferior, os longas que integram as sinais competitivas e, no site do festival, a programação completa.

Competição internacional de longas e médias

  • ‘Celluloid Underground’, de Ehsan Khoshbakht
  • ‘Cento e Quatro’, de Jonathan Schörnig
  • ‘Despensa de 71’, de Rachel Ramsay e James Erskine
  • ‘Corpo’, de Petra Seliškar
  • ‘Diários da Caixa Preta’, de Shiori Ito
  • ‘E Assim Começa’, de Ramona S. Diaz
  • ‘Mamãe Suriname – Seio Sranan’, de Tessa Leuwsha
  • ‘Mixtape La Pampa’, de Andrés di Tella
  • ‘O Mundo É Família’, de Anand Patwardhan
  • ‘O Relatório da Revolta de 1967’, de Michelle Ferrari
  • ‘Uma Estória Americana’, de Jean-Claude Taki e Alexandre Gouzou
  • ‘Zinzindurrunkarratz’, de Oskar Alegria

Competição brasileira de longas e médias

  • ‘Diamantes’, de Daniela Thomas, Sandra Corveloni e Beto Amaral
  • ‘Fernanda Young – Foge-me ao Controle’, de Susanna Lira
  • ‘Hoje É o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida’, de Bel Bechara e Sandro Serpa
  • ‘Inutensílios’, de Bruno Jorge
  • ‘Lampião, Governador do Sertão’, de Wolney Oliveira
  • ‘Tesouro Natterer’, de Renato Barbieri
  • ‘Verissimo’, de Angelo Defanti

Folha

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