Eduardo Paes Anuncia Desapropriação De Terreno Da Caixa Para Construção

Eduardo Paes anuncia desapropriação de terreno da Caixa para construção de estádio do Flamengo – 23/06/2024 – Esporte

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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), anunciou neste domingo (23) a desapropriação de um terreno na zona portuária da cidade para a construção do estádio do Flamengo. A espaço pertence a fundo dirigido pela Caixa Econômica Federalista com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

A medida é mais um capítulo da romance que se arrasta por mais de dois anos de negociação entre o clube rubro-negro e a Caixa para obtenção do terreno. Paes já havia mencionado a intenção de tomar a espaço no termo de maio. A decisão será publicada no Quotidiano Solene do município desta segunda-feira (24).

“A diretoria do Flamengo vinha buscando soluções junto à Caixa para comprar a espaço do Gasômetro. A falta de evolução nas conversas me fez intervir para que um espaço, que hoje é inútil para a cidade, se torne uma espaço onde serão realizados jogos de futebol e grandes eventos. O novo estádio ajudará a desenvolver a região portuária”, afirmou Paes.

Em nota, o Flamengo agradeceu ao prefeito e ao deputado Pedro Paulo (PSD), que participou das negociações, pela decisão.

“A diretoria do Flamengo tem plena consciência da influência desta obra tanto para o nosso clube uma vez que também para a revitalização de uma das mais tradicionais áreas de nossa cidade. Nosso projeto prevê um enorme investimento financeiro no sítio, capaz de ajudar na transformação de toda a região do entorno do novo estádio, valorizando em muito a espaço e entregando para a nossa cidade um novo e moderno espaço, tanto de entretenimento quanto mercantil”, afirma a nota do clube.

O prefeito afirmou que o terreno será repassado por meio de desapropriação por hasta publica, instrumento recém regulamentado na cidade em que o município leiloa um terreno privado para a realização de um projeto voltado ao desenvolvimento urbano de uma região.

Uma das exigências será a construção de um meio de convenções no estádio, muito uma vez que o desenvolvimento de um projeto urbano.

O torneio, a rigor, não é direcionado para o Flamengo. Mas o clube rubro-negro já tem um projeto para espaço discutido com a prefeitura.

“O Flamengo está convicto de que não pode fazer simplesmente um estádio, mas sim uma espécie de província do futebol, com outros serviços. Eles estão completamente abertos às exigências dos encargos”, disse o deputado federalista Pedro Paulo (PSD), que participou das negociação.

O valor inicial do leilão será entre R$ 140 milhões e R$ 176 milhões. A base da avaliação foi o preço pago pela prefeitura pela desapropriação de segmento da espaço para a construção do Terminal Gentileza, próximo ao sítio. É menor, porém, que os R$ 240 milhões avaliados pela Caixa.

A obtenção do terreno para a construção do terminal gerou uma ação judicial do fundo gerido pela Caixa e a prefeitura. Pedro Paulo ironizou a possibilidade de empecilhos judiciais ao projeto.

“Estou doido para ver o Lula ou o Arthur Lira, que manda na Caixa, entrarem com uma ação contra o Flamengo. Vão competir com 25% dos torcedores do país e metade do Rio de Janeiro”, disse o deputado.

A discussão sobre o estádio ganhou contornos políticos com a aproximação da eleição municipal. Dirigentes do Flamengo vêm tentando associar seu nome ao projeto de olho na disputa por uma vaga na Câmara Municipal.

Pedro Paulo, por sua vez, é um dos mais cotados para ocupar a vice na placa de Paes. O posto é concorrido porque há expectativa de que o prefeito, caso reeleito, renuncie para disputar o governo estadual em 2026, deixando o comando da cidade para o vice.

O governador Cláudio Castro (PL), por sua vez, já externou preocupação com o impacto de um novo estádio do Flamengo sobre a utilização do Maracanã. Um consórcio formado por Flamengo e Fluminense venceu a licitação para gerir o estádio, palco de duas finais de Despensa do Mundo, por 20 anos.

“Temos um ponto positivo e outro negativo. Eu acho que o Rio de Janeiro precisa de pelo menos mais um estádio de médio a grande porte. Quando você faz um estudo, entendemos que o Maracanã é o estádio que tem mais jogos no mundo. Portanto, está evidente que o Rio precisa de mais um equipamento esportivo”, afirmou o governador.

“Mas, temos que ter desvelo para que o Maracanã não vire um novo Mineirão ou Pacaembu, que se tornaram verdadeiros elefantes brancos. Portanto, precisamos ter um protótipo de negócio que nos atenda e não prejudique o Maracanã, que é tão importante para o Rio de Janeiro.”

Folha

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