Ellen Degeneres Reflete Sobre Machismo Na Netflix 28/09/2024

Ellen DeGeneres reflete sobre machismo na Netflix – 28/09/2024 – Televisão

Celebridades Cultura


The New York Times

É preciso uma ousadia peculiarmente moderna (ou falta de noção) para proferir —em um privativo da Netflix— que você foi expulsa do show business.

Para ser justa, pode parecer assim para Ellen DeGeneres, 66, tal qual programa diurno de sucesso, “Ellen”, terminou em 2022, pouco depois de relatos afirmarem que havia um envolvente de trabalho tóxico. Isso seguiu anos de pessoas online apontando que ela não era tão amigável quanto sua persona na televisão sugeria.

Deixar um talk show de sucesso e ultimar no maior serviço de streaming do mundo não é a pior troca, mas hoje em dia, todos recebem 15 minutos de notabilidade e uma hora de notoriedade na cultura do cancelamento. DeGeneres lida com a sua com uma indiferença pontual e ligeiro sarcasmo, dizendo em seu novo privativo que foi expulsa do show business porque era má.

“Você não pode ser mau e estar no show business”, ela acrescenta secamente. “Não há pessoas más no show business.” Logo ela faz uma pausa somente o suficiente para o público registrar o contra-senso, mas não por tempo demais para testar sua paciência. “Estou fora”, ela murmura.

Nossa cultura impulsionada pelas redes sociais incentiva uma simpatia falsa, mas torna difícil manter essa frontispício. DeGeneres, que pregava a misericórdia em seu talk show, há muito tenta evadir dessa embuste da gentileza.

Seu privativo anterior, “Muito Relacionada”, a posicionou porquê o tipo de pessoa que não quer segurar seu bebê porque isso estragaria seu suéter. Essa prolongação, “For Your Approval”, que estreou nesta semana, mistura piadas observacionais com um estilo recém-confessional.

Aprendemos sobre seu transtorno obsessivo-compulsivo e TDAH, sua artrite e negligência na puerícia e porquê sua premência de aprovação prejudicou sua saúde mental. É um autorretrato bagunçado e revelador cujas piadas leves mascaram um tom mais pesado. Em uma velha tática para invocar atenção, ela diz que oriente será seu último privativo, mas é difícil confiar (lembra quando Hannah Gadsby se aposentou?).

Uma das comediantes mais talentosas e discretas que já pegou um microfone, DeGeneres faz segmento da árvore genealógica dos pausadores pacientes porquê Jack Benny e Bob Newhart. Ela ainda tira muito de pouco. Quem mais recebe aplausos por uma piada modesta sobre o freio de mão?

DeGeneres é uma comediante muito melhor do que atriz. Você vê isso em uma sinceridade desnecessária que a mostra nos bastidores cercada por manchetes raivosas e destaques de sua curso. Ela vê uma imagem de sua sitcom e portanto dá um sorriso experiente, porquê se estivesse agradavelmente surpresa ao vê-la.

É um gesto brega, mas não subestime esses. DeGeneres construiu uma enorme base de fãs na televisão diurna em segmento porque é hábil em gerar intimidade com a câmera, fazendo com que se apresentar para uma povaléu pareça uma sarau de jantar.

Mas em seu stand-up, ela aparece porquê uma figura mais paradoxal: calma, mas neurótica, contente, mas também assombrada, amiga generalidade e superestrela estranho. O que a ancora são seus instintos cômicos confiáveis e seu timing. Ela está no seu melhor quando se inclina para sua irritabilidade. Ela diz que as pessoas apreciam quando você diz que um pouco está recluso nos dentes delas, mas “logo que você diz a alguém que todas as suas histórias deveriam ser 50% mais curtas…”.

Logo ela para e permite que você considere a especificidade desse ponto. Parece verídico. Vestida com tênis, calças de terno elásticas e um relógio de semblante rostro, DeGeneres quer parecer generalidade dizendo que não gosta de zero mais do que usar calças de moletom em vivenda. Mas, quando ela ilustra o ponto dizendo que se recusou a ir a uma sarau de jantar com Mick Jagger, você percebe o limite de quão relacionáveis suas piadas podem ser.

Tornar-se uma apresentadora de talk show quotidiano mega famosa pode mudar uma pessoa. É um ponto que ela traz. “Quando estou em uma sarau e falo com alguém por mais de cinco minutos, tenho a vontade de proferir: ‘Desculpe, precisamos fazer uma pausa’.” Em uma entrevista oriente ano, Conan O’Brien disse quase a mesma coisa para mim (a versão dele era uma tentação de proferir: “Vamos fazer uma pausa e já voltamos”).

Deixar essa rotina pode dar alguma perspectiva. A seção mais perspicaz de DeGeneres não é quando ela finge ser porquê você, mas quando explora ser uma gerente. Nenhuma figura cultural ganha menos simpatia, o que é segmento da razão pela qual essa seção do privativo se destaca porquê tão fresca. Você não ouve esse ponto de vista nas redes sociais tanto assim. DeGeneres diz que era uma gerente imatura, inadequada para o trabalho. Mas ela acrescenta que há uma expectativa de que as chefes mulheres ajam de maneira dissemelhante dos homens.

Isso leva a um grande oração no privativo que parece um solilóquio dramático no final de um filme candidato ao Oscar, no qual ela se descreve em toda a sua dificuldade antes de aumentar abruptamente: “Sou uma mulher poderoso”.

Isso provoca uma resposta estrondosa. Em um momento em que a América está prestes a sentenciar se elegerá sua primeira presidente mulher, alguns podem até detectar um subtexto político cá, uma esperança de que julguemos a mando feminina com tanta dificuldade quanto julgamos a dos homens.

Você poderia ver isso porquê DeGeneres mudando de objecto ou evitando a responsabilidade. Mas isso não significa que ela não esteja certa.

Os homens são ensinados a serem confiantes de uma maneira que as mulheres não são, ela diz, e ilustra isso dizendo que você só vê homens, no meio de qualquer envolvente, praticando um swing de golfe imaginário. É uma piada que evoca, entre outras coisas, Johnny Carson, o padrão ouro em simpatia de talk show cuja imagem pública foi cuidadosamente cultivada e que se beneficiou de uma era da mídia em que era mais fácil projetar um ar de mistério.

“For Your Approval” começa com uma cena sonhadora no camarim de DeGeneres enquanto ela olha para um espelho mostrando uma versão mais jovem de si mesma contando piadas no Tonight Show de Carson. Um piano melancólico toca. A melancolia continua surgindo. Em um interlúdio sério que se destacou entre muitas referências que ela faz a se importar com o que os outros pensam dela, ela diz que no show business você deve se importar, porque “é a única moeda real”.

Eu acredito que ela acredita nisso. Popularidade e porquê as pessoas te veem claramente importam muito. Mas há outras moedas para medir o sucesso: uma piada muito contada, a satisfação de um pensamento perfeitamente expresso.

DeGeneres teve uma curso notável e pioneira, mas um de seus maiores legados —ter seu personagem na sitcom, essencialmente um avatar dela, saindo do armário nos anos 1990— levou a uma queda na audiência do programa e, em última estudo, ao seu cancelamento. Exclusivamente uma visão de mundo condenada vê isso porquê fracasso.

Ela provavelmente entende isso. Mas você ouve mais nas piadas do que nas partes sérias, as frases de efeito sobre as pequenas mentiras que contamos a nós mesmos. “Eu costumava proferir que não me importava com o que as pessoas pensavam de mim”, ela diz ironicamente. “Olhando para trás, percebi que disse isso no auge da minha popularidade.”

Folha

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