Empreendedoras Gastam 3 Vezes Mais Tempo Que Homem Em Serviços

Empreendedoras gastam 3 vezes mais tempo que homem em serviços de casa

Brasil

Para 80% das mulheres empreendedoras do estado do Rio, os cuidados com os filhos são a principal influência ao determinar transfixar a sua empresa. Esse percentual cai para 51% quando perguntado para os homens. Para 5% das mulheres influenciou um pouco e 16% consideram que não teve interferência nessa decisão.

Em conferência aos homens, as mulheres empreendedoras gastam quase três vezes mais tempo quotidiano com a família e serviços domésticos. Por terem que dispender mais tempo cuidando da lar e da família do que os homens, 66% das mulheres acreditam que enfrentam mais dificuldades para ter um negócio do que os homens. É uma sensação que 48% dos homens compartilham. 

As informações estão na pesquisa Características dos Empreendedores: Empreendedorismo Feminino, do Serviço Brasílio de Pedestal às Micro e Pequenas Empresa (Sebrae), feita com base em dados disponibilizados pela Pesquisa Vernáculo por Exemplar de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasílio de Geografia e Estatística (IBGE).

No Rio de Janeiro, quando uma mulher resolve transfixar um negócio, pais, clientes, fornecedores e cônjuges são os principais incentivadores. No caso dos homens, amigos, consorte e clientes e fornecedores são os que mais orientam na lhaneza do negócio. Em relação a manter o negócio, homens e mulheres recebem mais incentivos dos seus cônjuges.

Estabilidade

“A pesquisa reforça o que ouvimos em rodas de conversa e em nossas capacitações. As mulheres possuem uma dupla jornada de trabalho e procuram lastrar com maestria tudo o que fazem. Apesar das dificuldades, a família é um dos pilares dos seus negócios e a força que elas precisam para continuar em frente”, afirma Carla Panisset, gerente de Empreendedorismo Social do Sebrae Rio.

“São as mulheres quando os filhos necessitam, ou a lar necessita que se abandone as tarefas da empresa são elas que abandonam. Menos de 40% dos homens o fazem. Assim, as duas maiores dificuldades têm a ver com a partilha das tarefas domésticas e a autoestima e liderança primeiro dos negócios.”

Em relação ao preconceito de gênero, 83% das mulheres acreditam que não sofreram ao longo da curso, enquanto 17% já sofreram preconceito por ser mulher no seu negócio. Já em relação de presenciar essa situação com outras mulheres, 55% não viram, 42% assistiram e 3% não sabem opinar

“No que diz saudação à crédito e segurança de si enquanto donos de negócios, os homens apresentam melhor desempenho que as mulheres. Entretanto, a pesquisa indica que elas são mais dispostas a buscar ajuda quando se sentem ansiosas e angustiadas. Dentro do Sebrae, as mulheres são as que mais procuram escora para os seus negócios. Elas são resilientes, não desistem, constroem, buscam se apurar e buscam conhecimento”, disse Carla.

Apesar dos desafios e da desigualdade ainda existente no mundo empreendedor, muitas mulheres encontram no empreendedorismo a única selecção de conciliar a geração de renda e zelo com seus familiares. “A urgência de cuidar dos filhos e de estar perto de suas famílias influenciou mais as mulheres: 68% das empreendedoras dizem que consideraram isso para transfixar seus negócios. Em relação aos homens esse número é de 56%. Empreender é sim uma selecção de gerar renda e cuidar dos que estão próximos.”

Mães empreendedoras - Personagem: Marianna da Silva Macedo. Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
Mães empreendedoras - Personagem: Marianna da Silva Macedo. Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

Marianna com os filhos. Foto:  Registo pessoal/Divulgação

Pensando estar mais próxima dos dois filhos pequenos, Marianna da Silva Macedo, moradora da zona setentrião do Rio de Janeiro, começou a empreender com bolos e doces para festas. Ela conta que trabalhava com carteira assinada e começou a fazer doces porquê hobby. “Em 2020, veio minha filha mais novidade que é neuroatípica. Foi quando começaram a vir os diagnósticos e eu precisei me ausentar com frequência do meu trabalho, e acabei sendo desligada. E aí a confeitaria foi minha principal manancial de renda e é assim até hoje”.

Segundo ela, o mercado de trabalho é mais difícil para mães com filhos pequenos. “A saída que eu tive foi continuar empreendendo. Uma vez que repto ela aponta que sua agenda de trabalho fica refém da demanda dos filhos. “Fico sozinha com eles em tempo integral. Só à noite é que tenho um respiro, que é a hora que consigo produzir. Meu marido fica com as crianças. Deixo tudo organizado de comida, banho, medicações, para ele olhar as crianças e eu conseguir dar conta da produção.”

Apesar dos desafios do empreendedorismo, Marianna diz que não troca sua vida atual pela segurança de um trabalho com carteira assinada. “Segurança nenhuma paga ‘eu escoltar o desenvolvimento e o propagação’ dos meus filhos.”

Vanessa Ribeiro tem um salão de formosura em Novidade Iguaçu, na Baixada Fluminense. É formada em engenharia social, mas optou por empreender, porque tem uma filha de 4 anos e está prenhe de um menino. “Ser empresária, apesar de ter bastante trabalho, a gente consegue governar o tempo para permanecer mais com a família e com os filhos. Tenho meu dia de folga individual com a minha filha, tenho os meus dias de atendimento na secção da tarde. Consigo destinar tempo também para a minha lar.”

Joyce Dias tem um salão de formosura, em Comendador Soares, na Baixada Fluminense, e passou a empreender para cuidar do fruto autista de 8 anos. “Desde que eu tive meu fruto, tive que reprofundar nesse universo de uma forma mais profunda porque eu não tive mais tempo de trabalhar fora. O meu fruto faz terapias, ele estuda. Sou dona de lar também. Preciso conciliar meu tempo com as atividades do meu fruto e o meu trabalho. Trabalho muito para sustentá-lo, principalmente finais de semana. Sou casada. Ele não é o pai biológico, mas me ajuda no que pode.”

Fonte EBC

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