Empreendedorismo feminino: informalidade desafia políticas públicas

Empreendedorismo feminino: informalidade desafia políticas públicas

Brasil

Na vendinha de frutas na porta de mansão, no carrinho de pipoca em frente à igreja, com as  roupas e perfumes no porta-malas do carruagem, no salão de cabeleireiro que abriu no quintal. Na rotina, mulheres empreendedoras informais estão com um olho no porvir, de uma vez que fazer melhorar o negócio que criou para si, e com o outro atentas ao relógio para não atrasar no horário em que a moçoilo sai da escola.

De pacto com pesquisadoras e gestores públicos, o empreendedorismo feminino é tocado por mães (70%), tem faturamento médio de aproximadamente R$ 2 milénio  e uma situação de informalidade que desafia as políticas públicas no país. Nessa terça (18), o governo promoveu o quadro “Vozes do Empreendedorismo Feminino: Conectando Saberes e Ações” e ouviu de especialistas e autoridades que o caminho de facilitar linhas de crédito e possibilitar capacitação são fundamentais para efetivamente melhorar o cenário. 

Mazelas

A professora Daiane Batista, da Universidade Federalista da Bahia (UFBA), é pesquisadora do tema “Trajetórias de vida e negócios das pessoas negras no Brasil”. Ela foi uma das conferencistas do evento. “A gente identifica todas essas mazelas no processo de empreender das mulheres”. Para Daiane, uma das principais motivações é que a maioria das mulheres procura empreender porque foi oprimida no trabalho formal.

As mulheres empreendem também, segundo a pesquisadora, porque são mães e precisam de mais tempo para cuidar dos filhos. “Elas têm essa percepção de que a flexibilidade do empreender vai possibilitar mais desvelo com os filhos”.


Brasília (DF), 18/03/2025 - Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, participa do painel
Brasília (DF), 18/03/2025 - Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, participa do painel

Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, participa do quadro “Vozes do Empreendedorismo Feminino: Conectando Saberes e Ações”, uma vez que secção das celebrações do Dia Internacional da Mulher, Foto Antônio Cruz/Escritório Brasil

Entre as considerações, Daiane Batista lembra que as mulheres negras, que são a maioria da população do Brasil, em termos percentuais, estão em mais condições de informalidade e com negócios que são abertos nas próprias residências.

“As empreendedoras precisam, o tempo todo, acionar a própria originalidade e edificar soluções para conseguir viabilizar a sua iniciativa sem verba”.

Motivações 

Outra pesquisadora, Caroline Moreira de Aguiar, líder das áreas de ensino e projetos do Instituto da Rede Mulher Empreendedora, apresentou, nessa terça, uma pesquisa pátrio que mostra alguns dos desafios pelos quais passam mulheres para empreender. Chegada a crédito e gestão financeira continuam sendo os desafios principais de gestão desse negócio que a pesquisa identificou. 

A dificuldade de lastrar a vida pessoal e profissional também impacta os negócios. Um oferecido é que, dentro da exemplar pesquisada (de 2.010 pessoas), mais de 70% eram mães. 

“Elas começam a empreender motivadas pela pós-maternidade, ou porque saíram do mercado de trabalho, ou porque veem no empreendedorismo uma forma de ter flexibilidade de horário”, explica 

 Outro fator que a pesquisa indicou é que mulheres, independentemente de serem mães, também são as pessoas que cuidam tanto de idosos, de outras pessoas, cuidam da mansão.

“O que a gente tem percebido é que a gestão do negócio se soma a todas essas outras jornadas de desvelo”. Por isso, tem poucas horas do dia para governar “todas essas jornadas de trabalho, que a gente labareda de jornada dupla e tripla”.

Ela diz que as mulheres começam a empreender sem nenhum investimento financeiro. “Muitas vezes, com recursos próprios e até mesmo dentro da rede de escora que têm”. 

Outro oferecido que a pesquisa mostra é que esses faturamentos não ultrapassam muito os R$ 2 milénio. “Ela acaba ficando naquela situação onde tudo que fatura, basicamente, coloca de novo no negócio, fazendo com que essa iniciativa não cresça. Portanto, ela se mantém quase estagnada”.

A pesquisa ainda mostra que as dificuldades são maiores para mulheres pretas e pardas. “Em universal, elas se sentem mais sobrecarregadas”.

“É para sobreviver”

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, diz que as empreendedoras criam negócios para sobreviver.

“Precisamos fazer com que as mulheres empreendedoras tenham chegada às finanças e a todos os recursos, e ainda possam vender os produtos delas nos mercados (internos e até externos).


Brasília (DF), 18/03/2025 - Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, participa do painel
Brasília (DF), 18/03/2025 - Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, participa do painel

Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, participa do quadro “Vozes do Empreendedorismo Feminino: Conectando Saberes e Ações”, uma vez que secção das celebrações do Dia Internacional da Mulher. Foto Antônio Cruz/Escritório Brasil

Segundo Cida, o governo federalista tem investido recursos para que as mulheres possam produzir seus próprios negócios e ter qualificação com diversos parceiros nos estados, nos municípios e com escora do Executivo.

Para ela, as desigualdades estabelecidas no país são os grandes desafios. “As mulheres da região amazônica têm um duelo, do Nordeste têm outro. Quilombolas e indígenas, outros Onde houver desigualdade, é o lugar que precisamos investir”, acrescentou.

Crédito federalista

O secretário executivo do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Tadeu Alencar, considera que o decreto com a Estratégia Pátrio do Empreendedorismo Feminino foi um passo importante para facilitar o chegada de mulheres empreendedoras. Confira a legislação.

Alencar citou o financiamento Procred 360, que faz secção do programa Acredita. Trata-se de uma traço de crédito oferecida pelos bancos públicos, pelas cooperativas e por instituições financeiras privadas  que oferecem a possibilidade de financiamento de 30% do faturamento no treino anterior.

Ofertas para mulheres

“Quando se trata de empresas dirigidas por mulheres, lideradas por mulheres, esse percentual aumenta para 50%, o que permite que também as ofertas de financiamento de crédito às mulheres possam ser prestigiadas”, diz o secretário.

Esse valor é aplicado a empresas microempreendedoras individuais e microempresas que têm faturamento de até R$ 360 milénio. Para ele, grupos minoritários precisam de atenção, uma vez que as mulheres quilombolas, indígenas, da zona rústico, da cultivação familiar, e das periferias possam ter chegada. 

O ministro chamou a atenção para o traje de que, em universal, a oferta de crédito para as mulheres é sempre muito menor. 

“Quando se vai fazer a avaliação de risco de crédito, geralmente se pensa que as mulheres têm menos proteção para honrar os seus pagamentos. O que a gente vê na prática é que as mulheres são muito melhor pagadoras do que os homens”, afirmou.

Fonte EBC

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