Emprego No Comércio Levou 3 Anos Para Retomar Nível Pré Pandemia

Emprego no comércio levou 3 anos para retomar nível pré-pandemia

Brasil

As empresas do setor de transacção no Brasil precisaram de 3 anos para retomar o nível de tarefa pré-pandemia da covid-19. A constatação está na Pesquisa Anual de Transacção, divulgada nesta quinta-feira (25), pelo Instituto Brasiliano de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento traz dados de 2022, quando o transacção brasílio empregou 10,3 milhões de pessoas. Esse número supera em 157,3 milénio o efêmero de 2019, último ano antes da pandemia surgir. O ponto supremo da série iniciada em 2007 é 10,6 milhões, em 2014.

“Estamos longe do valor da máxima histórica, mas houve propagação, depois de 2020, em todos os anos, aumento do número de pessoas ocupadas”, avalia o pesquisador do IBGE Marcelo Miranda Freire Melo.

Lojas reabertas no Shopping Light após início da fase de transição do Plano São Paulo para combate à covid-19, que permite o funcionamento das lojas de shopping centers das 11h às 19h.
Lojas reabertas no Shopping Light após início da fase de transição do Plano São Paulo para combate à covid-19, que permite o funcionamento das lojas de shopping centers das 11h às 19h.

Pesquisa foi feita com empresas do transacção varejista, transacção por atacado e transacção de veículos, peças e motocicletas – Rovena Rosa/Filial Brasil

A pesquisa é feita com empresas de 22 setores de três grandes segmentos: transacção varejista, transacção por atacado e transacção de veículos, peças e motocicletas.

O instituto explica que a diferença entre varejo e atacado é o orientação da venda. No varejo, a finalidade é o uso pessoal e doméstico; enquanto no atacado, outras empresas e órgãos da gestão pública.

O transacção varejista é o carro-chefe na ocupação de trabalhadores, com 7,6 milhões de empregos em 2022. O atacado responde por 1,9 milhão, o maior da série histórica, e o transacção de veículos automotores, peças e motocicletas emprega 846,2 milénio.

O segmento que mais emprega individualmente é o de hiper e supermercados, com 14,8% dos ocupados, o que equivale a 1,5 milhão de pessoas.

Termômetro do PIB

A pesquisa identificou 1,4 milhão de empresas que operam em 1,6 milhão de endereços. Essas companhias tiveram receita líquida operacional de R$ 6,7 trilhões. Elas apresentaram um valor adicionado bruto de R$ 1,1 trilhão – esse montante representa o quanto contribuíram para o Resultado Interno Bruto (PIB, conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país).

A maior secção da receita (51%) foi gerada pelo transacção por atacado, seguido pelo transacção varejista (40,2%) e pelo transacção de veículos, peças e motocicletas (8,8%).

O IBGE considera que a atividade mercantil é um importante termômetro da economia, pois “tende a repercutir os ciclos das atividades econômicas, particularmente as variações na renda das famílias e nas condições de oferta de crédito”.

Remuneração

Dinheiro
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Trabalhadores em empresas de transacção em 2022 receberam R$ 318 bilhões em salários – Marcello Parelha JrAgência Brasil

As 10,3 milhões de pessoas que trabalhavam em empresas de transacção em 2022 receberam R$ 318 bilhões em salários e outras remunerações. O IBGE mede o salário médio do setor em salário mínimo. Em 2022, o indicador chegou a dois salários mínimos, um recorde da série histórica. Entre o início da série e 2021, havia variação entre 1,8 e 1,9 salários mínimos.

A explicação para o recorde foi o propagação do salário médio pago no segmento de transacção de veículos, peças e motocicletas, o único dos três grandes setores a ter aumento de 2021 para 2022. “Esse valor influencia o resultado do transacção porquê um todo”, assinala o pesquisador do IBGE.

O transacção por atacado apresentou o maior salário médio (2,9 salários mínimos) em 2022, seguido pelo transacção de motocicletas, peças e veículos (2,3) e pelo transacção varejista (1,7).

Transacção virtual

Brasília (DF) 24/01/2022 – Unidade de distribuição dos Correios em Brasília.
 Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Brasília (DF) 24/01/2022 – Unidade de distribuição dos Correios em Brasília.
 Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Aumento do transacção virtual aconteceu em todos os segmentos do varejo – Foto: Joédson Alves/Filial Brasil

A pandemia da covid-19, que impôs restrições sanitárias em todo o país, porquê isolamento social e lockdowns, que provocaram mudanças profundas na atividade econômica, é refletida, conforme deixa explícito o estudo do IBGE, nos números do transacção virtual.

O instituto identificou um propagação no número de negócios que adotaram o transacção pela internet, seja por sites, redes sociais, aplicativos ou WhatsApp. O número passou de 1,9 milénio em 2019 para 3,4 milénio em 2022, acréscimo de 79,2%.

O aumento aconteceu em todos os segmentos do varejo. A pesquisa revela ainda que em 2019, 4,7% das empresas de transacção varejista vendiam pela internet. Em 2022, o percentual alcançou 8%.    

Apesar de mais empresas aderirem ao transacção virtual, o IBGE constatou que houve um recuo no percentual da receita bruta do varejo na forma de comercialização pela internet no último ano investigado pela pesquisa. Em 2019, o patamar era de 5,3%, que chegou a 9,1% em 2021, antes de tombar para 8,4% em 2022.

Segundo o pesquisador do IBGE Marcelo Melo, a queda do último ano não é um indicativo de que a comercialização pela internet, necessariamente, caiu.

“É um indicativo de que as pessoas voltaram também a comprar os produtos de forma presencial”, explica.

“Uma vez que a gente está lidando com valor percentual de participação, se esse percentual cai não significa que a atividade caiu propriamente dita”,observa. Na opinião de Melo, o transacção pela internet é “uma tendência que veio para permanecer”.

Regiões

A ampla reparo do IBGE sobre as empresas de transacção mostra que o Sudeste lidera o setor em receita bruta de revenda, número de unidades locais, pessoal ocupado e remunerações. Em seguida aparecem as regiões Sul, Nordeste, Meio-Oeste e Setentrião.

O Sudeste representava 50,6% do pessoal ocupado em 2022 e 54,6% do totalidade de salários e outras remunerações. Na outra ponta, o Setentrião era responsável por 3,5% das vagas e 3,2% do quantia recebido pelos trabalhadores.

O Sudeste era também a única região com salário médio supra da média pátrio, de dois salários mínimos. As empresas de transacção da região pagavam 2,1 salários mínimos. No piso do ranking figurava o Nordeste, com média de 1,5 salário mínimo. O Sul registrou remuneração média de dois salários mínimos, supra do Meio-Oeste (1,9) e do Setentrião (1,8).

Estados

Ao fazer uma estudo dos últimos dez anos, pausa de tempo para, segundo o IBGE, identificar mudanças estruturais, duas Unidades da Federação (UF) experimentaram alterações de destaque no ranking de receita bruta de revenda.

O Rio de Janeiro deixou a terceira posição que ocupava em 2013 e aparece na sexta colocação em 2022, com 6,2% de participação, na presença de 8,4%. O motivo principal para essa queda foi a perda de relevância da atividade de transacção de veículos.

O pesquisador Marcelo Melo lembra que nos últimos anos o Rio de Janeiro sofreu uma crise econômica, o que pode ser uma explicação para a perda de participação. “Isso pode gerar impacto no transacção da região”, avalia.

No outro extremo, o Mato Grosso saltou do 11º para o sétimo lugar no mesmo período. O destaque no estado foi o transacção por atacado.

O pesquisador Marcelo Melo faz a salvaguarda de que a mudança de posição no ranking de participação não significa necessariamente que o transacção de uma UF está caindo, e o de outra está crescendo. “Isso é participação no totalidade. Pode valer que um estado está crescendo em velocidade maior que outros”, explica. 

São Paulo (28,6% de participação), Minas Gerais (10%), Paraná (8,2%), Rio Grande do Sul (6,8%) e Santa Catarina (6,5%) lideraram a fileira em 2022.

Brasília (DF), 24.07.2024 - Arte para a maéria sobre comércio. Arte/Agência Brasil
Brasília (DF), 24.07.2024 - Arte para a maéria sobre comércio. Arte/Agência Brasil

Arte/Filial Brasil

Fonte EBC

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