Empresas Deep Techs Reúnem Especialistas E Alta Tecnologia

Empresas deep techs reúnem especialistas e alta tecnologia

Brasil

O que uma empresa de produção de proteínas, uma trabalhador de biopolímeros, um aplicativo para monitorar a saúde dos pacientes e uma startup de engenharia aerospacial têm em generalidade? Uma estudo superficial do negócio de cada uma poderia levar à falsa desenlace de que elas não teriam muito em generalidade.

Mas todas elas são empresas novatas inovadoras, envolvem produtos ou serviços de subida tecnologia, foram fundadas por cientistas e têm, entre seus funcionários, profissionais altamente especializados.


São José dos Campos (SP) 03/12/2024 - O gerente de Inovação do Sebrae, Paulo Renato Cabral, no lançamento do edital Catalisa ICT, para deep techs, startups de alta tecnologia que trabalham com pesquisa e inovação complexas, na Conferência Anprotec 2024, no Parque de Inovação Tecnológica (PIT). Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
São José dos Campos (SP) 03/12/2024 - O gerente de Inovação do Sebrae, Paulo Renato Cabral, no lançamento do edital Catalisa ICT, para deep techs, startups de alta tecnologia que trabalham com pesquisa e inovação complexas, na Conferência Anprotec 2024, no Parque de Inovação Tecnológica (PIT). Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

São José dos Campos (SP) – O gerente de Inovação do Sebrae, Paulo Renato Cabral, no lançamento do edital Catalisa ICT – Foto Fernando Frazão/Filial Brasil

Isto é, são secção de um grupo chamado de deep techs. “Deep tech é tecnologia profunda. São empresas de subida tecnologia que, geralmente, para serem criadas, necessitam de conhecimento muito profundo, específico, numa extensão da ciência, porquê química, física, biologia, matemática, engenharia. Geralmente exigem, no seu corpo, mestres, doutores, pesquisadores para desenvolverem, por exemplo, fármacos, computação, robótica, perceptibilidade sintético”, explica Paulo Renato Cabral, gerente de inovação do Serviço Brasílio de Pedestal à Mucro e Pequena Empresa (Sebrae).

É o caso da Lookinside, empresa criada pelo médico Hermílio Roble, que desenvolveu um aplicativo de telemedicina para facilitar diagnóstico de pé diabético e evitar amputações.

“Infelizmente, a gente tem pacientes diabéticos sendo amputados todos os dias no Brasil. E isso é prevenível, às vezes, quando a detecção é precoce. O paciente pode tirar uma foto do próprio pé e responder a algumas perguntas. As imagens chegam a um profissional de saúde que vai determinar e fornecer um relatório. E a gente está potencializando isso com perceptibilidade sintético para uma avaliação mais jeitoso”, conta Roble.

Ainda na extensão de saúde, outra deep tech é a Biolinker, uma startup de biologia sintética, especializada na produção de proteínas, criada pela doutora em bioquímica e nanociência Mona Oliveira.


São José dos Campos (SP) 03/12/2024 - A médica Mona Oliveira, CEO da Biolinker, fala sobre o edital do Sebrae Catalisa ICT, para deep techs, startups de alta tecnologia que trabalham com pesquisa e inovação complexas, na Conferência Anprotec 2024, no Parque de Inovação Tecnológica (PIT). Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
São José dos Campos (SP) 03/12/2024 - A médica Mona Oliveira, CEO da Biolinker, fala sobre o edital do Sebrae Catalisa ICT, para deep techs, startups de alta tecnologia que trabalham com pesquisa e inovação complexas, na Conferência Anprotec 2024, no Parque de Inovação Tecnológica (PIT). Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

São José dos Campos (SP) – A médica Mona Oliveira, CEO da Biolinker, fala sobre o edital do Sebrae Catalisa ICT – Foto Fernando Frazão/Filial Brasil

“A pandemia levou a um colapso no sistema de saúde e no suprimento de insumos que afetou vacinas e diagnósticos. Porque fazer as proteínas do vírus [que serão usadas como insumos] é difícil. A gente precisa sequenciar [o genoma] e estabelecer o processo de produção em biofábricas. E é exatamente nesse problema que atuamos. Criamos uma plataforma com vários microrganismos e sistemas de produção em que conseguimos produzir a proteína para o nosso cliente de forma rápida e acelerada”, explica Mona.

Segundo o gerente do Sebrae, o mercado das deep techs é uma competição global, em que o Brasil precisa permanecer de olho para não permanecer para trás. 

“Basicamente, todas as instituições do governo que fomentam a pesquisa estão olhando para esse segmento das deep techs. Estão lançando programas e iniciativas, mas acredito que ainda falta elas estarem integradas e também melhorar no sistema regulatório”, disse Cabral.

Ele explica que o escora é importante porque essas empresas enfrentam muitas dificuldades no início de sua existência. “A deep tech é um processo longo. Por exemplo, para eu chegar num medicamento às vezes são cinco, dez anos. Você precisa de um capital adequado, do verba de investidores, de fomento público. Você precisa de equipe especializada, que é difícil de conseguir. E você precisa de alguma instituição ou de parceiros que te acompanhem nessa jornada, que é longa, faceta e solitária”.

O ex-professor universitário Raimundo Lima teve contato com o mundo das deep techs em 2016, durante um curso nos Estados Unidos. Ao voltar para o Brasil, decidiu investir na geração de sua própria empresa, a BioUS, desenvolvedora de tecnologia que transforma dejetos agropecuários em biopolímeros.

“Essa transmigração da liceu para o empreendedorismo talvez seja o maior repto. Você sai da liceu, da extensão de pesquisa e desenvolvimento, e precisa impor isso no mercado. E essa emprego precisa ser rápida. Inovar já é um repto. Inovar em ciência é um repto ainda maior”, destaca.

Mestra e doutoranda em Engenharia Aviação e Mecânica pelo Instituto Tecnológico da Aviação (ITA), Thais Franco é cofundadora e CEO da Quasar Space, empresa de sensoriamento remoto e monitoramento ambiental a partir de satélites.


São José dos Campos (SP) 03/12/2024 - A CEO da Quasar, Thaís Franco, fala sobre o edital do Sebrae Catalisa ICT, para deep techs, startups de alta tecnologia que trabalham com pesquisa e inovação complexas, na Conferência Anprotec 2024, no Parque de Inovação Tecnológica (PIT). Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
São José dos Campos (SP) 03/12/2024 - A CEO da Quasar, Thaís Franco, fala sobre o edital do Sebrae Catalisa ICT, para deep techs, startups de alta tecnologia que trabalham com pesquisa e inovação complexas, na Conferência Anprotec 2024, no Parque de Inovação Tecnológica (PIT). Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

São José dos Campos (SP) – A CEO da Quasar, Thaís Franco, fala sobre o edital do Sebrae Catalisa ICT – Foto Fernando Frazão/Filial Brasil

“O que me fez empreender foi querer ver aplicadas, de forma mais rápida na sociedade, as tecnologias que estavam sendo geradas na universidade. Na liceu, isso acaba sendo mais demorado”, conta Thais. “O que foi mais multíplice para a gente [da Quasar] no início foi provar [para os clientes] que era verosímil fazer o que a gente faz”, afirmou.

Nessa terça-feira (3), o Sebrae lançou o edital do segundo ciclo do projeto Catalisa ICT, que apoia deep techs durante dois anos, ajudando-as a validar sua tecnologia junto ao mercado, estruturar a empresa, conseguir investidores e crescer. 

O lançamento foi feito durante a 34ª Conferência da Associação Pátrio de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), que representa ambientes de inovação do país, em São José dos Campos (SP).

*A equipe da Filial Brasil viajou a invitação da Associação Pátrio de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).

Fonte EBC

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *