Endividamento do são paulo se aproxima de r$ 1 bi

Endividamento do São Paulo se aproxima de R$ 1 bi – 29/04/2025 – Esporte

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Pressionado por vendas de jogadores inferior do projetado e por um significativo aumento das despesas, o São Paulo fechou o ano de 2024 com um déficit de R$ 287,6 milhões, o maior de sua história quase centenária.

Desde 2014, o clube do Morumbi registrou superávit em somente quatro anos (2016, 2017, 2018 e 2022), o que fez com que o endividamento totalidade tenha desenvolvido em mais de R$ 300 milhões, se aproximando perigosamente da moradia de R$ 1 bilhão —R$ 968,3 milhões.

As receitas do clube somaram R$ 731,9 milhões no período, um desenvolvimento de 8% na conferência com 2023. Já os custos relacionados com futebol chegaram a R$ 655,7 milhões, um salto de 26%.

“É simples que o resultado não é o que gostaríamos, mas temos um planejamento para vedar a sangria da dívida e deixar o São Paulo Futebol Clube com mais musculatura para quem me suceder e para o centenário, em 2030”, escreveu o presidente do clube, Julio Casares, em publicação nas redes sociais.

De concórdia com o dirigente, o déficit cimeira é resultado de alguns fatores, porquê a manutenção de um time competitivo e o pagamento de juros bancários oriundos da dívida e de empréstimos contraídos pela premência de manter o fluxo de caixa para pagamentos rotineiros e de pequeno prazo.

“O clube aumentou muito as receitas com patrocínios e com o programa de sócio-torcedor, mas os custos estão muito elevados em conferência com as receitas”, diz Amir Somoggi, diretor da consultoria Sports Value.

As receitas com publicidade e patrocínio somaram R$ 72,3 milhões, subida de 6,2% frente aos R$ 68,1 milhões previstos e de 57% perante os R$ 46,1 milhões do ano anterior.

No ano pretérito, o clube firmou o contrato com a Mondelez em relação ao naming rights do estádio, estimado em tapume de R$ 75 milhões por três anos, além de patrocínios com a Ademicon e a Viva Sorte.

Já o projeto do sócio-torcedor alcançou R$ 51,6 milhões, subida de 49,5% na conferência com os R$ 34,5 milhões previstos e de 151% contra os R$ 20,5 milhões de 2023.

Segundo o clube, o desenvolvimento do sócio-torcedor é revérbero dos investimentos no futebol, “direcionados à manutenção da base do elenco vencedor da Despensa do Brasil de 2023, renovando os contratos de atletas porquê Lucas Moura, Arboleda, Luciano, Michel Araujo, além da contratação pontual de reforços com concreta capacidade de enaltecer o nível do plantel, porquê Ferreirinha, Ferraresi e André Silva”.

Pesquisador da história do clube, Alexandre Giesbrecht assinalou que pesou para os resultados financeiros a venda de jogadores aquém das expectativas.

A negociação de atletas totalizou R$ 93,4 milhões em 2024, 22,6% inferior dos R$ 120,7 milhões de 2023, e 46,4% subalterno aos R$ 174,1 milhões previstos.

O São Paulo disse que enfrentou problemas com contusões, que inviabilizaram as negociações na janela de transferência de julho do ano pretérito.

Pablo Maia, Alisson, Liziero, Patryck, Moreira e Ferreira foram alguns dos atletas que ficaram sob os cuidados do departamento médico em 2024.

O clube disse ainda que, no período da janela, estava disputando todas as competições nacionais e não contava com opções sobressalentes em seu elenco.

Em janeiro de 2025, já com os atletas recuperados, foram promovidas negociações que, se tivessem sido realizadas no ano pretérito, fariam com o que o orçamento de receitas fosse atingido.

Entre as vendas no início do ano, a maior foi a do atacante William Gomes, negociado com o Porto por 10 milhões de euros (R$ 64 milhões). Também saíram Michel Araújo (15 milhões) e Rodrigo Nestor (9,4 milhões), rumo ao Bahia, e Wellington Rato (R$ 5 milhões), para o Vitória.

Em relação às despesas, o clube destacou que o futebol profissional excedeu o volume previsto orçado em R$ 82,4 milhões, sendo 62% do valor representado por gastos com folha de pagamentos e direitos de imagem; investimentos nas renovações dos contratos dos seus principais atletas; e a pontual reposição de jogadores devido a contusões ocorridas durante a temporada.

Quanto ao futebol de base, o clube do Morumbi alavancou seus gastos em investimentos na infraestrutura e na formação de atletas, excedendo, sensivelmente, o orçamento inicialmente previsto —R$ 40,1 milhões realizados, contra R$ 35,1 milhões previstos.

“Todavia, espera-se que o retorno desses investimentos, em performance esportiva e exposição da marca, se revelarão em pequeno prazo”, afirmou a sociedade.

Segundo Casares, houve também em 2024 uma mudança contábil relacionada à forma porquê o futebol de base passou a ser registrado em balanço, não constando mais porquê investimento, mas porquê despesa, onerando a dívida em tapume de R$ 40 milhões.

O presidente do São Paulo citou ainda, entre as medidas para sanear as finanças do clube, a geração de um fundo de investimento (FIDC) em parceria com a Galapagos Capital e Outfield.

“Tal resultado foi muito aceito pelo mercado financeiro. Já captamos R$ 135 milhões nestes primeiros meses, a verba foi utilizada para pagamentos de dívidas, tributos e fluxo de caixa”, disse o presidente do São Paulo.

Folha

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