Somente 52% dos estudantes brasileiros nascidos entre 2000 e 2005, que estão, atualmente, com idade entre 19 e 24 anos, conseguiram concluir o ensino fundamental no tempo evidente e 41% deles finalizaram o ensino médio no período adequado. O oferecido consta do levantamento inédito “Indicador de Regularidade de Trajetórias Educacionais”, da Instauração Itaú. Ele evidencia que quase metade de crianças e jovens que hoje estão nessa tira etária não concluíram os estudos de forma regular, tendo enfrentado, ao longo do ciclo, intercorrências porquê deserção, evasão ou reprovação. O estudo foi realizado em parceria com os pesquisadores Chico Soares, Izabel Costa da Fonseca, Clarissa Guimarães e Maria Teresa Gonzaga Alves.
A superintendente do Itaú Social, Patricia Mota Guedes, explicou à Escritório Brasil que o levantamento traz o retrato da trajetória escolar de crianças e adolescentes nascidos entre 2000 e 2005 em um período longo, de 2007 a 2019. “E traz exatamente um problema: somente metade dos estudantes brasileiros, nesse período, concluíram o ensino fundamental na idade certa e com trajetória regular, sem ter pretérito por repetência, reprovação e deserção escolar”. Isso significa que quase metade deles chegou ao nono ano do ensino fundamental com trajetória irregular.
Na avaliação de Patricia Mota Guedes, o indicador expressa a sisudez do problema de trajetórias, de porquê é necessário monitorar mais e melhor a qualidade da permanência das crianças e adolescentes já no ensino fundamental. “E mostra também um retrato das desigualdades, de porquê essa experiência de repetência, reprovação e deserção marca ainda mais determinados grupos sociais.”
De concórdia com o estudo, a trajetória regular entre estudantes negros (pretos + pardos) é murado de 20% menor do que entre os brancos. Em relação aos indígenas, esse percentual se situa em torno de 40%. Os dados mostram que estudantes brancos possuem um percentual de regularidade de 62%; pardos, 46%; pretos, 41%; e indígenas, 23%.
Políticas e programas
O estudo mostra a urgência de o Brasil iniciar a edificar políticas e programas mais voltados para a lanço do ensino fundamental, onde a repetência, reprovação e deserção começam a explodir. “São os anos finais do fundamental, do sexto ao nono ano. O estudo reforça a premência de a gente realmente iniciar a riscar políticas e programas historicamente, do sexto ao nono ano, o vetusto ginásio, o que a gente labareda dos anos finais do fundamental. Porque são uma lanço esquecida pelas políticas e programas federalista, estaduais e municipais.”
A superintendente do Itaú Social argumentou essa é, porém, uma lanço decisiva porque é justamente onde tem o início da juvenilidade; em que as crianças, aos 11, 12 anos, começam a entrar em uma tempo onde vivem muitas transformações, muitas mudanças físicas, emocionais, até do ponto de vista social, da convívio. “E tudo isso muito misturado também porque, no Brasil, na maioria dos casos, quando a garoto vai do quinto para o sexto ano, passa a ter mais professores, um currículo mais multíplice. Os professores são especialistas que também não recebem uma formação de trabalhar com esses estudantes que estão no prelúdios da juvenilidade e que transitam entre puerícia e juvenilidade”, salientou Patricia. O mesmo acontece com as equipes gestoras escolares. Por isso, acentuou a prestígio de se pensar em escolas que sejam mais voltadas para essas adolescências, com ênfase no prelúdios dessa tempo, do sexto ao nono ano do ensino fundamental.
Patricia argumentou que secção dos problemas de repetência, reprovação e deserção no ensino fundamental está enraizada na falta de um olhar específico, de programas e de suporte, para que essas escolas possam melhorar a qualidade da experiência desses adolescentes. Reconheceu que aqueles que sobrevivem no sistema educacional continuam para o ensino médio, onde também há problemas de deserção e evasão. O esforço do estudo foi no sentido de mapear que o problema grave já começa em uma lanço que não tem sido olhada com a devida atenção, afirmou.
Desigualdades
A pesquisa confirma o que já se imaginava: que os grupos de raça, porquê os negros, estão sempre em desvantagem em relação aos brancos; as meninas, em universal, estudam mais que os meninos; e que há desigualdades regionais.
Os estudantes com nível socioeconômico mais cimalha apresentam trajetória escolar muito melhor do que os mais vulneráveis. Enquanto 69% dos alunos do primeiro grupo apresentam trajetórias regulares, só 38% daqueles de escolas mais carentes conseguiram iniciar e finalizar o ensino fundamental na idade correta.
De concórdia com a pesquisa, a regularidade é um duelo ainda maior para estudantes do sexo masculino que estudam em escolas de inferior nível socioeconômico, deficientes, negros e indígenas. Já para as meninas, a qualidade da permanência nas escolas é mais positiva. Por volta de 58% delas têm trajetórias de nove anos regulares, contra 46% entre os meninos. A diferença por sexo é acentuada em relação à categoria de muita irregularidade. Tapume de 7% das meninas têm trajetórias educacionais marcadas por muitas irregularidades, ao passo que esse percentual é de 14% para os meninos.
O estudo aponta que exclusivamente 22% dos estudantes com deficiência têm trajetória regular, entre 2011 e 2019, contra 53% dos sem deficiência. Em torno de 56% deles apresentam percursos com muita irregularidade. A porcentagem de trajetórias com irregularidades também se destaca: murado de 64% dos alunos com deficiência concluem o ensino fundamental com intercorrências e murado de 14% evadem, enquanto para os sem deficiência 37% possuem trajetórias irregulares e 10% são interrompidas.
Por regiões
Patricia Mota Guedes comentou que, em algumas regiões, são percebidos esforços no sentido de virar a cultura de reprovação, de repetência, mas ainda se tem isso no Brasil. “Já diminuiu muito; já foi muito maior. O que a gente precisa são indicadores que consigam monitorar a evolução desses padrões. Apesar das diferenças regionais, quando se olha ao longo do tempo, vê-se uma estagnação na proporção de estudantes que não conseguem ter uma trajetória regular.”
Ressaltou que é importante entender as diferenças regionais mas, também, entender que há uma estagnação, em secção porque não se teve experiências mais significativas de políticas e programas voltados para os anos finais do ensino fundamental, embora, agora, já se comece a ver, desde o ano pretérito para cá, mais discussão entre as redes municipais e redes estaduais, um maior interesse sobre o matéria da secção, inclusive, do governo federalista, e algumas oportunidades, por exemplo, no campo da expansão da instrução integral.
Patricia analisou que se o país está caminhando para um processo de ampliação da jornada escolar e se esse esforço for voltado para desenvolver escolas atraentes para os adolescentes e que apoiem os professores, os gestores escolares, sobre porquê trabalhar, esse é um ponto positivo. Defendeu que devem ser dadas condições para que professores e gestores possam desenvolver trabalhos efetivos que acolham esses estudantes, com currículos dinâmicos, diferentes articulações, inclusive fora da escola, espaços de interesse, de arte, de cultura, de esporte na cidade, de projetos que mobilizem o protagonismo dos adolescentes. “Esse tirocínio, o “mão na volume”, que é tão importante na tempo de início da juvenilidade; assim, a gente vai conseguir proceder”. O sigilo, segundo Patricia, é olhar para o problema, mas não para permanecer paralisado; e, sim, entender que é preciso monitorar ao longo do tempo e iniciar a pensar em estratégias mais intencionais, para essa lanço do sexto ao nono ano, em que questões de repetência, exclusão e deserção se intensificam.
Dados
Os municípios do Setentrião, Nordeste e Sul retratam circunstâncias distintas em relação ao Sudeste. Na região Sudeste, os municípios paulistas apresentam uma média de estudantes com trajetórias regulares de 62%. Já em Minas Gerais, a média é 66% em relação ao número de estudantes com trajetórias regulares, superior à média do Brasil.
Na região Sul, o estado do Paraná possui as maiores proporções de trajetórias regulares, supra de 70%, e o Rio Grande do Sul, na extensão sulgrandense (também conhecida porquê Serras de Sudeste), evidencia média de 40% de trajetórias educacionais regulares.
Na região Meio-Oeste, observam-se áreas com médias mais altas de estudantes com trajetórias regulares, principalmente no Região Federalista (57%) e no Mato Grosso (70%). Na região Nordeste, o Ceará se destaca porquê o estado com os melhores resultados na regularidade do trajectória educacional, com 65% de média. Na região Setentrião, grande secção das cidades apresenta média de trajetória regular inferior de 40% na jornada de nove anos. O Pará, por exemplo, tem 81% dos seus 144 municípios com um percentual inferior de 40%.
Proposta
A proposta da Instauração Itaú com esse levantamento é que o indicador possa ser utilizado com frequência. Patricia destacou que a pesquisa se baseia no Recenseamento Escolar do Instituto Pátrio de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do governo federalista. “A gente tem condições, enquanto país, de monitorar a evolução desses dados. E, também, porque ele traz um retrato que, muitas vezes, somente o Índice de Desenvolvimento da Instrução Básica (Ideb) não consegue dar. Esse índice traz desempenho de língua portuguesa e matemática e fluxo escolar de dois em dois anos. Mas é uma retrato no final do ciclo e não acompanha a trajetória. Daí, muitos adolescentes ficam para trás e o duelo que eles vivem sequer é ilustrado na retrato do Ideb. Eles não aparecem. O séquito da trajetória é muito importante”, assegurou a superintendente do Itaú Social.
Na avaliação da Instauração Itaú, os dados levantados pelo “Indicador de Regularidade de Trajetórias Educacionais” podem ser utilizados para incentivar também o debate sobre o novo Projecto Pátrio de Instrução do decênio 2024-2034.