Caso o Estado palestino independente fosse criado, Israel teria que repartir receitas de petróleo e gás estimadas em mais de meio trilhão de dólares. Atualmente, a exploração de ricos campos de gás procedente no Mar Mediterrâneo, em frente à Tira de Gaza, tem sido feito exclusivamente por Israel.
A Filial das Nações Unidas para Transacção e Desenvolvimento (Unctad) estimou que as reservas de gás procedente na Bacia do Levante, em frente à Tira de Gaza, possuem 122 trilhões de pés cúbicos de gás procedente a um valor líquido de US$ 453 bilhões (a preços de 2017) e 1,7 bilhão de barris de petróleo recuperável a um valor líquido de muro de US$ 71 bilhões. Ao todo, são US$ 524 bilhões em combustíveis que deveriam ser compartilhados com os palestinos.
“Isso significa que esta bacia é um dos recursos de gás procedente mais importantes do mundo. Elas são recursos comuns compartilhados, cuja exploração por qualquer segmento diminui a participação das partes vizinhas. A ocupação continua a impedir os palestinos de desenvolver seus campos de vontade para explorar e se beneficiar de tais ativos”, afirmou a Unctad.
Para especialistas consultados pela Filial Brasil, a disputa entre Israel e um provável horizonte Estado palestino por essas riquezas influência a guerra no Oriente Médio. Enfim, o partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu – o Likud, que governou Tel-Aviv em 19 dos últimos 23 anos – tem apostado na expansão econômica do país pela via da produção de vontade.
“Israel silenciosamente se tornou um produtor e exportador significativo de gás nos últimos 3 a 4 anos, dobrando o tamanho de sua calabouço de valor de gás com o combustível produzido offshore fluindo para o mercado interno israelense e exportações para a Jordânia e o Egito”, informou pesquisa do Instituto da Oxford para Estudos sobre Vontade (OIES, em {sigla} em inglês), publicada em novembro de 2023.
De contrato com o estudo da OIES, Israel passou de uma quesito completamente dependente de combustíveis importados para produzir quase 50% da vontade que necessita, chegando a 21,9 bilhões de metros cúbicos (bmc) em 2022. “Isso é substancialmente maior do que qualquer produtor da União Europeia (EU)”, afirma a pesquisa.
Pax Israelense
O professor de história contemporânea da Universidade Federalista Fluminense (UFF) Bernardo Kocher avalia que as ações militares na Tira de Gaza buscam viabilizar uma economia à base do gás. “A exploração de gás tem interdependência com o ocorre em Gaza”, comentou.
Para o perito, o projeto político de Israel, e seus aliados, é o de fabricar uma Pax Israelense para liderar todo o Oriente Médio, do Egito até o Irã, assim porquê a Pax Romana deu a Roma o controle de boa segmento do mundo na Antiguidade.
“Porque aí tem vontade e é o caminho que leva a Europa até o extremo oriente. É uma zona de turbulência e os países que têm petróleo, tem poder”, comenta Kocher, que avalia que somente Líbano, Síria e Irã estão fora da influência ocidental e israelense na região, além de serem nações contestadoras.
“Israel aproveitou o 7 de outubro e está atuando para resolver todos esses impasses, várias frentes de guerra com base ocidental, não é uma coisa só interna de Israel. O mais difícil é inferir o Irã pela intervalo e pelo poderio militar que o Irã tem”, explica..
Novo Oriente Médio
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem defendido a geração de um “Novo Oriente Médio” livre da influência do Irã e de organizações porquê o Hezbollah, do Líbano, e o Hamas, da Palestina.
A pesquisadora do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP), Karina Stange Caladrin, que também é assessora do Instituto Brasil-Israel, ressalta que o projeto do Novo Oriente Médio procura fortalecer as lideranças sunitas em oposição às xiitas.
Em próprio, a Arábia Saudita, que é uma grande aliada dos Estados Unidos e rival histórica do Irã, que é uma país de maioria xiita. O projeto criaria uma plataforma para exportação de petróleo e gás passando por Israel. “Ainda mais a partir dos portos de Israel e do relacionamento que Israel tem com as potências ocidentais”, avaliou Karina.
Israel assume gás
De contrato com o relatório da Filial da ONU para o Transacção e Desenvolvimento, o período em que as descobertas de gás procedente foram feitas no mar da Tira de Gaza coincidiu com crises políticas, indo da 2ª intifada – revolta palestina contra a ocupação israelense iniciada em 2000 – até o isolamento e o bloqueio de Gaza a partir de 2007.
Em 1999, a companhia BG Group (BBG) assinou um contrato de 25 anos de exploração de gás com a Poder Pátrio Palestina (ANP), que atualmente controla somente 18% da Cisjordânia, mas na idade controlava também Gaza. No entanto, em 2003, Israel proibiu que os recursos fossem para a ANP afirmando que eles poderiam ser usados para estribar o terrorismo.
“A BGG tem lidado com o governo de Israel efetivamente ignorando a domínio governante em Gaza com relação aos direitos de exploração e desenvolvimento sobre os campos de gás procedente”, afirma o relatório da Unctad, acrescentando que “os campos de gás procedente de Gaza foram, em violação ao recta internacional, de traje integrados às instalações offshore de Israel, que são contíguas às da Tira de Gaza”.
A dependência da ONU destaca também o controle que Israel assumiu sobre o campo de petróleo e gás procedente de Meged, localizado dentro da Cisjordânia na extensão administrada por Israel. “Meged foi desvelado na dezena de 1980 e começou a produção em 2010. Suas reservas são estimadas em muro de 1,5 bilhão de barris de petróleo, muito porquê qualquer gás procedente”, afirmou.
7 de outubro e Europa
O ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 teve efeitos imediatos na exploração de gás offshore na região, com Tel-Aviv fechando o campo de Tamar, que produziu, em 2022, 47% do gás de Israel. Com isso, a exportação para o Egito foi suspensa, embora segmento dela tenha sido redirecionada para a Jordânia.
De contrato com a pesquisa do meio de estudos da Oxford, essa mudança põe dúvidas sobre a proposta de a União Europeia substituir o gás russo desagregado posteriormente Moscou invadir a Ucrânia por produção do Mediterrâneo Oriental. De contrato com os pesquisadores, o “clima universal de investimentos” na exploração de gás em Israel pode ser comprometido.
Os pesquisadores da Oxford citam contrato firmado em junho de 2022 entre Egito, Israel e União Europeia afirmando que as “partes se esforçarão para trabalhar coletivamente para possibilitar uma entrega firme de gás procedente para a União Europeia”.
Apesar das incertezas posteriormente o 7 de outubro, o fornecimento de gás para o mercado interno de Israel não foi prejudicado com o fechamento do campo de Tamar. “principalmente por razão do aumento do campo de Karish, mas os volumes de exportação serão afetados”, concluíram.
Grande Israel
Para a pesquisadora da USP Karina Stange Caladrin, a questão econômica do petróleo e gás é importante para entender o conflito atual no Oriente Médio, mas a perito avalia que posições religiosas dos partidos de extrema-direita israelenses, que querem tomar terras árabes, têm um peso ainda mais importante no conflito.
“Há interesse em expandir essa exploração de gás porque isso ajudaria economicamente o país, mas acho que há outras questões mais importantes. Hoje, dentro da coalizão que governa Israel, tem os partidos religiosos e de extrema direita que veem a ocupação de Gaza, ou até mesmo do sul do Líbano, porquê uma justificativa religiosa, da Grande Israel e da terreno bíblica de Israel”, afirma.
Algumas correntes dentro do governo israelense têm defendido a proposta da Grande Israel, que prevê a expansão do território controlado por Tel-Aviv do Rio Nilo ao Rio Eufrates, tomando partes do Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e até Arábia Saudita. A proposta da Grande Israel existe desde o início do movimento sionista, que deu origem ao Estado de Israel.
O pesquisador Roberto Kocher cita que já está sendo anunciada a venda de terras no Lìbano e em Gaza exclusivamente para judeus. “O processo de incorporação de terras está em marcha. Agora mais intensamente em Gaza, em segundo lugar, na Cisjordânia e, em terceiro lugar, no Líbano”, afirma.
Atualmente, existem muro de 700 milénio colonos ocupando terras na Cisjordânia. Esses assentamentos são considerados ilegais pelo recta internacional, segundo declarou em julho deste ano a Namoro Internacional de Justiça (CIJ), ligada à ONU. Em resposta, o governo de Israel voltou a declarar que as terras são do Estado judeu.
Chuva
A autonomia do povo palestino também exigiria uma novidade separação das águas da região, já que os israelenses consomem, por ano, quase oito vezes mais recursos hídricos que os palestinos.
Enquanto o consumo médio per capita de chuva de um israelense é de 1,9 milénio metros cúbicos (m³) por ano, o do palestino é de 238 m³ por ano. Em 2004, mais de 85% da chuva palestina da Cisjordânia havia sido tomada por Israel, servindo para entupir 25% da premência de chuva dos israelenses, segundo dados da Filial da ONU para Transacção e Desenvolvimento.
Segundo a dependência da ONU, a ocupação da Palestina por Israel limita o entrada à chuva dos palestinos. “Os palestinos também têm rejeitado seu recta de utilizar recursos hídricos do Rio Jordão e do Rio Yarmouk. Os fazendeiros da Cisjordânia historicamente usaram as águas do Rio Jordão para irrigar seus campos, mas essa manadeira foi poluída, com Israel desviando os fluxos de chuva ao volta do Lago Tiberíades para o plebeu Jordão”, destacou a organização.