Estreante na f1, bortoleto 'quer dar orgulho brasileiros' 14/03/2025

Estreante na F1, Bortoleto ‘quer dar orgulho brasileiros’ – 14/03/2025 – Esporte

Esporte

Quando alinhar sua Sauber no grid de largada da primeira lanço da F1 em 2025, na madrugada de sábado para domingo, Gabriel Bortoleto já estará fazendo história: sua participação marca a volta do Brasil à escol do automobilismo mundial posteriormente sete anos sem um piloto titular –desde a aposentadoria de Felipe Volume na Williams.

Apesar de competir pela equipe que foi a última colocada no grid em 2024, o paulistano de 20 anos estreia com subida expectativa: foi vencedor nas duas categorias preliminares da F1, conquistando o título da F3 em sua primeira temporada (2023) e da F2 no ano pretérito. Leste feito foi atingido por três pilotos do atual grid e, não por coincidência, todos possuem contrato com grandes equipes e são vencedores de GPs: Charles Leclerc (Ferrari), Oscar Piastri (McLaren) e George Russell (Mercedes).

Depois três anos sem títulos na F4 e FRECA, Bortoleto teve uma subida meteórica —e ele próprio credita secção deste sucesso ao seu empresário: o espanhol bicampeão mundial Fernando Alonso. Em um ano de grande renovação no grid (com seis dos 20 pilotos fazendo sua primeira temporada completa), o brasiliano é quem chega com menos quilometragem em um coche de F1.

“Perdi dois dias de treinos em Ímola no prelúdios do ano por conta da chuva, depois tive dois dias em Barcelona e já fui direto para a pré-temporada no Bahrein. Logo, sim, ainda sou novato com menos quilometragem na F1. Mas não vou reclamar, foi assim também quando cheguei na F3 e na F2. Praticamente chegando sem testar e pulando direto para o coche nas corridas”, contou Bortoleto em Melbourne, onde recebeu a reportagem da Folha para uma entrevista exclusiva.

Os anos difíceis antes da F3, sem títulos na FRECA (Formula Regional Europeia), abalaram sua crédito em conseguir chegar na F1?

Não, a gente nunca teve dúvidas e, do meu staff, também nunca chegaram até mim. Minha família sempre me apoiou muito e sabiam do meu potencial. Não estou cá para criticar nenhuma categoria, mas a gente sabe que, sendo muito sincero, tivemos anos complicados na F4 e FRECA por coisas que estavam fora do nosso alcance. Óbvio que eu tive uma grande evolução desde logo, mas eu dei meu supremo nestas duas categorias e alcançamos o que dava.

Depois o terceiro lugar no Mundial de Kart, havia uma possante expectativa de títulos na sua transição para as corridas de fórmula?

Sim, e na F3 tudo mudou e voltamos ao que era na idade do kart, quando disputei títulos europeus e mundiais. Por isso tenho que agradecer o espeque da minha família e também a A14 (empresa de Fernando Alonso), que conseguiu me colocar na equipe Trident na F3 e, assim, foram muito importantes. Se eu não tivesse entrado naquele momento, naquela vaga, com um ótimo envolvente, não se sabe uma vez que seria meu porvir. A gente conseguiu um envolvente muito bom na Trident, consegui edificar uma equipe ao volta de mim. Fomos vitoriosos e conseguimos o título.

Por falar em Alonso, o quanto você está na F1 também por conta deste espeque, além dos seus resultados?

Acredito que o espeque foi extremamente necessário. Acho que ninguém conquista uma ingresso na F1 exclusivamente com resultados. Não só dele, mas também o espeque da minha família que sempre investiu na minha curso desde o prelúdios. Os patrocinadores, todos desde as categorias juniores e que estão comigo agora na Fórmula 1. Logo é um trabalho em equipe que foi feito com todas essas pessoas envolvidas e Fernando Alonso foi extremamente importante porque ele está cá no paddock, ele conversou com as equipes e ele negociou junto com staff dele e graças a Deus a gente conseguiu esse assento na Sauber.

Vai ser a primeira vez que Alonso disputa uma corrida de F1 com um agenciado dele. Porquê vai ser esta situação para você?

Vai ser estranho e vai ser engraçado ao mesmo tempo. Estou entusiasmado e vamos escadeirar roda na pista.

Você disse que, sem o suporte da sua família, você provavelmente não estaria cá. O que fazer para o automobilismo não ser exclusivamente um esporte para quem tem boa quesito financeira?

Essa é uma pergunta difícil de responder. É óbvio que sempre existem prós e contras. Eu acho que tem que ser um pouco muito pensado e muito organizado. De primeira eu diria que a redução de custos, mas uma vez que reduzir os custos? Essa que é a pergunta que nós temos que colocar para os organizadores de eventos e de categorias juniores. A Fórmula 1, no final das contas, tem 95% dos pilotos que são pagos pelas equipes e contratados pelas equipes, logo cá tudo muito ser um esporte dispendioso porque você já não tem que colocar do seu bolso mais, mas as categorias juniores poderiam ser mais baratas. E a pergunta é uma vez que? Mas eu não sei te dar essa resposta. Eu não sou um organizador de evento, mas eu acho que essa seria a maneira correta.

Esses sete anos sem brasileiros no grid da F1 também coincidem com sua trajetória nas corridas de fórmula ter sido totalmente fora do Brasil. Isso explica um pouco uma vez que você chegou cá?

Acredito que sim. O Brasil já foi mais possante no esporte, inclusive pelos ídolos que tivemos, e nesta idade as competições de kart, fórmulas, eram muito boas. É preciso incentivar novos talentos para as competições internacionais e transformar o automobilismo brasiliano em um pouco maior e melhor. A CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) tem feito um ótimo trabalho em expandir o automobilismo brasiliano e crescer, abrindo oportunidades e agora vamos conseguir retomar um pouco do que o Brasil já foi.

Vai ser a primeira vez que o público brasiliano do Drive to Survive vai ver um piloto brasiliano na F1. Essa é uma pressão extra para você?

Não, acho muito lícito, que venha a Netflix (risos). Estou muito feliz, esta temporada vai ser muito interessante. Vamos ver uma vez que vai ser esta história. Evidente que no Drive to Survive podem perfazer pegando as partes polêmicas e que dão visibilidade, mas vamos ver o que vai sobrevir neste meu ano de estreia.

O que mudou já na sua vida uma vez que piloto de F1?

Eu ouvia muita coisa, que eu teria muitas mudanças, mas sinceramente pra mim não mudou praticamente zero. A principal mudança foi que me mudei da Itália, onde morei desde que fui competir de kart fora do Brasil, para Mônaco. O que vi na prática também que, uma vez que piloto de F1, temos muito suporte para tudo extra pista, os pilotos são muito tratados em tudo pelo time. A F1 exige muito mais do piloto em termos de mídia, patrocinadores, sessões de fotos… mas isso faz secção, é só uma questão de habituar.

Você está estreando na equipe que foi a última colocada em 2024. Qual sua real expectativa para a primeira lanço do ano em 2025 na Austrália?

É muito difícil responder esta pergunta, nem eu tenho isso formulado dentro de mim. É muito difícil julgar na F1, talvez depois de duas ou três etapas eu consiga ter uma expectativa realista, mas tem muita evolução durante o inverno europeu e pré-temporada da categoria, entre um ano e outro. Não é uma vez que F2 ou F3 que o coche é o mesmo para todos e não muda para a temporada seguinte. Na F1, tem uma grande diferença, depende de uma vez que as outras equipes melhoraram, o quanto nós evoluímos em relação aos rivais em 2024. O Nico (Hulkenberg, companheiro de equipe na Sauber) é um ótimo piloto, ele é extremamente rápido e provou isso durante toda sua curso. Logo seria ótimo estar no mesmo nível de perfomance dele. Mas isso só vamos saber de indumentária depois do treino classificatório cá no rodeio de Albert Park para o primeiro GP do ano.

De todos os novatos, você é o que menos tem quilometragem com um coche de F1?

Sim, de todos fui o que menos andou de F1 até cá. Perdi dois dias de treinos em Ímola no prelúdios do ano por conta da chuva, depois tive dois dias em Barcelona e já fui direto para a pré-temporada no Bahrein. Logo, sim, ainda sou novato com menos quilometragem na F1. Mas não vou reclamar, foi assim também quando cheguei na F3 e na F2. Praticamente chegando sem testar e pulando direto para o coche nas corridas.

Logo a torcida brasileira vai ter motivos para contratar de madrugada para seguir a F1?

Vai, vai! Se Deus quiser, vou dar orgulho para eles.

RAIO-X | GABRIEL BORTOLETO, 20

2004, Osasco (SP). Primeiro piloto brasiliano a voltar ao grid da Fórmula 1 desde Felipe Volume, em 2017. Disputará a temporada de estreia na principal categoria do automobilismo pela tradicional escuderia Sauber. Em sua trajetória no esporte, foi vencedor da Fórmula 3, em 2023, e da Fórmula 2, em 2024.

Folha

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