Ex Menudo Peça Chave No Caso Menéndez Fala Em Perdão 03/12/2024

Ex-Menudo peça-chave no caso Menéndez fala em perdão – 03/12/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

Roy Stephan Rosselló, 54, conheceu a notabilidade global duas vezes. Na primeira, uma vez que um dos jovens integrantes do Menudo, filarmónica porto-riquenha que também contou com Ricky Martin e virou sensação nos anos 1980.

Ele volta ao noticiário internacional agora, tratado uma vez que peça-chave num dos casos judiciais mais ruidosos dos Estados Unidos nos últimos anos. Em entrevista ao jornal, o cantor fala sobre o dia em que, segundo ele, foi estuprado por José Menéndez.

O relato encorpa a resguardo dos irmãos Lyle e Erik Menéndez, em prisão perpétua desde 1990, depois matarem os pais, José e Kitty, na mansão onde a família vivia em Beverly Hills, na Califórnia.

Na quadra, eles foram retratados uma vez que uma dupla inescrupulosa de olho no patrimônio dos pais. A Justiça americana remarcou para o término de janeiro uma audiência que pode reconsiderar um argumento ignorado à quadra: eles só atiraram com uma espingarda seis vezes no pai, e dez na mãe, porque tinham pavor de José. Lyle e Erik dizem que por anos foram sexualmente abusados pelo pai, com assentimento da mãe.

A denúncia que Rosselló apresentou mais recentemente, e que pode ajudar a virar o jogo em obséquio dos irmãos, sustenta que José teria o dopado e estuprado. Ele era executivo da RCA, gravadora do Menudo.

Rosselló falou pela primeira vez sobre o incidente em 2023, na série documental “Menéndez + Menudo: Boys Betrayed”. “Levante é o varão que me violentou, é ele o pedófilo”, afirmou portanto, apontando para uma foto de José, que ele conheceu aos 13.

O maior culpado, diz à Folha, foi Edgardo Díaz, empresário que idealizou o Menudo. Ex-membros da filarmónica já haviam descrito uma série de abusos que sofreram naquela temporada músico. “Meu maior traumatismo foi a maneira uma vez que fui equivocado por ele. Eu era exclusivamente uma muchacho.”

“Fui levado a crer que seria uma simples repasto na moradia de José Menéndez, o poderoso diretor da RCA, onde foi firmado um contrato milionário. Eu, um menino ingênuo, sem noção do que estava prestes a ocorrer”, diz.

Segundo Rosselló, Díaz, “uma figura de domínio” em sua vida, o manipulou junto com José para que tomasse “uma taça de vinho que continha um pouco a mais” que o deixou completamente dopado. Ele afirma que acordou já no hotel, sangrando.

“Essa experiência foi extremamente traumática, tanto física quanto emocionalmente. Fui usado de forma muito cruel e desumana, e essa situação afetou minha espírito de maneira profunda.”

Diáz passou a ser investigado pela polícia de Los Angeles em 2023, depois Rosselló implicá-lo em abusos seriais. Ele já os negou no pretérito. Em 2014, declarou que não passaria “o resto da vida me defendendo e respondendo a acusações”, porque “só existe uma vida, e vivo em silêncio”.

Rosselló escreve e fala em português em todos os contatos com a reportagem, por texto e áudio. Hoje mora em Miami, mas o porto-riquenho viveu por anos no Brasil, em vaivéns entre 1987 e 2023. Sua relação com o país se funde inclusive com alguns símbolos do imaginário popular.

Em 1987, por exemplo, ele apareceu no programa de Raul Gil com um conjunto dourado e preto que combinava com a roupa de sua namorada da quadra, Mara Maravilha. Também já participou do reality A Rancho, em 2014, edição que também teve o duo Pepê e Neném e a ex-paquita Andréa Sorvetão.

Na ocasião, disse que perdoava Edgardo “pelos abusos”. Aproveitou ainda para se expor vítima de “uma injustiça” —uma criminação de agredir uma ex-mulher na Bahia. Na mesma edição da Rancho, chegou a ser impedido por não remunerar pensão alimentícia para um dos cinco filhos, entre 15 e 38 anos, que tem com diferentes mulheres. Quitou a dívida, voltou para o reality e acabou sendo o terceiro eliminado pelo público.

Dois anos depois, abriu uma lanchonete em Porto Satisfeito, a X Tribom, com a assinatura “by Roy Rosselló” no letreiro. Diz que o empreendimento foi um presente para Patricia, sua portanto mulher e hoje ex, que foi miss no Rio Grande do Sul nos anos 1990.

Ele também viveu na Paraíba e já teve um restaurante mexicano em Campinas. Conta se sentir um “brasílico nato” que se mudou para cuidar da mãe “e seguir de perto o caso dos irmãos Menéndez”. Mas o projecto é retornar ao Brasil “[É] um país que me acolheu e me fez sentir estremecido”, diz.

Sua curso músico não parou, ainda que a popularidade dos tempos de Menudo seja coisa do pretérito. Ele destaca uma gravação de “Volver a Empezar”, famosa na voz de Julio Iglesias, que fez para a romance da Orbe “Ti Ti Ti”, de 2010. Cantou-a com Valéria Flor Cigana, seu par no duo Parayzo, projeto músico que ficou para trás.

Também começou a trovar gospel. O artista credita sua conversão evangélica a Wesley Ros, um pastor que concorreu a deputado federalista em 2022, pelo PL de Jair Bolsonaro, admirado pelo cantor. Ros teve 16 milénio votos na quadra, insuficientes para se optar ao missão.

“Com o pastor Wesley, gravei três louvores que não tiveram fins lucrativos, mas que eram muito significativos, pois eu os cantava em meus testemunhos em igrejas evangélicas”, conta. “Esses momentos me permitiram levar a mensagem de fé para pessoas que, assim uma vez que eu, passaram por situações difíceis, uma vez que abusos.”

O cantor é pregador há uma dez. “[Foi] um chamado que transformou completamente minha vida e me trouxe um propósito maior”, diz. É uma das ocupações que lista em suas redes sociais, ao lado de “influencer” e “ex-Menudo”. Fala em nome da igreja Semeando Paixão, com sede na mineira Uberlândia, e do Ministério Roy Rosselló.

Wesley chegou a declarar à TV que seu discípulo fez secção do que talvez seria “a maior boy band depois de Beatles”, o que lhe trouxe “muito moeda, glamour, luxúria, fãs”. Com um porém. “Só não conhecia Deus.”

Hoje o evangélico Rosselló diz que procura sempre pregar “a prestígio do perdão”. “Acredito que o primeiro passo para a transformação é aprender a perdoar a si mesmo, libertar-se da culpa e, em seguida, estender esse perdão àqueles que, de alguma forma, nos causaram dor.”

Folha

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