Ele cantou no festival e o g1 acompanhou entrevistas antes do show. Cantor comeu pastel de nata no palco e abraçou bandeira do orgulho LGBTQIA+ ao som de ‘Meninos e Meninas’. Jão conversa com jornalistas portugueses e brasileiros no backstage do Rock in Rio Lisboa 2024
Braulio Lorentz/g1
Antes de sua estreia no Rock in Rio Lisboa, Jão gastou meia-hora falando com jornalistas brasileiros e portugueses. Disse que desta vez tinha conseguido mais tempo para saber a cidade. Garantiu que tinha pronto um show com mimos para os fãs lusitanos. Comentou que quer se “aventurar em novas formas de fazer arte”.
O paulista de 29 anos havia cantado em Portugal em 2022, lotando espaços para murado de milénio pessoas. Desta vez, estreou no festival no término de tarde do Palco Mundo. Uma baita promoção. “Festivais são grandes vitrines para mostrar o que a gente consegue fazer”, ele resume ao g1 no backstage do Parque Tejo, novo espaço do evento que recebeu murado de 80 milénio pessoas naquele dia 16 de junho.
“Meus fãs ajudam muito nisso, porque eles impressionam muito quem vai ao show pela primeira vez. E tem o vestuário de a gente tratar os festivais com carinho de saber que são um tanto dissemelhante. A gente trata com muita originalidade, gosta de se esforçar sempre.”
Foi com a ajuda de festivais que João Vitor Romania Balbino se tornou Jão. No Lollapalooza 2022, foi eleito o possessor do melhor show no festival, segundo os leitores do g1. No The Town do ano seguinte, entrou no concorrido top 10 das melhores apresentações, segundo os críticos do site.
Uma vez que foi o show?
Jão se apresenta no Rock in Rio Lisboa 2024
Divulgação/Instagram do festival
A apresentação correta (tão testada e aprovada em palcos brasileiros) representou uma baita subida para ele e uma cena ajuda a somar isso. Ele viu uma pequena com um papeleta pedindo um amplexo. Depois, voltou até a rapariga e a abraçou, enquanto a fã tremia e chorava.
A estreia na versão lusitana do Rock in Rio seguiu “o mesmo universo da super tour”, baseada no álbum “Super”, lançado em 2023. Mas, no final do show, uma vinheta citou “uma música que não para de tocar nas rádios portuguesas” ao apresentar “Idiota”.
Nenhuma foi tão cantada quanto essa. O g1 conversou com um representante da Universal Music portuguesa que disse que, de vestuário, essa é disparada a mais tocada do cantor em rádios locais. Segundo ele, o álbum “Super” não emplacou tanto no mercado de Portugal.
Mesmo assim, Jão teve o escora de pelo menos milénio dedicados fãs na grade. Além do fã-clube, ele reuniu milhares de curiosos e curiosas que já tinham ouvido falar nele. Comeu um pastel de nata no palco e cantou “Meninos e meninas” adoptado na bandeira do orgulho LGBTQIA+.
Jão faz sua estreia no festival Rock in Rio Lisboa, com show na edição de 2024
Divulgação/Rock in Rio
Mal Jão chegou a Lisboa, um funcionário da imigração fez uma pergunta para ele. “Eu respondi ‘sim’, mas até agora não sei qual era a pergunta”, ele explica. Não foi a única vez que ele ficou perdido com o sotaque e o vocabulário lusitanos, mesmo tendo o uso de receber aulas dos fãs locais.
Para ele, uma apresentação fora do Brasil “dá um friozinho na ventre a mais”. “A gente vive no Brasil, é impactado pela mídia do Brasil o tempo inteiro. Logo, tem um termômetro muito maior. Mas eu acho que a gente tem coisas muito mais parecidas com Portugal do que diferentes.”
Quando perguntado por jornalistas que o rodeavam sobre a possibilidade de uma curso internacional, Jão deu uma sutil cortada nessa teoria. “Não paladar muito de falar de curso internacional, eu tenho uma curso só. Se eu tiver vontade de trovar em inglês, em espanhol, eu vou fazer.”
O indie que furou a bolha
Na entrevista ao g1, Jão falou ainda sobre porquê os shows em grandes eventos são uma possibilidade de ser ouvido e visto por novos públicos.
“Eu faço um gênero mais underground, que não é tão massificado no Brasil”, contextualiza. “Logo, a gente sempre gostou muito dos festivais, porque eles mostravam para fora da bolha a força que a gente tinha.”
“Hoje em dia, tudo é uma bolha”, ele teoriza, com fé. “Não existem mais artistas porquê Michael Jackson e Madonna, que estavam em todos os lugares. Temos artistas gigantescos no Brasil que muitas pessoas não conhecem.”
Jão canta no Rock in Rio Lisboa 2024
Divulgação/Instagram do festival
O cantor explica, no entanto, que fica pensando muito na sonoridade vai apostar. “Eu me preocupo muito mais com a formação, com o que eu quero proferir e com a história que eu quero descrever. E eu embalo isso da maneira que eu acho que tenho que fazer.”
“Eu tenho umas mais sertanejas, outras que são pop puro ou uma bossa novidade que a gente lançou agora”, exemplifica, citando “Carnaval”. Essa singela bossinha, uma das melhores da safra mais recente, foi tocada em Lisboa.
A sátira da sátira?
Outra novidade do repertório é “Modo de proferir”, em que ele rebate críticas ao álbum “Super”. Há versos porquê “Dependendo do que eu digo capaz que saia no jornal que com essa idade, ficou meio tarde pra ser tão sentimental”. Você lê tudo o que a gente escreve sobre você?
“Eu sempre tento mostrar para as pessoas nas minhas composições, e eu não sei se entendem, que eu não ligo muito. Às vezes, eu tô sendo irônico. Eu estou querendo zoar com aquilo, querendo divertir e não acho que seja zero sério. Nunca foi uma coisa que me afetou e eu nunca tentei me transformar para aprazer pessoas que às vezes não são público-alvo do meu trabalho.”
Jão garante que vê com bom humor o que é escrito sobre ele em reviews e análises em universal. “É a maneira que eu paladar de conceber: eu paladar de falar da minha vida. Eu paladar de falar das coisas que passam comigo. Logo, não tinha porque isso ser dissemelhante nesse sentido.”
VÍDEO: Uma vez que foi o Rock in Rio Lisboa
Primeiro dia da edição de 20 anos do Rock in Rio Lisboa reúne 80 milénio
Fonte G1
