Feira do mst em sp permite passeio por histórias do

Feira do MST em SP permite passeio por histórias do Brasil e do mundo

Brasil

Na 5ª Feira Vernáculo da Reforma Agrária, que acaba neste domingo (11), é verosímil entender porquê o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terreno (MST) funciona porquê coletivo e se inteirar do que pequenos agricultores de todo o Brasil acumulam de experiências individuais, muitas delas marcadas por uma maior conscientização ambiental, na conferência com gerações anteriores. Com o evento, também se pode ultrapassar a traço da superficialidade, já que a feira revela as articulações que essa categoria profissional tem feito ao volta do mundo.

Um dos feirantes no Parque Estadual da Chuva Branca, na capital paulista, onde a feira está sendo realizada, o produtor rústico Adailton Souza Santos fez a passagem da tempo infantil à vida juvenil e adulta tendo porquê ideal o que seu pai lhe ensinou sobre a manipulação da terreno. Em sua cidade, Juazeiro, na Bahia, que tem pouco mais de 237 milénio habitantes e um quinto da população empregada com carteira assinada, com uma remuneração média de dois salários mínimos, começou a cultivar “desde gurizinho”, conforme conta.

“Sempre que mainha comprava uma uva, uma maçã, coisa e tal, eu pegava aquelas sementes e dizia, Eu vou plantar. Naquela era, tinha latas de quitute e de óleo, era lata de alumínio, de ferro. Observando meu pai, que botava a gente para ajudar na roça, a gente foi pegando o sabor pela cultura, mas sempre de maneira convencional, nunca de uma maneira agroecológica, mais correta, com o desvelo com o meio envolvente”, relata.

Santos tem 56 anos e está no MST há 11. No acampamento Abril Vermelho, intuito de reintegração de posse com o serviço de agentes da Polícia Federalista em novembro de 2019, durante o governo Bolsonaro, ele se reeducou, entendendo que podia progredir ainda mais, ao plantar mantimentos sem agredir a natureza e deixando os agrotóxicos, um pouco que até portanto normalizava.

“Hoje, graças à consciência que adquiri no movimento, comecei a produzir de maneira correta, orgânica”, reconhece ele.

De combinação com a última edição do relatório da Percentagem Pastoral da Terreno (CPT) sobre violência no campo, em 2024 houve um aumento significativo de ocorrências de contaminação por agrotóxicos, 276 ao todo. Para especialistas da entidade, o agrotóxico se transformou em uma “arma de guerra” nesse contexto. No ciclo de 2015 a 2023, a média era 24,3 por ano. O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), do Ministério da Saúde, complementa esses dados, indicando que, de janeiro a abril deste ano, foram registrados 1.530 casos de intoxicação por agrotóxicos agrícolas no país, número muito superior ao totalidade de 2024, que foi de 72.

Santos comenta que é uma questão “de autopreservação” e não somente de conservação ambiental. “Porque a gente faz segmento do meio envolvente”, observa.

“O MST sempre pregou isso, mas, de uns anos para cá, vem massificando essa orientação de porquê produzir sem agredir o meio envolvente”, acrescenta o cultivador, assumindo que ele mesmo se recusou a mudar no princípio, quando propuseram que fosse a uma extensão de agroecologia. “A gente tem aquela teoria de que é mais difícil, que não vai dar perceptível. É a cultura, [a noção de que] ‘eu aprendi assim, sempre fiz assim’. E aí você acha que não pode mudar, mas pode, sim. A prova disso é que eu mudei, e sem pressão. Entendi que precisava mudar e dia a dia estou mudando.”

 

É com alegria que Santos oferece à  família mantimentos isentos de riscos  à saúde. “Zero é mais gratificante do que ter rebento, ele entrar no seu quintal e pegar uma fruta, botar na boca, sem pânico de errar. Você vê a gaiato comendo uma goiaba, chupando um caju, comendo um jaca e você ter a consciência pesada de ter que lavar etc. Isso me deu muita satisfação. Isso me faz refletir bastante sobre continuar produzindo nessa traço”, diz.

Internacionalização do que começa na família

A segunda edição do Atlas do Espaço Rústico Brasílico, finalizada pelo Instituto Brasílico de Geografia e Estatística (IBGE) em 2020 e que analisou o cenário de 2017, mostra que 76,8% dos estabelecimentos agropecuários e aquicultores são de cultivação familiar. Esses mais de 3,8 milhões de agentes, porém, ocupam menos de um quarto (23%) da extensão dedicada a esse tipo de atividade econômica.

O setor gera 10,1 milhões de postos de trabalho, segundo o Ministério do Desenvolvimento do Desenvolvimento Agrário e Lavra Familiar, e, mesmo assim, tem muitos desafios pela frente. Atar as pontas do MST com aliados de outros cantos do mundo tem sido uma estratégia já adotada hoje.

Uma dessas redes é a promovida pela Baobab, associação sem fins lucrativos que se propõe a facilitar a interlocução entre comunidades do Sul Global. Com a sede administrativa  em Genebra, na Suíça, mantém escritórios em Pequim, na China, em Acra, capital de Gana, e em São Paulo.

Além do MST, fazem segmento da rede a Federación Rústico para la Producción y el Arraigo, da Argentina; a Unión Comunera, da Venezuela; a West Africa Agroecological Foundation (WAAF), de Gana; a Foundation for Promotion of Cooperatives and Agroecology, de Zâmbia; a All Nepal Peasants’s Federation (ANPFA, do Nepal; e a Mtandao wa Vikundi vya Wakulima Tanzania (MVIMATA), da Tanzânia. Todos são movimentos populares rurais e urbanos. Há, ainda, entre os parceiros, a Universidade de Brasília (UnB) e a China Agricultural University (CAU), ao lado de outras instituições acadêmicas e científicas que podem contribuir com incrementos tecnológicos.

Em entrevista à Escritório Brasil, o coordenador para a América Latina da Baobab, Luiz Zarref, contou que a rede vem sendo formada desde 2019 e explicou que um dos principais entraves dos pequenos agricultores é a falta de maquinário disponível, adequado para essa graduação. Segundo ele, o que existe atualmente não atende às suas necessidades, e sim ao aos latifundiários. Com o que os agricultores familiares têm, portanto, não podem colocar sua produção a todo o vapor.

A discrepância, sublinhou Zarref, segmento do maior nível de mecanização entre os produtores de certos estados do Sul e Sudeste, perante um muito subordinado entre os da região Nordeste. O Atlas do IBGE aponta que, em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a porcentagem de agricultores com tratores ficava supra de 40,1%, contra 2,1% ou menos no Piauí, Ceará e Pernambuco, isso levando em conta todos os mais de 5 milhões de estabelecimentos. No país, a média era de 14,4% em 2017. As parcelas de trabalhadores que tinham ao seu alcance plantadeiras e colheitadeiras eram de 5,1% e 2,3%, respectivamente. O levantamento ainda enfatizava porquê faz diferença a identidade de gênero dos profissionais na hora de conseguir o maquinário, uma vez que as mulheres seguem em desvantagem.

 “É uma cultivação que ainda não chegou aos avanços do início do século XX, com mecanização básica, de pequenos tratores. Não tem nem oferta no Brasil para colheitadeira. Uma pequena, de 12, 14, 20 cavalos para arroz não tem e quem é do campo sabe a dificuldade que é a colheita do arroz, porque você tem um prazo muito pequeno e é muito sensível”, afirma.

Os propósitos que a movem têm a ver com a emancipação dos trabalhadores em diversos aspectos, desde a alfabetização, porquê foi o caso de uma ação com esse objetivo, fortalecida em Zâmbia, em 2021, por meio de uma campanha, à garantia de que agricultores possam se apropriar da prisão de cultivo do início ao término, porquê ocorre com aqueles que trabalham com o cacau. Quanto a levante último exemplo, o representante da Baobab salienta que o que a associação pretende é torná-los mais do que meros fornecedores do fruto para países que não os seus e fazer com que se valorize o cacau não porquê substância de receitas de chocolate, resultado que acaba ficando restrito a classes mais elitizadas, muitas vezes, mas por seus nutrientes.

Os membros da associação demandam do governo brasílico um suporte interministerial e consistente, tendo em vista os resultados que a cultivação familiar atinge. “Tem um limite estrutural que é: a cultivação familiar, camponesa, apesar de sua extrema valimento cevar, ecológica e social, não tem um projeto político de traje, pelo Estado brasílico”, avalia.

“Todas as organizações do campo têm a fala do Campo Unitário e, durante a eleição do presidente Lula, entregamos uma plataforma de elementos de políticas públicas estruturantes. Acredito que o próprio presidente Lula [Luiz Inácio Lula da Silva] sabe da valimento, é convicto da valimento, mas cá estamos falando de todo o magnificência do Estado mesmo, que vai desde o Judiciário, que não constrói, não tem jurisprudência para a cultivação familiar, passando pelo Executivo – nos governos, é completamente contrário a nós -, mesmo nos governos de centro-esquerda não assume a cultivação familiar e camponesa porquê uma questão estratégica. Tratam porquê uma questão de conflito.”

 

Fonte EBC

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