Fiéis lotam catedral da sé em missa para homenagear papa francisco

Fiéis lotam Catedral da Sé em missa para homenagear papa Francisco

Brasil

Os bancos e corredores da Catedral da Sé, no núcleo da capital paulista, ficaram lotados no início da tarde desta segunda-feira (21) para seguir a missa em homenagem ao papa Francisco, que morreu pela manhã. A missa, que teve início às 12h, foi celebrada pelo cardeal dom Odilo Scherer, prior de São Paulo.

No altar, ao lado de muitas flores, estava uma foto do papa. “Hoje fomos surpreendidos com a notícia do falecimento do papa Francisco. O papa Francisco, se eu pudesse expor, escolheu um belo dia para morrer: uma segunda-feira da Páscoa, para expor que a morte é redimida pela vida e pela ressurreição”, disse o cardeal aos fiéis ao iniciar a celebração.

 


São Paulo (SP), 21/04/2025 - Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, preside missa em sufrágio do Papa Francisco que faleceu nesta segunda-feira.Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
São Paulo (SP), 21/04/2025 - Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, preside missa em sufrágio do Papa Francisco que faleceu nesta segunda-feira.Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Dom Odilo Scherer, prior de São Paulo, preside missa homenagem ao papa Francisco na Catedral da Sé – Foto: Paulo Pinto/Sucursal Brasil

Durante a homilia, o cardeal exaltou a vida de Francisco e sua missão junto à Igreja Católica. “O papa Francisco deixou uma marca importante na vida da Igreja e da humanidade. Naturalmente, nesses dias se farão muitas análises sobre a vida e o pontificado do papa Francisco. Mas uma coisa é certa: primeiramente, ele foi uma pessoa muito humana. E assim foi até o final. Nunca escondeu sua requisito humana, mesmo em sua fragilidade. Não escondeu sua requisito de cadeirante, quando não pôde mais caminhar. Não escondeu sua requisito de enfermo, quando já tomava medicamentos muito fortes para as dores que sofria e suas artroses. E, mesmo no hospital, durante as semanas de internação, ele pediu que não fosse escondida sua requisito de enfermo”, disse o cardeal.

Para dom Odilo, o papa deixa um grande exemplo de vida para a humanidade.

“Desde os pobres, os idosos, as crianças não desejadas, passando pelos migrantes indesejados, pelos refugiados, por aqueles que economicamente não contam e por aqueles que, ideologicamente ou religiosamente, pensam ou fazem dissemelhante de nós, o papa Francisco deixou muito possante essa mensagem: não podemos descartar a pessoa humana. Todos são sempre filhos de Deus e, quanto mais sofre ou quanto mais é frágil, tanto mais merece nossa atenção e nosso zelo. A requisito humana é sim, também uma questão de fragilidade, não só de força ou eficiência. Creio que essa é uma mensagem do papa Francisco, de que esse mundo precisa estar presente para não permanecer um mundo desumano.”

A fala de dom Odilo foi acompanhada por uma poviléu presente na Catedral da Sé para homenagear o papa. Entre esses fiéis estava Elza Rosa, de 74 anos. Em pé, esperando pelo início da missa, ela disse à reportagem que o papa “era uma pessoa supimpa”.

“Está doendo muito. A gente patroa muito ele. Ele era uma pessoa santa e muito querida. Ele foi muito bom para nós, para o Brasil e para o mundo”, disse.

 


SSão Paulo (SP), 21/04/2025 - Missa em em homenagem ao Papa Francisco, na Catedral da Sé.
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
SSão Paulo (SP), 21/04/2025 - Missa em em homenagem ao Papa Francisco, na Catedral da Sé.
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Missa em em homenagem ao papa Francisco, na Catedral da Sé – Foto: Paulo Pinto/Sucursal Brasil

Também em pé, próximo ao altar, estava Milton Moreira, 80 anos, que destacou  a humildade do papa. “Ele era tão humilde que ficou sempre ao lado dos mais necessitados. Ele deu a vida pela unidade e pela silêncio no mundo. É uma grandeza muito infinita.”

“O papa Francisco não tinha preconceito com zero”, ressaltou a consultora óptica Dina Cavallari, 60 anos.

“Desde a pessoa mais humilde, independente de crença ou de sexualidade, ele sempre teve uma mente muito oportunidade. Gostava dele porque ele apoiava todas as classes. A igreja lotada hoje dá uma prova de muito carinho e de uma perda muito grande para nós”, lamentou Dina Cavallari.

Para a consultora, o novo papa, que será escolhido em conclave, deve “ter um pensamento mais atual para dar seguimento ao que está acontecendo no mundo hoje e ser um papa atualizado com a situação em que o mundo se encontra”.

Coletiva

Pouco antes de comemorar a missa na Sé, o cardeal dom Odilo Scherer conversou com jornalistas e falou sobre a valor do papa Francisco para a Igreja Católica. “Nós temos muito agradecer a Deus pela vida do papa Francisco que foi escolhido uma vez que pontífice no Conclave 2013 e deu uma grande taxa para a Igreja dar passos adiante na risco da prática do Concílio Vaticano II”, exaltou. “Um dos destaques desse pontificado foi a perenidade da implantação do Concílio Vaticano II no que diz reverência à própria Igreja, de tornar a Igreja realmente mais missionária, não voltada para dentro ou exclusivamente cuidando de si, mas uma Igreja para o mundo.”

 


SSão Paulo (SP), 21/04/2025 - Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, preside missa em sufrágio do Papa Francisco que faleceu nesta segunda-feira.
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
SSão Paulo (SP), 21/04/2025 - Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, preside missa em sufrágio do Papa Francisco que faleceu nesta segunda-feira.
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Dom Odilo Scherer destaca legado do papa Francisco – Foto: Paulo Pinto/Sucursal Brasil

Outro paisagem que ele citou uma vez que importante desse pontificado foi o de ter “coragem em tomar medidas novas, drásticas e fazer legislações novas para emendar uma úlcera moral existente no meio de membros do clero”.

Essas chagas, explicou depois o cardeal, se referem a denúncias de abusos e de pedofilia dentro da Igreja Católica. “O papa Bento XVI já levou muito a sério essas questões, por exemplo, de depravação moral, pedofilia e abusos sexuais dentro do clero. O papa Francisco prosseguiu nisso e fez uma legislação para claramente limpar essas situações que, naturalmente, atingem uma porcentagem muito pequena no clero. Mas acaba que todo o clero leva a reputação”, disse.

“O papa Francisco, justamente, pôs a mão nessa úlcera e, felizmente, também com bastante firmeza e triunfo. Mas isso não significa que isso está resolvido porque essa é uma requisito humana que sempre pode voltar. Por isso mesmo requer tanto um zelo com a escolha dos candidatos quanto zelo na formação para que os sacerdotes não caiam nessa situação, não caiam nessa tentação”, completou.

Segundo ele, o papa Francisco também será lembrado por ter deixado uma vez que legado a escolha por cardeais de fora do eixo europeu. “O papa escolheu muitos cardeais de regiões mais periféricas da Igreja, até mesmo em países onde a presença da Igreja é mínima para dar ocasião de ouvir e de participar”, disse. “O papa Francisco se preocupou com as periferias do mundo. As periferias sociais, as geográficas e, até mesmo, as periferias econômicas e também dentro da igreja”, acrescentou.

Fonte EBC

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