'fiquei Apavorado', Diz Goleiro Beleado Por Pm Em Campo

‘Fiquei apavorado’, diz goleiro beleado por PM em campo – 12/07/2024 – Esporte

Esporte

O goleiro Ramón Souza, 22, baleado por um policial em campo na última quarta-feira (10), relata que não esperava que sofreria uma violência dessa intensidade, mormente numa confusão que já havia concluído.

“Ele [o policial] falou para eu ir para trás. No momento que eu estava dando um passo para trás, ele efetuou o disparo Não [esperava]. Na verdade, nunca esperei, nunca imaginei passar por isso na minha vida, na minha curso, até porque eu estava no meu envolvente de trabalho. Na hora, antes da dor, fiquei sem crer, porque a gente usa nosso corpo uma vez que instrumento de trabalho e, quando eu vi aquilo, fiquei apavorado, com pânico e, depois, veio muita dor”, relatou à Folha.

A confusão começou por conta de uma discussão entre um gandula e o goleiro do Núcleo Oeste, competidor do Grêmio Anápolis de Ramón naquele dia. No tumulto, a polícia dispersou o time, mas um dos agentes empurrou o zagueiro Kayk, 21, e apontou a arma para o rosto dele, conforme relatos do gandula, do zagueiro e do goleiro.

“E, quando já estava se apaziguando, o time competidor já estava entrando no vestiário e o nosso também já estava de saída, foi quando os policiais chegaram já empurrando todo mundo, apontando a arma. Aí o policial empurrou um dos nossos atletas [Kayk], que estava de costas, e apontou a arma em direção ao rosto dele. Foi o momento em que eu vi e pedi para ele agachar a arma”, afirma Ramón.

O goleiro ainda não tem previsão de retorno às atividades com globo e depende da evolução da cicatrização do ferimento, que tem três centímetros de profundidade e três centímetros de largura, de consonância com o médico do Grêmio Anápolis, Diego Bento.

“Essa ferida pode evoluir de maneira boa ou não. Evoluindo de maneira ruim, devido à desvitalização desse tecido, porque a projéctil estava muito quente e queimou literalmente o tecido que estava em volta, ela [a ferida] pode suportar uma necrose, pode evoluir para uma infecção. Estamos tratando o goleiro Ramón com antibióticos e fazendo curativos diários. Esperamos e torcemos muito para a recuperação dele nos próximos três a quatro meses para ele voltar aos campos”, disse.

A mãe de Ramón, Carliane Alves de Souza, 42, acredita que o rebento não atuará mais durante o ano de 2024. Ele está fora do restante da da separação de chegada do Campeonato Goiano.

“Esse varão que usa a farda nunca pode ser chamado de policial goiano. Aquele varão é um despreparado. Ele não poderia nunca ter disparado aquele tiro, porque não havia premência. Atrapalhou meu menino, tirou ele do campeonato. Ele não joga mais esse ano. Em vez de estar treinando, está andando de delegacia em delegacia. A história da vida dele mudou dentro de alguns segundos. Se a gente permanecer embatucado, isso vai suceder com outros”, contou ela.

No relato registrado no boletim de ocorrência, Ramón afirma que pediu ao policial que abaixasse a sua arma, mas foi atingido logo em sequência, momento em que saiu gritando e correndo com dor. Enquanto isso, afirma o goleiro, o policial perguntava aos outros jogadores: ‘Quer também?’, com a arma apontada na direção deles.

O jurisperito Paulo Pinho, do Grêmio Anápolis, acompanhou o goleiro durante prova na delegacia na manhã desta quinta-feira (11). Ramón passou por fiscalização de corpo de delito ainda durante a noite de quarta.

Segundo Pinho, será feita a representação na corregedoria da Polícia Militar, muito uma vez que os atos necessários na Justiça Desportiva e na Justiça generalidade para buscar reparação.

A Polícia Militar informou, por meio de nota, que foi determinada a buraco de um procedimento administrativo para apurar os fatos com rigor.

A corporação disse que reafirma o seu compromisso com o cumprimento da lei e reitera que não compactua com qualquer ramal de conduta praticado por seus membros.

Em nota, o governador Ronaldo Caiado afirmou estar revoltado e que “uma investigação rápida e detalhada sobre o caso”.

“O policial responsável pelo disparo foi remoto de qualquer evento esportivo e guiado para a junta psicológica. A Corregedoria da Polícia Militar de Goiás abriu um interrogatório policial militar para apurar o transgressão de lesão corporal e também foi instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar. O governo de Goiás não compactua com qualquer ramal de conduta nas forças de segurança e em nenhum órgão do estado”, afirmou o governador.

Folha

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