Fratus: Não Queria Que Brasil Fosse Lembrado Por Expulsão

Fratus: Não queria que Brasil fosse lembrado por expulsão – 30/07/2024 – Mônica Bergamo

Esporte

O nadador e medalhista olímpico Bruno Fratus, que está nos Jogos de Paris uma vez que comentarista da Mundo, diz que a expulsão da desportista Ana Carolina Vieira da competição “é uma situação chata” e que “não gostaria que a natação brasileira fosse lembrada por esse indumento”.

“Não é a primeira vez que a gente tem um caso de indisciplina dentro do time. E é importante que haja a implementação de um código de conduta. Simbolizar o Brasil e vir até uma Olimpíada é um privilégio. Isso requer o maior nível de saudação e disciplina verosímil”, afirma o desportista à poste.

Ana Carolina teve sua expulsão anunciada pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) no domingo (28). Segundo a entidade, a desportista deixou a Vila Olímpica sem autorização junto com o namorado, o também nadador Gabriel Silva Santos, na noite de sexta-feira (26). Enquanto ela foi expulsa, ele sofreu uma aviso.

A decisão mais dura contra a nadadora ocorreu depois de uma ríspida discussão entre ela e a percentagem técnica. O motivo da disputa teria sido a decisão de retirar a nadadora Maria Fernanda Costa, a Mafê, da equipe que disputaria os 4 x 200 m livre, em que há revezamento dos atletas.

Segundo profissionais que acompanham a rotina na Vila Olímpica ouvidos pela Folha, a discussão incluiu “gritos e dedo na faceta”. Em seguida a repercussão do caso, Ana Carolina disse que comprovará que foi vítima de uma injustiça.

“É importante que se lide com casos de indisciplina de maneira réplica, para tentar se produzir uma cultura de time, né? Eu palato muito de usar o exemplo dos Estados Unidos. Eles estão lá pelo time deles, pelo país deles, e não para nadar para si próprio”, segue Fratus.

O desportista, que conquistou a medalha de bronze nos Jogos de Tóquio, anunciou em abril deste ano que não participaria das disputas na capital francesa depois passar por uma série de lesões e cirurgias. Ele, logo, foi contratado pela Mundo para integrar o time de comentaristas da emissora.

Fratus entrevistou o nadador Guilherme Costa, o Cachorrão, depois o desportista ter ficado de fora do pódio na disputa dos 400 m livre na natação no sábado (27). Na transmissão ao vivo, o comentarista ficou visivelmente emocionado e consolou o competidor. O incidente repercutiu entre internautas nas redes sociais.

“Naquele momento, eu decidi protrair a minha participação uma vez que comentarista e continuar sendo o Bruno, que é o companheiro de equipe e colega do Gui. Ali, não vi um desportista chegando na zona mista, vi um colega que precisava de um amplexo”, descreve Fratus sobre a interação entre eles.

“A minha vontade era de botar ele no ombro, carregar o moleque. Até agora me emociona um pouco falar sobre isso. É pesado. Olimpíadas são pesadas, a dedicação emocional da coisa é muito pesada. Mas eu acredito que o Gui vai trespassar mais possante disso.”

Fratus afira que não conversou diretamente com o competidor depois do incidente e que tem evitado manter contato para não interferir na concentração dos atletas.

“Estou segurando a vaga um pouco, até na minha vontade de interagir. Em todas as competições que eu participo, eu palato de permanecer só. É necessário respeitar esse espaço e dar privacidade”, explica.

Fratus tem uma vez que treinadora a velocista Michelle Lenhardt, sua mulher. Os dois se conheceram na rotina de atletas e estão juntos há mais de dez anos. A gaúcha participou dos Jogos de Pequim-2008 e passou a treinar o marido no término de 2016.

Na idade, Fratus estava gorado com seu desempenho nas Olimpíadas do Rio, e Michelle também não sabia para qual caminho seguir depois uma irrupção pelo mundo das competições fitness.

Fratus diz que ter Michelle uma vez que treinadora é “um tanto maravilhoso, mas, ao mesmo tempo, provocador”. “No primórdio a gente tinha essa gulosice ilusão de que seria capaz de separar a relação [profissional da parte familiar]”, completa.

“Você tem que saber comandar tudo muito. Muitas vezes aquele relacionamento hierárquico que existe entre treinador e desportista pode interferir e botar o dedo no consórcio”, alerta. “Mas é gostoso. Eu palato muito. Não faria dissemelhante.”

O parelha, porém, estabeleceu uma regra: não falar de natação 24 horas por dia. “Assim uma vez que um consórcio, o esporte olímpico não é um tanto que você desliga em qualquer momento. É um projeto de vida. Portanto a regra que a gente tem, por mais engraçado que seja, é ter um momento em que vamos parar de falar [sobre o esporte]”, conta.

O nadador é escrupuloso ao falar sobre o próximo giro olímpico. “Sempre fui um faceta de fazer uma coisa de cada vez. Nesse momento, estou focado no que eu tenho que entregar cá em Paris. Agora, se quero estar em Los Angeles? Com certeza absoluta. Mas é um tanto que é impossível planejar agora”, finaliza.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH


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Folha

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