Desde as 15h desta segunda-feira (2), torcedores corintianos começaram a se apinhar em frente ao portão principal do Parque São Jorge, a sede do clube, onde, a partir das 18h, será o recomendação deliberativo votará o impeachment do presidente alvinegro, Augusto Melo.
Temendo qualquer tipo de confusão, as escolas da região enviaram mensagens aos pais para que eles buscassem os filhos mais cedo.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfico), às 15h16 a pista sítio da avenida Elisabeth de Robiano (marginal Tietê) foi bloqueada no sentido Ayrton Senna, na profundeza da rua São Felipe. O meandro está sendo pela pista expressa. Também há bloqueio na rua São Jorge junto à rua santa Elvira, com meandro pela rua Santa Elvira.
Devido a esses bloqueios, o trânsito da marginal Tietê está congestionado no sentido leste.
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que a segurança na região está sendo feita pelo batalhão de choque da Polícia Militar, “para prometer a segurança dos participantes e moradores da região do Parque São Jorge”.
“A ação é preventiva, técnica e isenta, focada em evitar tumultos e proteger a população. O projecto integrado de segurança envolve unidades especializadas, monitoramento com drones e coordenação com órgãos parceiros. A PM também monitora um evento paralelo de funcionários”, disse a SSP.
O temor dos moradores da região é que haja confronto entre os torcedores que apoiam Augusto Melo e os que pedem o seu impeachment. Essa votação estava marcada para a última quinta-feira (28), mas foi adiada para esta segunda.
Principal organizada do clube, a Gaviões da Leal é em prol da ininterrupção do presidente, para evitar que uma mudança neste momento atrapalhe o time na procura por uma vaga na Libertadores do ano que vem depois uma grande recuperação no Campeonato Brasiliano.
Por isso, a diretoria da torcida convocou os torcedores para chegarem ao Parque São Jorge a partir das 15h. Em enviado nas redes sociais, a Gaviões afirmou que estaria presente de forma pacífica e pediu que os torcedores que fossem ao sítio mantivessem “um envolvente cómodo, com saudação e união, para que nenhum incidente comprometa a segurança e a ordem nesse momento crucial”.
Na mesma nota, porém, deixou evidente que mudará sua posição caso sejam encontradas irregularidades do presidente Augusto Melo.
“Se, ao término do questionário policial, for comprovado qualquer envolvimento do presidente em irregularidades, seremos os primeiros a exigir sua repúdio. Até lá, defendemos que nenhuma decisão precipitada comprometa a segurança do clube e a paixão da torcida.”
Melo enfrenta o processo de impeachment com base em acusações de irregularidades em comissões pagas na assinatura, no início do ano, do contrato de patrocínio com a VaideBet, que está sob investigação da Polícia Social. Em junho, o site de apostas anunciou a rescisão unilateral, por ver sua imagem desgastada com o caso.
O questionário é a saudação de um pagamento de percentagem de R$ 25,2 milhões para a Rede Social Media Design, que pertence a Alex Fernando André, o Alex Cassundé, que atuou na campanha de Augusto. Essa empresa repassou secção da percentagem para a Neoway Soluções Integradas em Serviço, registrada em nome de Edna Oliveira dos Santos, uma mulher que mora em residência humilde em Peruíbe e nem sabia da existência da empresa.
À idade da rescisão contratual, em nota, o Corinthians afirmou que “todas as negociações, incluindo patrocínios, se deram de forma lícito com empresas regularmente constituídas”. “O clube destaca que não guarda responsabilidade sobre eventuais repasses de valores a terceiros”, dizia o texto.
É necessária maioria simples no Juízo para a ininterrupção da tramitação, em um processo essencialmente político. No caso de o impedimento ser confirmado, Melo será imediatamente retirado do missão –ocupado pelo primeiro vice-presidente Osmar Stábile– e os sócios serão convocados para a votação definitiva do tema, também com urgência de maioria simples.
O prazo para a convocação da parlamento universal de associados é de cinco dias depois a votação no Juízo, com publicação em jornais de grande circulação e antecedência de 30 a 60 dias.