George Clooney Chega à Broadway Com Boa Noite E Boa

George Clooney chega à Broadway com Boa Noite e Boa Sorte – 26/02/2025 – Ilustrada

Celebridades Cultura

George Clooney tem saído escondido para fumar.

Não porquê seu colega Barack Obama costumava fazer, quando estava concorrendo à presidência e sua esposa, Michelle, insistia para que ele parasse. Clooney nem gosta de fumar.

“Eu tive que melhorar minha tragada”, disse ele. “Eu saio para que as crianças não vejam e fumo um pouco.” Ele planeja mudar para cigarros de ervas quando fizer sua estreia na Broadway no próximo mês em uma adaptação teatral de seu filme de 2005, “Boa Noite e Boa Sorte”.

Fumar tem sido repugnante, diz ele, porque em sua família, de Kentucky, “oito tios e tias morreram de cancro de pulmão —é alguma coisa sério.” Ele observou que sua tia, Rosemary Clooney, cantora e estrela de cinema, tinha 74 anos quando morreu, em 2002, de complicações de cancro de pulmão. “Meu pai é o único que não fumava, e ele tem 91 anos.”

Clooney estava sentado em um sofá cor-de-rosa no final do mês pretérito no Morada Cipriani, um hotel em Manhattan. Ele ficaria ali pelas próximas cinco horas, contando histórias encantadoras sobre paixão, Hollywood e política, porquê uma Scheherazade moderna.

Dissemelhante do filme, onde ele assumiu o papel não-fumante de Fred Friendly, produtor do jornalista da CBS Edward R. Murrow, na Broadway Clooney interpretará Murrow, que tinha o hábito de fumar três maços por dia e morreu em 1965, aos 57 anos, de complicações de um cancro de pulmão. Uma dez antes de sua morte, Murrow foi um dos primeiros a relatar os vínculos entre o fumo e o cancro de pulmão em seu programa, “See It Now”.

Quando Clooney dirigiu seu aclamado filme, organizações anti-tabagismo o criticaram sobre o Murrow de David Strathairn, que fumava incessantemente.

“Eu estava tipo… ‘Muito, todos eles morreram de cancro de pulmão —você não pode não fazer o que é factualmente verdadeiro'”, ele lembrou. Seu interesse pelo que é factualmente verdadeiro — e porquê os americanos não começam mais com a mesma base de fatos— o levou de volta a um tempo em que o país considerava algumas das principais pessoas da TV porquê autoridades morais.

Murrow se conectou com os ouvintes de rádio durante a Segunda Guerra Mundial transmitindo de Londres em meio ao blitz, e depois com os primeiros telespectadores entrevistando figuras célebres porquê John F. Kennedy e Eleanor Roosevelt. No “See It Now”, Murrow desafiou os poderosos —mais notoriamente Joseph McCarthy, o senador de Wisconsin do qual nome se tornou um “ismo” quando ele indiscriminadamente difamou e espalhou veneno, procurando comunistas e acusando falsamente as pessoas de serem comunistas.

“Não devemos confundir dissidência com deslealdade. […] Não caminharemos com susto um do outro. Não seremos levados pelo susto a uma era de irracionalidade”, disse Murrow em seu ataque a McCarthy.

Clooney e seu colaborador de longa data, Grant Heslov, escreveram o filme e a peça. Eles conceberam o filme porquê uma produção ao vivo para a CBS, porquê o remake de Clooney em 2000 do filme de Henry Fonda, “Código de Ataque”.

“Sempre fiquei entusiasmado com o risco de não ter rede de segurança”, disse Clooney, que também fez lobby para fazer um incidente ao vivo de “ER” quando interpretou o charmoso Dr. Doug Ross no sucesso da NBC. Mas depois que Justin Timberlake rasgou o figurino de Janet Jackson e expôs seu seio durante o show do pausa do Super Bowl de 2004, os executivos da CBS perderam o paladar por decorrer riscos com a TV ao vivo. Clooney teve que hipotecar sua lar para ajudar a financiar o filme em preto e branco, que recebeu seis indicações ao Oscar, incluindo melhor roteiro.

Clooney pretendia interpretar Murrow, mas posteriormente a leitura de mesa, ele disse a Heslov: “Eu não tenho a sisudez necessária.” Heslov concordou. Murrow tinha “o peso do mundo em seus ombros”, disse ele em uma entrevista por telefone, “e naquela quadra George não tinha isso.”

Agora, duas décadas depois, aos 63 anos, Clooney está pronto. “Sempre senti que havia uma tristeza em Murrow, e isso não era alguma coisa que você poderia associar a mim aos 40 anos”, disse ele.

Clooney disse que o palco será transformado em uma redação com muro de 30 monitores se movendo, mostrando imagens antigas. David Cromer, o diretor vencedor do Tony Award da peça, recrutou o designer de vídeo e projeção David Bengali para ajudar, porquê Cromer colocou, “a recriar porquê é testemunhar à televisão sendo feita.”

Clooney e Heslov começaram juntos porquê atores em Los Angeles, fazendo peças em pequenos teatros. Uma chamada “The Biz”, dirigida pelo primo de Clooney, Miguel Ferrer, era sobre atores tentando se evidenciar. E Clooney atuou em uma peça sobre Sid Vicious chamada “Vicious” em 1986. Ele não pisou no palco desde logo.

Quase quatro décadas depois, Heslov e Clooney subiram ao palco do Winter Garden Theater, onde o show começa suas prévias em 12 de março. Heslov disse: “Nós dois ficamos tipo, ‘Uau!'”

A teoria de estar na Broadway, Clooney admitiu, é assustadora.

“Estou apavorado com isso”, disse ele. “Você está brincando? Estou fazendo 11 monólogos. Quando você fica mais velho, sua memória não é a mesma. Quando eu fazia ‘ER’, eram 12 páginas de diálogo médico. Você olha para isso de manhã e diz: ‘OK, vamos lá!’ Agora você fica mais velho e pensa, ‘O que há de falso comigo? Muito, não beba vinho esta noite.'”

‘Nós, no nosso melhor’

Ele disse que co-escreveu o filme porquê uma sátira à maioria da prensa que se rendeu antes da invasão do Iraque em 2003. Clooney criticou o presidente George W. Bush pela guerra equivocada, e foi chamado de traidor por ser contra ela.

O filme, disse ele, era realmente sobre: “Precisamos da prensa” porque “governo sem controle é um problema.”

Agora, com o presidente Donald Trump jogando Washington em tumulto, Clooney afirma que estamos vivendo um tempo em que “Você pega uma narrativa; você a inventa; não se preocupe com os fatos; não se preocupe com as repercussões.” Ele disse que a peça “parece mais sobre a verdade, não somente a prensa. Os fatos importam.”

Certamente, há ecos inevitáveis da Washington de McCarthy na Washington de Trump, um lugar repleto de “fatos alternativos”, porquê Kellyanne Conway os chamou, muito porquê teorias da conspiração, ataques imprudentes e medidas punitivas.

Ele não sabe se o público verá sua peça porquê uma sátira a Trump. “Acho que eles vão gostar de ouvir as conversas sobre nós no nosso melhor”, disse ele. “Murrow nos representou no nosso melhor.”

Clooney foi cortejado por alguns dos principais democratas para concorrer à presidência. Ele entraria na disputa?

“Não”, disse ele, de forma um tanto suasivo.

Em um mundo com poucas autoridades morais, Clooney remete não somente a Murrow, mas também a seu pai, Nick Clooney, um âncora no Kentucky e mais tarde um apresentador da AMC, que chamava a atenção das pessoas no jantar se elas menosprezassem alguém ou dissessem alguma coisa preconceituoso, e depois deixava a mesa.

Quando petiz, George Clooney lembrou: “Eu sempre ficava tipo, ‘Você não pode simplesmente não ouvir, para que possamos terminar de consumir?’ A verdade é, simples, que ele estava patente. Ele e minha mãe nos ensinaram, ‘Você tem que fazer isso quando é desconfortável.'”

Nick Clooney gostava de subir em uma cadeira e recitar o exposição “Wires and Lights in a Box” de Murrow, sobre porquê a televisão estava se tornando não uma instrumento para informar, mas um brinquedo para distrair —um argumento que prenunciou a era da internet. Agora os magnatas da tecnologia superaram os magnatas das redes; eles controlam a informação —e em grande segmento as emoções— na América. Clooney, que não tem presença nas redes sociais, disse que vê “muita medo” enquanto os magnatas da tecnologia se curvam a Trump.

Clooney tentou incutir os valores de seu pai. Ele lutou por anos para trazer consciência ao conflito e à miséria em Darfur. Em meio a outros trabalhos de humanitarismo, ele fundou a Instauração Clooney para a Justiça com sua esposa, Amal, uma advogada de direitos humanos, para “promover a justiça” e ajudar vítimas de abusos de direitos humanos, enquanto pune os perpetradores.

Em junho, Clooney e Obama apareceram em um glamoroso evento beneficente em Los Angeles, que arrecadou 28 milhões de dólares para o presidente Joe Biden. Quando Biden pareceu enregelar no palco, Obama o conduziu para fora. Clooney ficou pasmo.

“Eu o vi por horas um ano antes no Kennedy Center, e vi alguém muito menos amolado” naquela noite, disse Clooney. “Sempre gostei de Joe Biden, e ainda paladar dele.”

Mas posteriormente o colapso de Biden no debate, Clooney escreveu um experiência convidado para o The New York Times pedindo que Biden se afastasse.

Biden abdicou de sua responsabilidade ao esconder suas incapacidades, disse-me Clooney, e “a mídia, de muitas maneiras, deixou a desejar.”

“Tudo faz sentido”

Clooney chegou a Novidade York no final de janeiro com Amal e seus gêmeos de 7 anos, Alexander e Ella. Eles têm um lugar na Inglaterra e uma lar no Kentucky perto de seus pais. Mas sua residência principal agora é uma rancho na França.

“Crescendo no Kentucky, tudo o que eu queria era trespassar de uma rancho, trespassar daquela vida”, disse ele. “Agora me vejo de volta a essa vida. Eu dirijo um trator e todas essas coisas. É a melhor chance de uma vida normal.”

E porquê foi a transição de solteiro glamoroso para marido e pai?

“Eu realmente não estava no mercado para ser pai”, disse ele. “Portanto conheci Amal, e nos apaixonamos. Tenho que manifestar que, depois disso, tudo fez sentido.”

Clooney está consciente do tempo passando. “Tive essa conversa com Amal quando fiz 60 anos”, disse ele. “Eu disse, ‘Olha, ainda posso jogar basquete de quadra inteira. Ainda posso decorrer. Ainda posso fazer praticamente tudo o que fazia quando tinha 30 anos. Mas em 30 anos, terei 90. Esse é um número real. Meu pai acabou de chegar lá. E há algumas coisas que você não faz, não importa quantas barras de granola você coma. Eu disse a Amal, ‘Temos que focar nos próximos 20, 25 anos para prometer que estamos aproveitando ao sumo.’ Não somente trabalho, porque ninguém no final da vida diz, ‘Deus, eu gostaria de ter trabalhado mais.'”

Ele ficou mais contemplativo. “Há alguma coisa sobre encontrar a pessoa que você precisava encontrar, particularmente em uma certa idade, e tudo a partir daí é fácil.”

“Renovamos nossa lar”, continuou ele. “Amal dizia, ‘Quero pintar esta parede de amarelo.’ Muito, se eu tivesse 27 anos e estivesse trabalhando na construção, teria dito, ‘Essa é uma cor estúpida.’ Mas a verdade é que aos 60, você simplesmente diz, ‘OK.’ Há tantas coisas que teriam causado atrito que não causam.”

Clooney pode não gostar de paredes amarelas, mas está mantendo o otimismo. “Eu peguei o prêmio sumo”, disse ele. “Tudo deu patente. Se eu trespassar e for atropelado por um ônibus amanhã, ficarei muito.”

Folha

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