Ayrton Senna viveu boa secção de sua vida desafiando o cronômetro. Tornou-se umas das lendas da F1 pela procura contínua pelos melhores tempos nas pistas. Sua preocupação o colocou em uma posição de destaque entre os recordistas de poles e vitórias na principal categoria do automobilismo. Mas não foi unicamente porquê piloto que ele transcendeu o tempo.
O valor da imagem do ícone brasiliano superou o passar os anos. Exatas três décadas depois o trágico acidente no GP de San Marino, em Ímola, na Itália, Senna continua a quebrar barreiras, com a longevidade de seu legado através das marcas Senna e Senninha.
Ambas foram idealizadas para transmitirem as principais virtudes atribuídas ao piloto, mas de uma forma que elas não dependam necessariamente dos feitos dele nas pistas para se manterem relevantes para os fãs que acompanharam sua trajetória, assim porquê para aqueles que a conhecem somente pelas histórias sobre o tricampeão mundial.
Bianca Senna, sobrinha de Ayrton e CEO da Senna Brands, empresa responsável pela gestão das marcas que levam o nome do ídolo, afirma que os valores de seu tio são atemporais, porém a forma porquê eles são apresentados ao público “se adapta conforme o mundo vai mudando”.
“Nosso objetivo enquanto grupo que gerencia e maximiza os ativos vinculados ao Ayrton é perpetuar a história e o legado dele, ao mesmo tempo em que encaramos a missão de edificar uma marca que não dependa exclusivamente da imagem do Ayrton para continuar crescendo”, diz Bianca à Folha.
Atualmente, ela vive nos Estados Unidos, de onde lidera o processo de expansão das marcas, que tem no mercado norte-americano sua principal anelo.
A teoria é aproveitar a vaga gerada pela série Drive to Survive, da Netflix, que desde o lançamento de sua primeira temporada, em 2019, tem tido papel no propagação da F1 nos EUA nos últimos anos anos, um pouco que a categoria buscou por décadas.
A produção sobre os bastidores da categoria se tornou um importante gavinha entre os pilotos do grid com novos públicos, sobretudo os jovens e as mulheres, além de despertar um interesse pelas lendas da categoria, incluindo Senna, que também terá sua história contada pela Netflix.
“O Ayrton é uma figura global e pesquisas encomendadas por nós em 2023 indicam que ele desperta mais interesse nas pessoas do que o próprio automobilismo em si”, diz Bianca.
A série biográfica sobre o piloto, com o ator Gabriel Leone no papel do ídolo, será lançada no final do ano e é uma iniciativa da Senna Entertainment, responsável por parcerias da marca para a obras de audiovisual, uma das dez áreas de negócios em que o nome do piloto é atrelado.
“A série traz o Ayrton varão”, diz Thiago Fernandes, COO da Senna Brands. “É o Ayrton com a família, o Beco [apelido dele] engraçado, a intimidade porquê ser humano, tudo o que fazia dele tão privativo”.
“O interesse por F1 aumentou exponencialmente por conta da série Drive to Survive e, com isso, sentimos um momento de oportunidade para estarmos mais presentes nos EUA”, acrescenta Bianca.
Para marcar o projecto de ações voltado ao mercado norte-americano, nesta quarta-feira (1º), data em que a morte de Ayrton Senna completará exatos 30 anos, o icônico penacho amarelo do piloto será projetado na Sphere, um espaço futurista inaugurado em 2023 em Las Vegas, palco de uma das três corridas da F1 nos EUA nesta temporada —o Mundial passará, ainda, por Miami e Austin.
A ação é promovida pela Senna Brands em parceria com o Guaraná Antarctica e será divulgada nas redes sociais das duas marcas a partir das 13h (de Brasília).
De conciliação com Bianca Senna, produtos ligados ao brasiliano estão chegando neste ano ao mercado dos EUA. Um deles, a réplica de um sege da McLaren pilotada pelo ídolo, tem sido um sucesso de vendas. “A Lego [empresa responsável pela miniatura] ficou até surpresa com a procura. Quase não se acha mais nas lojas”, afirma.
Também à venda no Brasil, a réplica faz secção de uma série de produtos e ações voltados para invadir o público mais jovem, que não necessariamente viu o Senna decorrer ou gosta de automobilismo.
Disponível no catálogo da Netflix, o ilustração entusiasmado Senninha é um exemplo disso. O personagem criado publicitário Rogério Martins apresenta uma versão infantil do piloto, mas com as mesmas virtudes do ídolo.
Para o público jovem, o foco são os jogos de vídeo game. Em 2021, a Codemasters e a EA Sports apresentaram a versão solene do jogo da F1 com a reprodução do tricampeão brasiliano. Na mesma risca, a franquia Gran Turismo buscou a Senna Entertainment para expansões dentro da plataforma.
“Precisamos reconhecer que a marca Senna tem uma flexibilidade que poucas marcas possuem. Isso nos abre um leque de possibilidades grande e nos permite declarar que a meta para o horizonte é a expansão, em várias frentes”, explica Bianca Senna.
Segundo dados fornecidos pela Senna Brands, ao longo de 30 anos, a marca Ayrton Senna já movimentou US$ 1,2 bilhão (R$ 6,2 bilhões) em retail value, termo que indica o quanto foi movimentado em vendas no varejo.
Para o professor de marketing esportivo Ivan Martinho, há no Brasil uma memória coletiva muito positiva em relação a Senna, fundamental para que a marca consiga transpor gerações. “As ações e o zelo com a marca cristalizam essa imagem sempre associada a orgulho, vitória, disciplina e Brasil que dá perceptível”, ele explica.
Renê Salviano, técnico em marketing esportivo destaca que, mesmo ele sendo um ídolo, não é tarefa fácil manter o reconhecimento da marca pelo veste de o automobilismo não ser o esporte preposto do país. “De fora, a gente enxerga uma gestão profissional da família Senna”, diz. “Ou por outra, Senna é um ícone mundial.”
Em 2023, a empresa que cuida das marcas Senna e Senninha realizou uma pesquisa global em parceria com a Opinion Box, empresa técnico em pesquisa de mercado, que ouviu mais de quatro milénio pessoas em 11 países. A apontou que que Senna é sabido por 92% dos brasileiros, 65% dos europeus e 72% dos japoneses.
Ou por outra, ele é visto porquê uma “referência no esporte” para 98% dos entrevistados no Brasil; 88% no México; 87% na Argentina; 79% na Europa; 70% nos Estados Unidos; e 59% no Japão.
Além da idolatria pelo ídolo passada, principalmente, de pais para filhos, secção do conhecimento dentro do país se deve a atuação do Instituto Ayrton Senna, organização sem fins lucrativos dedicada à melhoria da ensino de crianças e jovens, fundada em novembro de 1994, seis meses depois a morte de Senna.
De conciliação com o mais recente relatório anual da entidade disponível para consulta no site solene, referente a 2022, em três décadas de atuação, 36 milhões de crianças foram impactadas por qualquer dos projetos do instituto, porquê o licenciamento de programas de estudo para escolas, além da oferta de cursos livres para professores.
A entidade tem porquê presidente Viviane Senna, mana do piloto, e responsável por idealizar toda a atuação do instituto.