Com o recorde de 11 títulos mundiais no judô, além de três medalhas de ouro olímpicas e uma invencibilidade que durou quase uma dez, o gigante francesismo Teddy Riner é considerado por muitos o maior judoca da história do esporte.
Embora tenha sofrido algumas derrotas ao longo dos últimos anos, Riner chega aos Jogos de Paris, dentro de vivenda, uma vez que o principal nome da categoria supra de 100 kg, podendo igualar o recorde de vitórias em Olimpíadas do nipónico Tadahiro Nomura que já dura 20 anos.
Originário de Pointe-à-Pitre, em Guadalupe, território francesismo na região do Caribe, o lutador de mais de 2 metros de profundidade mudou-se com a família ainda gaiato para Paris, onde começou a prática esportiva.
Em 2007, aos 18 anos, tornou-se o mais jovem vencedor mundial de judô, derrotando nas semifinais o vencedor olímpico nipónico Kosei Inoue. O primeiro título mundial do francesismo foi conquistado no Rio de Janeiro, dando início a uma relação íntima com o Brasil que segue viva até hoje.
No ano seguinte, nos Jogos de Pequim, conquistou sua primeira medalha olímpica, ficando com o bronze. Engatou na sequência mais três títulos mundiais até dar início a uma das maiores séries invictas do esporte.
Entre setembro de 2010 e fevereiro de 2020, “Teddy Bear” ou “Big Ted”, uma vez que é carinhosamente divulgado devido ao seu porte físico encorpado, alcançou a impressionante marca de 154 vitórias em sequência. Conquistou o ouro olímpico na edição de Londres, em 2012, e na do Rio de Janeiro, em 2016, além de outros seis títulos mundiais.
A invencibilidade chegou ao termo justamente em Paris, quando perdeu para o nipónico Kokoro Kageura ao levar um contragolpe já no golden score (prorrogação), durante a terceira rodada do Grand Slam da modalidade na capital francesa.
Muro de um ano depois, nos Jogos de Tóquio, Riner acabou mais uma vez derrotado, caindo nas quartas de final para o russo Tamerlam Bashaev, logo líder do ranking. Foi sua primeira rota em uma Olimpíada desde Pequim, em 2008.
Na repescagem, o francesismo derrotou o peso-pesado brasílio Rafael “Baby” da Silva em uma luta que durou unicamente 46 segundos, e, na sequência, o nipónico Hisayoshi Harasawa, garantindo seu segundo bronze olímpico.
“Estou muito orgulhoso desta medalha. Vou saborear porque foi difícil. As lesões, os questionamentos, a rota em Paris, tudo mudou muito. Mas, honestamente, acho que voltei a um ótimo nível”, declarou o judoca logo depois fechar sua participação olímpica no Japão, quando também ajudou seu país a permanecer com o ouro na disputa por equipes. “Você também precisa aprender a perder. Hoje eu aprendi. Agora, será o prazer supra de tudo. Acho que fico lindo com esta medalha”, afirmou.
Desde logo, Riner foi mais uma vez vencedor mundial, em Doha, no Qatar, em 2023. Em 2024, subiu ao lugar mais tá do pódio nas cinco competições que disputou até cá, com 20 lutas e 20 vitórias no ano.
Na França, terá a chance de igualar o recorde olímpico de três ouros individuais do judoca nipónico Tadahiro Nomura, que venceu em Atlanta-1996, Sydney-2000 e Atenas-2004, na categoria até 60 kg.
“Meu objetivo principal é a medalha de ouro, uma vez que sempre foi, e conquistá-la em vivenda é um tanto que me fascina”, afirmou o judoca francesismo no início de 2023, durante um período de treinamentos no Brasil. Ele esteve novamente no país em dezembro, com o objetivo de aprimorar as técnicas de luta de pavimento, se valendo da habilidade de companheiros de treino especializados no jiu-jitsu.
Na capital francesa, o multicampeão pode ter a vida relativamente facilitada pela carência dos russos, que costumam figurar entre os favoritos ao pódio.
Por desculpa da invasão da Ucrânia pela Rússia, o COI (Comitê Olímpico Internacional) anunciou que atletas russos e bielorrussos poderiam competir em Paris unicamente sob uma bandeira neutra. No termo de junho, todavia, a Federação Russa de Judô informou que não enviará representantes à França alegando “condições humilhantes” impostas pelos organizadores.
Riner já chegou a declarar alguns anos detrás que tinha a intenção de se despedir dos tatames depois disputar as Olimpíadas em sua vivenda. “Será o final para mim. Farei tudo o que puder para fechar a minha curso nos Jogos de Paris”, disse, em 2018, ao periódico “Le Figaro”.
No entanto, mantendo-se altamente competitivo nos tatames contra a novidade geração, o lutador francesismo optou por rever a própria decisão e deixou em oportunidade a possibilidade de continuar competindo até os Jogos de Los Angeles, em 2028.
“Não posso declarar, com certeza, que vou parar em 2024. Desde que tudo corra muito, poderei continuar minha jornada ou por outra. Acho fácil comandar viagens e treinamentos e estou em magnífico forma física e com grande excitação pelo meu trabalho”, afirmou ao “L’Equipe”, em 2023. “Embora meu foco esteja em 2024, também estou considerando a possibilidade de mirar em 2028.”
Seja uma vez que for, no próximo dia 2 de agosto, a partir das 16h (horário de Brasília), quando serão disputadas as finais da categoria supra de 100kg do judô nos Jogos de Paris, os tapume de 8,3 milénio torcedores presentes na Redondel Champ de Mars, no coração da capital francesa, empurrarão o veterano lutador de 35 anos rumo ao panteão talhado aos grandes nomes da modalidade.
“Ter as Olimpíadas em vivenda é o que me motiva. É mágico e traz uma série de emoções”, disse o judoca em fevereiro, logo depois ocupar o Grand Slam de Paris.