Gil Se Apresenta Em Xangai Como 'soldado Desarmado' 08/10/2024

Gil se apresenta em Xangai como ‘soldado desarmado’ – 08/10/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

O músico Gilberto Gil, que fez show nesta segunda (7) para muro de 1.500 pessoas no Núcleo de Arte Oriental de Xangai, na China, três dias posteriormente se apresentar também em Taiwan, afirmou que a sua própria presença era um sinal de procura de sossego, numa região sob risco de conflito, uma vez que em outras pelo mundo.

“Olha, o vestimenta de eu vir de tão longe, de uma cultura tão distinta, para buscar esse intercâmbio, essa abordagem místico através da linguagem músico, é sinal de que eu sou um soldado desmontado, um soldado sem armas”, respondeu ele, ao ser questionado pela Folha.

“Não vejo, além do mais, que nesta segmento da Ásia a gente possa chegar a situações mais drásticas” uma vez que em Gaza ou na Ucrânia, prosseguiu. “No caso de Taiwan e China, a língua geral, a cultura, a vida cada vez mais harmonizada diretamente nos hábitos das populações etc. As formas de consumo dos bens materiais e dos bens simbólicos são cada vez mais intercambiadas. Eu espero que cá não entre em conflito armado.”

Para Pequim, a China continental e Taiwan são duas partes de uma só China. O risco de conflito se estende, além do Estreito de Taiwan, para aliados americanos uma vez que Filipinas e Japão, respectivamente no Mar do Sul e do Leste da China.

Gil falou duas vezes ao jornal, antes e depois do show. Antes, questionado sobre o país, sublinhou suas proporções e história. “Mais recentemente, com o desenvolvimento econômico pulsante, sua presença mundial se tornou mais nítida, intensa. E mais ainda com o avento da cultura cibernética. A China hoje rivaliza com os grandes países ocidentais e tem um papel importantíssimo no mundo.”

Depois o show, foi mais específico quanto aos chineses. “Os asiáticos têm nuances variadas em relação à revelação do excitação, nos vários sentidos que a vocábulo tem. Os chineses são dos mais entusiastas que a gente pode encontrar, muito mais do que os japoneses, por exemplo. A China e o Japão talvez sejam os símbolos maiores da vida asiática no mundo. A China é mais satisfeito do que o Japão.”

Com uma orquestra formada por dois filhos seus e dois netos e com músicas conhecidas uma vez que “Expresso 2222” e “Aquele Amplexo”, a apresentação foi nostálgica e envolvente, sem maior viés político. Falou de Gal Costa e Elis Regina e cantou músicas celebrizadas por elas. Ao final, levantou a plateia.

As canções e seu impacto foram semelhantes em Taiwan, segundo relato da pesquisadora e produtora cultural Kelly Hsieh. “E depois ele dançou”, diz ela. “Nossa, quando ele dançou, todo mundo ficou assim. Porque ele já tem 82 anos. Ainda dança muito muito, parece que tem muita vontade.”

Uma vez que em Xangai, a participação da neta Flor Gil, 16 anos recém-completados, chamou a atenção. “A voz dela é linda”, diz Hsieh. Além de instrumentista e de concordar Gil nos vocais ao longo do show, canta músicas uma vez que “Moon River” e “Pranto Rosa”, esta composta por ela mesma.

Gil diz que “ela, uma vez que vários outros mais jovens da família, vêm crescendo num envolvente saturado de música, de expressividade artística, de reflexão cultural, tudo isso, e ela tem talento, uma voz muito formosa e se encaixa nesse grupo de familiares”.

Questionado sobre o significado da família, nessa turnê por sociedades confucianas que a privilegiam, respondeu que “é uma das dimensões humanas mais importantes”, sublinhando que ela “não pode ser sufocante, num mundo com liberdades individuais cada vez mais extensas”.

“Mas, em momentos críticos uma vez que agora, talvez seja fundamental o papel restaurador que a intimidade tem”, diz Gil. “Aqueles que podem cultivar famílias relativamente coesas, em torno de valores, em torno de atitudes positivas etc. No caso nosso, a música, eu acho que é.”

Flor, que acompanha o avô desde os dez anos, diz que o giro pela Ásia, que só tem mais uma paragem, na Coreia do Sul, está sendo nostálgica para ela. “Eu senhoril esse show, e infelizmente é a última turnê que vou fazer com o meu avô, porque ano que vem a despedida dele é durante o ano inteiro e eu não vou conseguir”, diz ela, que mora em Novidade York e “tem escola”.

Gil, a neta e o restante da trupe familiar tiram dois dias, terça e quarta, para passear em Xangai. Questionado uma última vez sobre política, no caso, as eleições para prefeito no Brasil, o músico e ex-ministro da Cultura comenta que “o país ainda está muito estimulado por essa grande polaridade” entre Lula e Jair Bolsonaro.

“Mas acho que isso é da história atual da humanidade”, diz. “Os resíduos do colonialismo europeu na América do Sul e na África, os resíduos da Revolução Soviética, essas coisas estão provocando essa concentração de correntes ideológicas e de maneiras de buscar atividade política que dão nessas polaridades. Quando, na verdade, o mundo está caminhando para processos harmonizadores cada vez maiores.”

Organizado pelo Consulado-Universal do Brasil em Xangai e pela rede Latina de restaurantes brasileiros na China, o show foi bem por empresas uma vez que Vale, Suzano e Huawei.

Folha

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