A Justiça de Pernambuco determinou, na tarde desta segunda-feira (23), a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima, suspeito de ajudar dois investigados a ficarem fora do país. A resguardo do sertanejo alega sua inocência e, na tarde desta terça, um desembargador do Tribunal de Justiça do estado revogou a ordem de prisão, afirmando que os argumentos da juíza foram “ilações impróprias e considerações genéricas”.
A ordem de prisão ocorre no contexto da Operação Integration, da Polícia Social, que investiga um esquema de lavagem de numerário relacionado à exploração de jogos do bicho e jogos de contratempo. A ação já havia resultado na prisão da influencer Deolane Bezerra, no início de setembro.
O culpado não é o primeiro artista do gênero a ter problemas com a Justiça. Relembre outros cantores sertanejos com acusações e até condenações:
Victor (dupla Victor & Léo)
O cantor Victor, culpado de agressão contra sua mulher, foi réprobo em primeira instância em 2019. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) estabeleceu a pena de cumprimento de 18 dias de prisão em regime acessível.
O violação ocorreu em 2017 e Victor foi indiciado por “vias de trajo”, uma infração penal de menor potencial repreensível, pela Polícia Social de Belo Horizonte.
Segundo o boletim de ocorrência, —Poliana Bagatini Chaves na quadra, prenhe com a segunda filha do par— foi jogada no pavimento e recebeu vários chutes do cantor. O sertanejo também foi réprobo a remunerar R$ 20 milénio à vítima por danos morais e a arcar com os custos processuais.
Eduardo Costa
O sertanejo foi réprobo em 2023 a remunerar uma indenização de R$ 70 milénio em danos morais à artista Fernanda Lima por ofensas feitas à apresentadora e ao seu programa, Paixão e Sexo, em 2018.
Eduardo Costa chamou Fernanda de “imbecil” nas redes sociais em seguida observar um incidente que abordou a luta das mulheres contra o machismo, racismo e homofobia. O cantor também convocou seus fãs a “sabotarem o programa”.
O tribunal determinou que a apresentadora deveria ser indenizada em danos morais “em razão das imputação apontadas uma vez que injuriosas, difamatórias e raivosas”. Eduardo também foi réprobo a arcar com os cursos processuais.
Fernando (dupla Fernando & Sorocaba)
Em 2022, Fernando Zor foi réprobo pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) a indenizar uma fã em R$ 10 milénio por danos morais. O caso ocorreu em 2020, quando o cantor sorteou um coche Jeep Renegade em suas redes sociais e divulgou o vencedor incorrecto.
A vítima teve seu nome publicado no Instagram do artista, mas pouco tempo em seguida a divulgação, foi informada que ela não era a vencedora.
A denunciante entrou com uma ação judicial pedindo o recebimento do prêmio e uma indenização de R$ 50 milénio por danos morais. Fernando foi réprobo a remunerar a indenização de R$ 10 milénio.
Sorocaba (dupla Fernando & Sorocaba)
Assim uma vez que seu parceiro Fernando Zor, Sorocaba já foi réprobo. O cantor foi processado pelo seu ex-empresário, Paulo Pissoloto, por quebra de contrato sem o pagamento da multa rescisória.
A decisão em última instância saiu em 2022, em seguida mais de 10 anos de trâmites judiciais na Justiça do Paraná. Sorocaba foi réprobo a remunerar uma indenização de murado de R$ 20 milhões. Pissoloto acusa o sertanejo de registrar seu patrimônio no nome de familiares para fugir da dívida.
O cantor também se envolveu em uma disputa judicial devido à gravação não autorizada da música “Meteoro” pela filarmónica Hevo 84. Sorocaba é detentor de 75% dos direitos autorais da melodia, junto à empresa Rede Pura Notícia Ltda., que têm 25% dos direitos autorais, e teria doado o recta de gravação exclusivamente a Luan Santana.
Renner (dupla Rick & Renner)
Renner Reis foi réprobo em 2007 a remunerar uma indenização por danos morais e materiais aos familiares de uma vítima de acidente infalível envolvendo o cantor na Rodovia Luiz de Queiroz, em Santa Bárbara d’Oeste, São Paulo.
O caso ocorreu em 2001, quando Renner perdeu o controle de seu coche e bateu de frente com uma moto. O par que estava na moto —o engenheiro químico Luís Antônio Nunes e Eveline Soares Rossi— morreram na hora. Réprobo a remunerar murado de R$ 1,4 milhão, a família do engenheiro recebe exclusivamente repasses da arrecadação de direitos autorais do cantor desde 2009.
Em 2014, Renner bateu em um coche estacionado na Zona Sul de São Paulo. O sertanejo foi indiciado por embriaguez ao volante e fuga do lugar do acidente.
Durante a tentativa de fuga, testemunhas contaram que o cantor bateu em dois postes. O bafômetro constatou quantidade de álcool no sangue três vezes supra do permitido.
Hudson (dupla Edson & Hudson)
O cantor foi recluso em 2013 por posse proibido de armas, acessórios e munições, duas vezes no mesmo dia. A primeira prisão foi em flagrante: Hudson foi pego com uma revólver 380 e um revólver calibre 38 dentro do seu coche, ambos municiados com quatro balas cada. As armas estavam regularizadas, mas, segundo a Polícia Social, o sertanejo não possuía permissão para carregá-las em vias públicas.
Hudson pagou R$ 6 milénio de fiança e foi solto. Na noite do mesmo dia, a Polícia Militar encontrou em sua vivenda uma carabina, munições de uso restrito e maconha. Denunciado pela promotoria de Limeira (SP) Hudson tinha registros vencidos para alguns dos objetos encontrados.
