Hamilton Fecha Com Ferrari E Realiza Sonho De Senna

Hamilton fecha com Ferrari e realiza sonho de Senna – 01/02/2024 – Esporte

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Lewis Hamilton insistia que não era o seu sonho proteger a Ferrari, a equipe com a qual acaba de assinar contrato, válido a partir de 2025. Fã ardoroso de Ayrton Senna, o inglês disse em junho do ano pretérito que sempre preferiu a combinação vermelho e branco, que marcou idade na McLaren —com a qual o brasiliano alcançou seus três títulos mundiais—, ao vermelhão da escuderia italiana.

“Quando eu era jovem, minha referência era Ayrton Senna. Portanto, eu estava mais para o vermelho e branco, meu sonho era a McLaren”, afirmou o inglês ao Dazn, antes de comportar sua pasmo. “Mas eu entendo os pilotos que veem um carruagem vermelho e dizem: ‘É uma equipe icônica’. Por sorte, tenho um carruagem vermelho em mansão. Sim, sou fã da Ferrari.”

Se não era propriamente o sonho de Lewis guiar uma Ferrari na F1, por muitos anos foi o de Ayrton. Ao longo de sua trajetória na categoria, o tricampeão namorou diversas vezes com a equipe de Maranello, mas nunca avançou para um consórcio.

Luca di Montezemolo, ex-presidente da Ferrari, disse no ano pretérito que seu grande remorso foi não ter contratado Senna. Um tanto que esteve muito perto em 1994, quando o brasiliano teve seu acidente irremissível.

“Ele veio até a minha mansão em Bologna, antes do acidente de Ímola, e me disse que queria percorrer a todo dispêndio conosco e deixar a Williams. Combinamos de nos vermos depois de Ímola, mas depois aconteceu o que aconteceu”, contou Montezemolo à Sky Sport.

“Eu ficaria feliz em tê-lo. Teria sido a cereja do bolo, que foi o que aconteceu com Michael Schumacher”, acrescentou o italiano.

O germânico Michael Schumacher foi contratado pela Ferrari em 1996 e ficou na equipe até 2006, período no qual ganhou cinco de seus sete títulos mundiais —os dois primeiros ele conquistara pela Benetton.

Hamilton teve uma trajetória semelhante na Mercedes, escuderia para a qual o britânico se transferiu em 2013 e na qual conquistou seis de seus sete campeonatos. O título que o alçou à categoria de vencedor mundial ele ganhou pela McLaren, em 2008, quando realizou seu sonho de puerícia.

Desde o ano pretérito, quando a renovação de contrato do inglês com a equipe de Toto Wolff ganhou ares de romance, estendendo-se até meados de agosto, rumores apontavam uma negociação com a Ferrari, alguma coisa que o piloto negava.

A escuderia italiana também negava a possibilidade. No termo, o inglês acabou estendendo seu vínculo com a Mercedes até o termo de 2025 —com uma cláusula, agora acionada, que permitia o fecho antecipado, ao final de 2024.

Senna também conviveu com especulações envolvendo seu nome e a escuderia de Maranello. Muito antes da conversa com Montezemolo, teve também encontros com Cesare Fiorio, vetusto gerente ferrarista, que desejava unir o brasiliano a John Barnard, projetista responsável pelos carros campeões da McLaren nos anos 1980.

Fiorio apostava cumeeira no talento de Ayrton, coisa que o histórico fundador da Ferrari, Enzo Ferrari, não quis fazer quando o brasiliano tinha 24 anos. Na idade, o nome do piloto lhe foi sugerido, mas Enzo o achava muito jovem.

O Commendatore mudou de teoria nos anos seguintes, quando convidou Senna para um encontro em 1986, idade em que o contrato do brasiliano com a Lotus estava perto do termo.

A conversa entre eles, porém, não foi frutífera. Pelo contrário, Enzo divulgou uma nota dura, na qual disse que Senna certamente era um grande piloto, mas: “Não tenho tanta certeza sobre o varão”.

As portas da Ferrari só voltariam a permanecer abertas para o brasiliano em seguida a morte do chefão, em 1988. Em 1989, Fiorio tentou juntar Senna e Prost na equipe italiana, mas conseguiu fechar exclusivamente com o gaulês para a temporada de 1990.

Na idade, os dois pilotos viviam o auge da rivalidade que marcou a trajetória de ambos e que culminaria em mais uma decisão de título polêmica. Em 1990, Senna bateu com sua McLaren na Ferrari de Prost e ganhou o bicampeonato na corrida disputada no Japão.

Era uma revanche pelo que havia ocorrido no mesmo rodeio de Suzuka, em 1989, quando Prost, ainda na McLaren, tirou Ayrton da prova com uma batida e ficou com o caneco.

Os episódios nunca afastaram Senna completamente da Ferrari. Em 1994, já na Williams, o brasiliano estava descontente com a equipe e buscou uma novidade aproximação com a escuderia italiana.

Segundo Montezemolo, foi nessa idade que eles ficaram muito perto de fechar um convenção, uma vez que o tricampeão estava disposto a romper seu contrato com Williams, que ia até o termo de 1995.

A negociação não foi concretizada, e, em 1996, Michael Schumacher foi quem assumiu a missão que seria de Senna. Coube a ele tirar a Ferrari da fileira, conquistando o título em 2000, 21 anos em seguida o triunfo anterior obtido pelos italianos.

Outros quatro canecos vieram na sequência, fazendo do germânico o primeiro heptacampeão mundial, feito depois igualado por Lewis Hamilton. Que agora vai vestir o macacão desejado por Senna e com o qual Schumacher eternizou seu nome na F1.

Folha

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