Depois de uma surpreendente e triunfal primeira temporada, a AppleTV+ disponibiliza os dois episódios que abrem o segundo ano de “Falando a Real”, que provou ser muito mais do que a estreia do mito Harrison Ford numa série de comédia. Criada e protagonizada por Jason Segel, a produção segue demonstrando uma infindável capacidade de fazer humor com temas potencialmente depressivos, porquê luto e transtornos mentais.
Segel interpreta Jimmy Laird, psicoterapeuta que, posteriormente a morte da mulher, decide ser completamente honesto com seus pacientes e falar tudo o que pensa do comportamento deles. Esse zero ortodoxo método de tratamento provoca consequências brutais e engraçadas na vida de todos.
Segel diz que seus anos de estudo alimentam a série e que ele gosta de pensar que o comportamento de Jimmy pode seguir o processo. “Em várias fases de terapia, meus problemas apareciam, para sumir e depois voltar. Um looping, entende? Alguns pacientes fazem terapia por anos e anos e não saem do lugar. Essa é uma angústia que toma conta de Jimmy.”
O ator acredita que a terapia baseada na relação absurdamente franca alcança naturalmente uma grande fardo de humor. “Quanto mais honesto ele é, mais engraçado fica”, avalia Segel, que não parece preocupado que o personagem possa quebrar limites que mantenham sua credibilidade porquê terapeuta junto ao público.
“Temos consultores, simples, mas quando Jimmy começa sua transição para um terapeuta zero convencional, é procedente que vá quebrando os limites do que seria recomendável. O humor nasce dessa quebra. O importante é que Jimmy continua preocupado com as consequências disso para cada um de seus pacientes.”
Os produtores Bill Lawrence e Brett Goldstein, vindos do enorme sucesso da incensada série “Ted Lasso”, dividem a geração com Segel. Lawrence diz sempre crer que o público sabe que Segel não é um terapeuta de verdade. Ele o compara aos personagens de outra comédia de sucesso criada por ele: “Scrubs” (2001-2010), protagonizada por médicos novatos.
“Creio que as comédias têm a intenção de desmistificar atividades profissionais. Jimmy vai quebrar limites, simples. Mas sempre tendo de arcar com as consequências do que faz. Os jovens médicos de ‘Scrubs’ eram um pouco loucos, mas estavam ali para salvar todos os doentes. Jimmy também quer o melhor, só está um pouco perdido na maneira de fazer isso. Talvez esse seja o único limite a não ser quebrado: ter a preocupação de ajudar os outros.”
Segel concorda: “Eu já fiz muita bagunça na vida, emocionalmente falando. Cometi muitos erros. Mas o que eu quero em Jimmy é alguém que esteja dando seu melhor para fazer as coisas certas. Vai conseguir? Não sei, o importante é ele dar tudo, não ter temor de tentar”.
Na primeira temporada, “Falando a Real” contou com um fator surpresa que sozinho já garantiria muita atenção: a estreia de Harrison Ford num papel cômico. Han Solo e Indiana Jones certamente tiveram muitas e boas piadas em seus roteiros de façanha, mas ver um ícone do cinema de ação numa comédia urbana, sem situações mirabolantes, foi um pouco inédito e que ganhou totalmente o público.
Ford interpreta Paul Rhoades, terapeuta veterano que trabalha numa mesma clínica com Jimmy e tem um papel de tutor junto ao colega. Na relação, Paul labareda Jimmy o tempo todo de “garoto”, mas a série evita dar um tom paternal ao papel de Ford. “Meu personagem é mais porquê um irmão caçula do personagem dele”, diz Segel.
A prelo que cobre entretenimento destacou muito o traje de Ford ser muito jovial durante as filmagens, o tempo todo. E o grande objectivo de suas piadas, segundo testemunhas no set, é Segel. Para o protagonista, ter a aprovação de uma mito das telas era importante e ele considera esse bom humor o melhor atestado que poderia receber. “Se ele brinca comigo o tempo todo, para mim é um sinal de que está gostando, não? Temos hoje uma amizade muito potente.”
A lista de elementos potencialmente depressivos na série também alcança Paul Rhoades, que sofre de Parkinson. “A vulnerabilidade dos personagens é uma peça-chave na série. Jimmy e Paul são homens maduros numa profissão que o siso geral espera ser exercida por gente segura de si. Portanto a vulnerabilidade deles é fundamental para penetrar a história ao inesperado, produzir o humor”, define Segel.
Lawrence acredita que Paul vai apresentar nuances diferentes na segunda temporada. “No primeiro ano, os roteiristas estavam nervosos ao ortografar as falas dele. É o preço de você ter uma mito no set. Agora eles estão mais confiantes para produzir as situações para o personagem dele. No ano pretérito, Harrison confiou totalmente em nós, enquanto estávamos tentando de certa forma protegê-lo. Havia o temor de dar uma cena ruim para um ícone porquê ele.”